quinta-feira, 31 de maio de 2007

DICAS DE WASHINGTON D.C.

A Capital dos Estados Unidos é uma cidade bonita e imponente, com ruas bem traçadas (todas são numeradas e “letradas”), monumentos espetaculares, parques cheios de árvores centenárias, museus inigualáveis e uma vida noturna badaladíssima.
Para se ter uma boa visão geral da cidade numa primeira visita, nada melhor que pegar um dos Old Town Trolleys que circulam entre os pontos turísticos e descer nos locais mais conhecidos. De meia em meia hora vem outro bondinho que leva você até o ponto seguinte, e assim por diante.

NÃO DEIXAR DE VISITAR:

CEMITÉRIO DE ARLINGTON
Dá um nó na garganta passear pelos campos verdes, cheios de lápides brancas de mármore de heróis famosos. O túmulo dos Kennedys, muito simples, com sua chama eterna, nos entristece...

MEMORIAL DE FRANKLIN DELANO ROOSEVELT
O monumento mais visitado da cidade, com suas cachoeiras e esculturas de artistas famosos, além de um museu sobre o ex-presidente.

MEMORIAL DE JEFFERSON
A estátua de seis metros de altura do primeiro autor da Declaração dos Direitos do Homem, neste monumento neoclássico de mármore, é impressionante.

MEMORIAL DE LINCOLN
Um templo grego com a estátua do primeiro presidente que foi morto. De sua escadaria vêem-se o National Mall, o obelisco (Monumento a Washington, o primeiro presidente americano) e o Capitólio ao fundo.

CAPITÓLIO
A sede do governo. Visitas guiadas e grátis, a cada 15 minutos, mostram o interior deste prédio belíssimo, algumas salas privadas, a Corte Suprema e o Senado.



CASA BRANCA
A residência oficial do presidente desde 1800.


MUSEUS SMITHSONIAN
O maior complexo mundial de museus, com 16 prédios abrigando mais de 140 milhões de peças, entre elas o diamante Hope, o vestido de baile da Sra. Washington, a cápsula lunar Apollo 11 e o único urso panda chinês na América.
A maioria desses museus fica na National Mall: AIR & SPACE MUSEUM, ANACOSTIA (Afro-americano), ARTHUR M. SACKLER GALLERY (Asiático), ARTS & INDUSTRIES (Era Vitoriana), FREER GALLERY (Oriental), HIRSHHORN (Arte moderna e esculturas), AFRICAN ART, AMERICAN ART, AMERICAN HISTORY, NATURAL HISTORY, NATIONAL PORTRAIT GALLERY, POSTAL MUSEUM (Correios), e RENWICK GALLERY ( Arte francesa).
Fora do Smithsonian, a NATIONAL GALLERY, espetacular, deve ser vista.

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Restaurantes que eu recomendo:

RED SAGE – 605 14TH St. NW – 638-4444 – Ambiente e culinária “tex-mex”- mistura de comida texana & mexicana – tudo muito bom. Um bistrô no andar térreo, um “chili-bar” badalado no andar de baixo e um excelente restaurante no subsolo. Sempre cheio de gente jovem e bonita.

SEA CATCH – 1054 31ST St. NW – 337-8855 – Rústico, mesas perto da lareira, ou, se o tempo permitir, no deck. Ostras, peixes, camarões e lagostas maravilhosos. Caro. Excelente.

FELLINI – 1800 m St. NW – 785-1177 – Italiano em homenagem ao famoso cineasta. Música ao vivo.

LA FOURCHETTE – 2429 18TH St. NW – 332-3077 – O melhor bistrô da cidade. Vive lotado.


E as compras? Como sempre, os “shopping-malls” facilitam a vida. Eis os melhores:

FASHION CENTRE AT PENTAGON CITY – 1100 S. Hayes St., Arlington.

NATIONAL PLACE – 13th St. & F St., NW

UNION STATION – 50 Massachusetts Avenue, NE

CHEVY CHASE PAVILLION – 5345 Wisconsin Avenue, NW

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terça-feira, 29 de maio de 2007

PASSEANDO PELA ITÁLIA, II

VITERBO
Perto de Roma, a cidade tem muralhas e torres do século XII. Visitar o Palácio do Papa e o bairro de San Pellegrino, totalmente medieval. Caminhar pela Via San Lorenzo e admirar os arcos, as abobadas, as torres, escadarias e detalhes arquitetônicos da Idade Média.
Uma boa refeição pode ser feita no Da Ciro (Via Cardinale La Fontaine 74 / 234-722), onde carnes e lingüiças são grelhadas em um grande forno de pedra.

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FIESOLE
Próxima a Florença, é uma cidade montanhosa com um impressionante anfiteatro romano e uma esplêndida catedral medieval. Vale à pena passar a tarde lá e ver a noite cair sobre Florença iluminada de um dos muitos restaurantes com varandas e mesinhas ao ar livre.

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VERONA
É o lugar onde aconteceu a história de Romeu e Julieta, dizem... Segunda cidade do Veneto, é uma das mais preservadas da Itália. Visitar a Piazza Bra, com seus muitos bares, lojas e restaurantes, a Igreja de San Zeno, o bairro medieval, a Arena Romana e o Castelvecchio, onde fica o balcão dos dois famosos amantes.

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RAVENNA
Apesar de ter sido capital do Império Romano, é uma cidade tão pequena que dá para conhecê-la toda a pé. Visitar o Mausoléu de Galla Placidia, a Igreja de São Vitale e seus mosaicos lindos, São Apolinario Nuovo, o Batistério Neoniano e a Igreja de São Francisco, na Via Ricci, onde está o túmulo de Dante, o poeta italiano que lá morreu em 1321.
Para almoçar, ir ao Scai (Piazza Baracca 22 / 22-520) e comer massa com alguma caça, como cabrito, coelho ou veado. Para tomar um bom vinho, ir à Ca De Vem (Via C. Ricci 24 / 30-163), uma adega com o teto abobadado e mesas enormes.

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PISA
Conhecida internacionalmente por sua eterna torre inclinada, construída em 1174. Mas vale a pena visitar também o Batistério e a Basílica, todos no Campo dei Miracoli.
Almoçar no Bruno (Via Luigi Bianchi 12 / 560-818), localizado fora das muralhas, em ambiente tìpicamente campestre, onde são servidos pratos da região da Toscana, como o bacalhau com alho-poró, delicioso.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

JÁ COMEU MIOLO DE MACACO?

Você já comeu rim de carneiro, carne de cachorro ou miolo de macaco?
Já tomou sopa de cobra, de tartaruga, de barbatana de turbarão ou de ninho de passarinho?
E enguia defumada e gafanhoto com maionese, já provou?
E sanduíche de testículos de boi no pão árabe? Pois eu já!
Não precisa fazer essa cara de nojo porque isso tudo é muito bom, desde, é claro, que seja bem feito e temperado da forma correta.

Meu pai era caçador submarino e uma vez pegou uma enorme tartaruga que rapidamente se transformou num panelão de sopa para 40 pessoas! Eu, com cinco ou seis anos, resolvi provar, apesar dos mais velhos dizerem que não iria gostar. Pois gostei e muito, e a partir daí nunca deixei de experimentar e apreciar comidas consideradas estranhas.

A primeira vez na vida que eu viajei para o exterior foi para Glasgow, na Escócia, e os amigos daqui logo avisaram que eu iria detestar a comida. No primeiro almoço eis que surge a famosa “steak and kidney pie”, a típica torta salgada de carne e rim de carneiro. Fiquei um pouco apreensivo, é verdade, mas, fazer o que? Mandei brasa e, quer saber? Adorei, pois o recheio era bem molhado e bem temperado com curry. Nos seis meses seguintes comi muita kidney pie...

Anos depois fui para Hong-Kong e comi miolo de macaco refogado com legumes, uma delícia. Miolo, aliás, de boi ou de carneiro, sempre que encontro no menu de algum restaurante aqui ou lá fora eu peço e me delicio...

Lá também comi carne de cachorro assada – que se não disserem que é de cachorro você não vai nem desconfiar, pois é macia e saborosa. É claro que não são cachorros da carrocinha: são animais criados desde pequenos a pão e leite. A única coisa desagradável é ver nos açougues aqueles cachorrinhos lindos nas gaiolas ou alguns já fritos com os rabinhos esturricados...


Na China tomei a famosa sopa de ninho de passarinho, considerada uma iguaria dos deuses, mas, cá entre nós, não achei a menor graça. Já as sopas de cobra e a de barbatana de tubarão são muito mais gostosas e apimentadas.



No Japão come-se de tudo, mas depois de semanas só no sushi e no sashimi o jeito foi provar as novidades: gafanhoto frito molhadinho na maionese! Uma maravilha, crocante e salgadinho, ótimo para beliscar entre um saquê e outro...

Outro tira-gosto muito bom eu comi em Amsterdam: enguia defumada e cortada em pequenos pedaços, com um molho avermelhado de pimenta. A carne é meio fibrosa, mas parece salmão, muito bom.

Há pouco tempo atrás no Chile, fui a um churrasco onde estavam fritando umas bolinhas de carne meio esquisitas e a turma toda comendo sem parar! No final não deu outra: eram testículos de boi e carneiro, que se comia no pão árabe com vários molhos, sensacional.
O único problema é que todos os convidados só souberam o que era depois de terem comido e gostado, e mesmo assim muitos saíram correndo para o banheiro passando mal!

O que é a força da mente humana, né?

PASSEANDO POR VIENA

Ah, Viena! Uma das cidades mais bonitas da Europa e talvez do mundo! A capital da Áustria é conhecida como a “Cidade da Música” e tem prédios históricos e monumentos lindíssimos, além do rio Danúbio embelezando a paisagem, mas que, apesar da valsa, de azul não tem nada! Muita gente famosa nasceu lá, como Strauss e Sigmund Freud, além de Sissi, a imperatriz. A arquitetura e planejamento urbano surpreendem até hoje, com o “Ringstrasse” delimitando o centro histórico: um círculo viário idealizado no século 19, no início do modernismo, desafiando todas as regras de construção da época.

Um dos palácios mais impressionantes de Viena é o Hofburg, o Palácio Imperial (acima), que abriga residências, museus, uma biblioteca, uma capela, uma igreja, a sede do poder austríaco e ainda a famosa Escola de Equitação Espanhola, com os bem treinados cavalos Lipizzans fazendo raras apresentações para o público.

Aos domingos outra grande atração acontece na capela: o Coral dos Meninos de Viena, um dos mais antigos do mundo criado pelo Imperador Maximiliano I em 1498, quando resolveu chamar algumas crianças da corte para cantar para os nobres. A coisa deu certo e ao longo dos anos a tradição se formou. Os ingressos para vê-los têm que ser comprados com muita antecedência.

A música clássica está presente em todas as esquinas. Rapazes e moças vestidos a caráter distribuem folhetos convidando para concertos gratuitos em praças e igrejas, e a Ópera está sempre cheia.

Ao redor da Ópera ficam os dois hotéis mais chiques do mundo: o Sacher (onde foi inventada a famosa torta de chocolate amargo, maravilhosa!), e o Bristol, com quartos e suítes decorados com pinturas do século 17! O máximo da frescura que eu já vi foi o enorme elevador com um sofá de três lugares para você não se cansar durante a subida até o seu andar....E o hotel só tem quatro andares!

Uma historinha: numa tarde de verão, eu estava sentado na parte ao ar livre do café do Hotel Sacher, tomando café e provando a tal da torta. Eu estava na última fileira das mesas, encostado na parede do hotel. As outras mesas estavam lotadas de gente chique que fazia hora para atravessar a rua e ir à ópera na matinê.

Soprava uma leve brisa na direção do hotel para a rua, muito agradável. De repente, não sei por que, o vento inverteu a direção e passou a soprar da rua para a minha mesa, passando por todos aqueles austríacos chiques... Quase desmaiei com o cheiro de manteiga rançosa e o cecê que exalava das pessoas. Inacreditável! Não deu para continuar lá, e eu saí rapidamente correndo na direção oposta para não vomitar ali mesmo!


QUATRO VISITAS OBRIGATÓRIAS:

O Palácio de Schömbrunn, fora da cidade, residência de verão dos imperadores, considerado o Versailles austríaco – deslumbrante, cheio de jardins e fontes. Visitam-se os salões de festas, as alcovas, os grandes quartos, tudo de um luxo impressionante. Dá para ir de metrô.

A Catedral de Ste. Stephan (Stephandson) no centro do Ringstrasse, com seus telhados de ladrilhos coloridos e a tumba onde supostamente estão enterrados os três Reis Magos. Vale a pena conhecer as catacumbas subterrâneas e a sua arquitetura.

O “Quarteirão dos Museus”, onde fica o MUMOK, de arte moderna, o Leopold Museum com a maior coleção de arte moderna austríaca, e o Museu das Crianças, entre vários outros.

O Prater, um grande parque aonde todos vão para descontrair e praticar esportes. Uma enorme roda-gigante e uma miniatura de rede ferroviária de quatro quilômetros de extensão fazem a alegria da garotada. Muitos bares e muita diversão.

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Restaurantes que eu recomendo:

FIGLMÜLLER (Wollzeile 5) Antigo e tradicional, bom e barato, onde você pode provar um autêntico Wiener Schnitzel, uma saborosa e macia costeleta à milanesa com salada de batata que é o prato típico mais popular.

DREI HUSAREN (Weihburggasse 4) Os Três Ussardos - Chique, caro, mas maravilhoso. No menu todos os tipos de caviar e muito, muito mais! Só os hors-d’oeuvres que são oferecidos num carrinho que circula de mesa em mesa já satisfazem os mais exigentes paladares.

NORDSEE - Espalhadas por toda a cidade, são lanchonetes ou estandes nas calçadas vendendo refeições rápidas de peixes e frutos do mar: camarões marinados, saladas de caranguejo, filé de peixe grelhado ou frito, sanduíches de salmão, e outras opções pescadas no Mar do Norte. Bom, rápido e barato a qualquer hora do dia. Tem gente que come salmão na torrada de centeio com sour cream no café da manhã, divino...


E antes de voltar ao hotel sente-se no CAFÉ CENTRAL (Herrengasse 14) e tome um típico café vienense acompanhado de uma torta, da mesma forma que Leon Trotsky e outros intelectuais famosos faziam há muitos anos atrás...

quarta-feira, 23 de maio de 2007

THE RED CARPET: MEETING THE STARS!!!

Quando se viaja muito para o exterior ao longo de 40 anos, inevitavelmente em algum aeroporto ou cidade do mundo você esbarra com um artista famoso.
Numa das primeiras vezes que fui a Roma e me hospedei no caríssimo Hotel Excelsior na Via Veneto (calma gente, eu era só o guia de um grupo VIP) no quarto ao lado do meu estava hospedado o Fred Astaire, muito simpático, aliás, pois topou posar para fotos abraçado com a turma toda! No vôo de volta, no aeroporto de Fiumicino, entretanto, encontramos a cantora Lena Horne, cheia de malas e de cachorros criando o maior caso no check-in da primeira classe da Alitalia...


Em New York eu cansei de dar de cara com a Diane Wiest andando pelo Village bem tranqüila, muito na dela, e de ver o Woody Allen entrando no Michael’s Pub ás segundas, onde ele tocava jazz.



Uma vez no aeroporto Kennedy nos anos 70 uma linda cabeça ruiva chamava a atenção de todos: era a Jane Fonda recém saída do filme Barbarella embarcando para Paris com o então marido Roger Vadim.

Uma outra vez, passeando pelo Soho debaixo de muita neve, o perfume divino de uma mulher loura que andava à minha frente me obrigou a andar mais rápido para vê-la de perto: Catherine Deneuve, deslumbrante (e o perfume era o Deneuve, que naquele dia de tarde ela ia lançar no Bloomingdale’s).

Voando de Los Angeles para Honolulu, de repente abre-se a cortina da primeira classe e surge o Sting, que na época era só o cantor do grupo Police. Ele veio falar com técnicos da sua equipe de som e ficou batendo papo com vários passageiros que o reconheceram, inclusive eu.
Em compensação, esperando o vôo Los Angeles/Sydney na sala VIP do aeroporto LAX, Charlton Heston tomava um drink antes de embarcar, bem carrancudo, sem dar bola para ninguém.


Chegando ao estacionamento do hotel em que eu estava hospedado em Miami com meu filho e um amigo dele, lá pelos anos 80, ao sair do carro os dois gritaram: "Olha lá a Madonna!" Eu ainda nem sabia quem ela era, mas os dois já estavam ligados na Material Girl e ficaram encantados!


Na extinta livraria Scribners da Quinta avenida vi uma tarde o Anthony Quinn entrando e fui atrás, mas como era o dia do lançamento de sua biografia, só entrava quem já tivesse comprado o livro de véspera – e a multidão lá dentro era enorme!

Em outra loja uns anos depois eu estava fazendo compras quando esbarrei sem querer no Charles Aznavour. Na hora do almoço, num restaurante ali perto, demos de cara de novo. Mas o mais engraçado foi à noite: eu estava sentado num teatro da Broadway lotado esperando começar o show “Jelly’s Last Jam” e dava graças a Deus por estarem vagos os dois assentos na minha frente, quando a luz da platéia diminuiu e de repente entraram apressadinhos novamente o Aznavour e sua mulher! Quando ele me viu na fila de trás começamos a rir dos três encontros no mesmo dia!

Outra vez depois de um show fui jantar no “Café 1, 2, 3”, dos poucos restaurantes que ficam abertos até tarde perto da Broadway, quando dei de cara com uma família inteira de artistas: Vanessa Redgrave, sua filha Natasha Richardson e o marido Liam Neeson. E ainda, é claro, a Diane Wiest!

Em Londres, estávamos no térreo da loja Lillywhites comprando tênis quando de repente tudo parou: era o Pierce Brosnam que entrou e seguiu direto para o elevador. Todas as vendedoras saíram correndo atrás largando a loja vazia, mas minha filha, mais rápida, foi a única que conseguiu entrar no elevador e sumiu com ele! Pedi para meu filho descobrir onde ela estava e ele sumiu também! Meia hora depois voltam os dois rindo muito e contando que ficaram conversando com o simpático “James Bond” enquanto escolhia um sapato e até tiraram fotos abraçados com ele.

Há pouco tempo atrás numa loja de brinquedos de New York minha filha viu um homem que ela achou ser o David Arquette na fila do caixa, mas não tinha certeza. Fui lá falar com ele e na mesma hora ele a chamou para tirar fotos. Foi só o flash estourar e dezenas de moças vieram ao seu encalço pedir autógrafos, acabando com a paz do moço!

Se você acha engraçado ver estrelas e celebridades, nada se compara a Nova York, mais até que Los Angeles e Hollywood, onde os astros vivem escondidos. No restaurante Milos da Rua 55 já encontrei a Bárbara Walters e o “ghostbuster” Dan Aykroid. No rink de patinação no gelo do Rockefeller Center já vi o Jeff Goldblum deslizando. Ao final de um show da Broadway uma multidão fica na porta dos artistas esperando a turma sair para pedir autógrafos e tirar fotos. Já vi o Hugh Jackman na saída do show "The Boy From OZ", acima, a Cristina Applegate, Debbie Reynolds, Angela Landsbury, Martin Sheen, John Lightgow e o Jeremy Irons. Todos muito simpáticos e dispostos a aturar os percalços da fama...

terça-feira, 22 de maio de 2007

BANCANDO O TARZAN EM PUCÓN


Eu nunca pensei que a esta altura da vida eu fosse bancar o Tarzan em Pucón, no Chile, fazendo “Canopy”, um eco-esporte muito divertido que no Brasil chama-se Arborismo e que foi criado pela necessidade dos biólogos e pesquisadores de deslocarem-se por cima das copas das árvores para melhor fazer seu trabalho. Funciona da seguinte forma: em uma floresta ou bosque são construídas diversas pequenas plataformas no topo das árvores, em altitudes diferentes e interligadas entre si por fortes cabos de aço. Você, munido de um equipamento muito seguro (cordas, roldanas, ganchos de alpinistas, suportes de pára-quedas, capacete e luvas reforçadas) e sempre acompanhado de dois instrutores (um vai à frente e outro segue depois de você) sobe nas árvores por uma escadinha feita de tocos e galhos, onde mal dá para colocar o pé! E à medida que você sobe na árvore e olha para baixo a adrenalina começa a ferver...


Chegando la em cima da primeira árvore você é enganchado nas roldanas duplas presas ao cabo de aço e lança-se no espaço deslizando rapidamente em direção à próxima plataforma, distante uns 30 ou 40 metros! Nessa hora a tranqüilidade é total, como se estivesse voando sem peso algum! E por aí vai, de árvore em árvore, que nem Tarzan no cipó, passando por cima de rios, de pedreiras, às vezes subindo de altitude pelo impulso do seu peso e chegando a pontos bem mais altos daquele que você saiu. Depois de uma hora e de 8 ou 10 plataformas, a última descida o leva ao ponto de partida em terra firme, ufa!


É claro que antes de começar você faz um treinamento básico recebendo instruções para descer, subir, balançar, dar mais impulso, frear com as luvas no cabo de aço para diminuir a velocidade na medida em que se aproxima da outra árvore e outros detalhes de segurança. E o tempo todo você está preso por cordas e ganchos nas árvores e nas plataformas enquanto sobe, desce ou espera a sua vez de deslizar. Mas nada tira a emoção das descidas nem do vento batendo no seu rosto em plena copa das árvores...

Pucón, que fica a pouco mais de uma hora de avião de Santiago do Chile, é o destino ideal para quem gosta de esportes e aventura. No inverno o vulcão Villarica é um grande centro de esqui.


No verão o lago fica repleto de barcos de todos os tipos e tamanhos. E você ainda tem termas naturais para relaxar depois de fazer rafting, cavalgadas, parapente, escaladas, canoagem, mountain bike e muitas outras atividades esportivas radicais ou não. Isso sem falar nos cassinos e nos maravilhosos vinhos chilenos...

Um hotel bom, bonito e caro: Hotel del Lago, bem central, com as janelas de todas as suites dando para o lago ou para o vulcão. Um grande e bem equipado Spa ajuda a relaxar após os esportes radicais... E o cassino é lá mesmo, no final do grande hall com telhado de vidro!

THE LAST TIME I SAW... LONDON

Na última vez que eu estive em Londres fui conhecer as novidades construídas por ocasião da virada do Milênio às margens do rio Tâmisa.

A mais impressionante é a London Eye, da British Airways, uma enorme roda gigante de 135 metros de altura de onde você vê toda a cidade do alto - desde que o famoso fog londrino permita...

Outra é a Tate Modern, uma filial mais moderna da famosa Tate Gallery, instalada em uma antiga usina elétrica, com pé direito altíssimo e grandes rampas industriais. Várias escadas-rolantes foram construídas em seu interior levando os visitantes aos diversos andares do museu. Uma lanchonete, um restaurante e uma excelente loja completam o espaço. No momento a principal exposição é sobre Salvador Dali e o cinema, mostrando obras do pintor como o famoso "telefone-lagosta" da foto. Seu variadíssimo acervo faz da Modern uma visita cultural obrigatória.

E uma ótima forma de você ir da London Eye até a Tate Modern e de volta à Tate Gallery é só pegar os barcos que passam de 40 em 40 minutos ligando os três pontos durante o dia inteiro. E você pode aproveitar para relaxar enquanto vê os monumentos e prédios históricos nas margens.

Duas dicas de restaurantes simpáticos em Knightsbridge:

SAN LORENZO
22 Beauchamp Place (020 7584-1074)
O favorito de Lady Dy continua atraindo celebridades com seu ambiente chique e descontraído e comida melhor ainda. Não é dos mais baratos, mas vale a pena.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

CARTAS DOS LEITORES: LUA DE MEL EM CHAPELCO

Tente imaginar uma cidade linda, na beira de um lago espetacular, com muita neve para fazer snowboard ou esquí, com restaurantes e lojinhas maravilhosas, com apenas 50.000 habitantes e que seja do tamanho do Leblon… conseguiu?


Essa cidade existe e fica bem perto do Brasil. Estamos falando de San Martín de los Andes, na Argentina. Para se chegar lá, basta pegar um vôo no Aeroparque Jorge Newbery em Buenos Aires e em 2 horas você está na neve. É lá que fica o Cerro Chapelco, uma estação de esqui maravilhosa e ainda não tão badalada como Valle Nevado ou Las Leñas.

Por ter me casado em setembro, Luizinho (meu pai) me indicou San Martín como destino de Lua de Mel. Foi uma supresa maravilhosa. Como esta época já é considerada baixa estação, a quantidade de turistas é mínima, as filas dos teleféricos e cadeirinhas para subir a montanha também são pequenas e praticamente não há espera nos restaurantes. No momento em que cheguei à cidade, achei a calmaria até meio estranha. Senti-me no filme Vanilla Sky, naquela cena em que o Tom Cruise sai à rua e não tem ninguém. Lá em San Martín quase não passa carro.
Como os hotéis e pousadas são todos bonitos e charmosos, fica muito difícil a tarefa de escolher em qual você vai se hospedar. Eu fiquei no Patagônia Plaza de 4 estrelas, um dos melhores da região.

Depois de desfazer as malas, é hora de bater perna na rua. Por ser uma cidade bem pequena, é possível fazer tudo a pé. Só não esqueça de se agasalhar bem, senão é capaz do seu nariz ou pés congelarem.

Na primeira vez que você anda pelas ruas, você fica até meio perdido sem saber em qual restaurante você vai jantar. Seguindo a indicação do nosso instrutor de snowboard, fomos até o La Tasca (Calle Mariano Moreno 866 Tel: 42-8663/7314). A dica foi tão boa que antes de voltar ao Brasil fomos lá novamente.

Uma das grandes especialidades culinárias de San Martín é a carne de cervo. Em todos os restaurantes você encontra, seja defumada (como se fosse um presunto de Parma) ou como um belo filé, extremamente macio e saboroso. Aconselho fortemente a pedir filé de cervo no La Tasca.

Outro excelente restaurante, apesar do nome nada atraente, é o Ku (Av. San Martín 1053 Tel: 42-7039). O Ku fica na avenida que é uma das duas principais ruas da cidade, bem em frente a uma grande praça. Ahh, outro ponto alto de todos os restaurantes são os vinhos que custam em média 15 pesos! Uma pechincha!

Depois de se fartar de tanto comer carne de cervo e tomar vinhos maravilhosos, é hora de dormir, pois no dia seguinte é preciso estar inteiro para fazer snowboard. Passando por uma estradinha que lembra a Avenida Niemeyer, com uma vista maravilhosa para o Lago Lacar, leva-se apenas 20 minutos para se chegar ao Cerro Chapelco. É possível ir de táxi ou de van (que provavelmente já vai estar inclusa no pacote).

Em Setembro, por ser o início da baixa estação, é possível que a neve não esteja cobrindo a montanha toda. Nesse caso, basta pegar o lift e ir até a segunda base da montanha, que fica a 1.600m de altitude. Lá a neve é garantida. Aos que nunca praticaram esqui ou snowboard, aconselho que tentem fazer snowboard. Com apenas 6 horas de aula, divididas em 2 dias, já é possível se divertir descendo pelas inúmeras pistas que o Cerro oferece. Quando forem lá, procurem pelo professor Carlos (esse cara do meio da foto logo abaixo).

Existem pistas para todos os níveis, para criancinhas, iniciantes até os mais radicais. Confira aqui o mapa das pistas.

Após descer inúmeras vezes a montanha, é hora de comer um belo hambúrger com uma cerveja Quilmes geladinha no restaurante da montanha, e de sobremesa um delicioso Alfajor. Após o almoço o snowboard continua até as cinco da tarde, que é o horário que as pistas fecham. É chegada a hora de pegar o lift e voltar para o hotel. Chegando lá totalmente morto e dolorido devido aos inúmeros tombos, o melhor a fazer é dar um mergulho na piscina aquecida. Só tome cuidado para não pegar um resfriado e estragar o resto da viagem...

Essa matéria foi enviada por nosso fiel leitor Pedro Dale - meu filho!