sábado, 24 de novembro de 2007

THE BEST OF SWITZERLAND

Não existe lugar melhor no mundo para passar férias do que a Suíça, aquele pequeno e poderoso país cheio de montanhas e lagos, cercado pela Itália, França, Alemanha e Áustria. A sua natureza é impressionante, com paisagens que inspiram tranqüilidade e montanhas com picos nevados que nos remetem ao passado. Qualquer que seja a estação do ano, a Suíça é sempre espetacular. No verão os campos verdes com os chalés de madeira e as vaquinhas brancas pastando são verdadeiros cartões postais. Na primavera e no outono as cores das flores e das folhas são belíssimas, e no inverno, sempre com muita neve, o cenário se transforma em um verdadeiro conto de fadas!

Como a Suiça tem pouco mais de 40 mil quilômetros quadrados, passear por lá é muito fácil, já que as cidades e vilarejos ficam muito perto uns dos outros e as estradas e a rede ferroviária são perfeitas. Viajar de trem é uma ótima opção, pois eles são muito confortáveis e estão sempre rigorosamente no horário. E viajar vendo pela janela as lindas paisagens com os Alpes nevados ao fundo é uma experiência inesquecível.

Com ótima infra-estrutura turística aliada a um alto padrão de vida, tudo funciona como um Rolex! Por menor que seja a cidade o atendimento é sempre de primeira. A maioria dos suíços fala inglês e mais uma das quatro línguas oficiais: francês, suiço-alemão, italiano e romansch, uma mistura de latim e italiano que nós brasileiros entendemos um pouco. Dividido em 26 cantões, o país tem atrativos e diversão para todos os gostos e bolsos, das estações de esqui aos SPAS, das compras aos esportes radicais, dos monumentos históricos aos museus, dos vinhedos aos castelos, dos passeios de barco aos hotéis românticos, dos queijos aos joalheiros famosos.

Genebra, a cidade mais famosa, à beira do Lago Léman com seu jato dágua e suas pontes, têm na margem esquerda a sua Cidade Antiga, com prédios e monumentos dos séculos 15 e 18. Você atravessa a ponte e começa o passeio pelo relógio de flores no Jardim Inglês antes de subir pelas estreitas ruelas que levam à Catedral de St. Pierre. Uma boa sugestão é fazer um cruzeiro nos barcos que dão a volta toda do lago e passam pelas mansões em suas margens, cada uma mais espetacular que a outra.
Uma parada para tomar chá e comer um crepe tem que ser no Le Café-Restaurant Papon (1, rue Henri-Fazi), sucesso desde o século 17!
Para se hospedar em grande estilo fique no Hotel Beau-Rivage ou no Hotel d’Angleterre, ambos de frente para o lago.

Sendo um dos pólos gastronômicos da Europa com forte influência francesa, Genebra tem uma grande variedade de restaurantes. No próprio Beau-Rivage fica um dos mais conceituados, o Le Chat-Botté (022 716-6020), que oferece frutos do mar da melhor qualidade, entre outras muitas opções.
Na Cidade Antiga o tradicional Les Armures (1, rue des Puits-St. Pierra – 022 310-3442) instalado numa antiga casa de pedra atrai uma clientela chique que adora a batata rosti com fondue, além das lingüiças e das massas.
Para terminar a noite com música vá ao La Coupole, que além de restaurante é discoteca das mais animadas (116 rue du Rhône – 022 787-5012).

Zurique, apesar de ser o pólo industrial e o centro financeiro do país, sempre foi uma cidade muito avançada, atraindo intelectuais como Lênin, Jung, James Joyce e Thomas Mann. É ótimo passear a pé pelas ruas antigas, visitar as duas catedrais, as praças floridas e os museus, entre eles o de belas artes, Kunsthaus. Nas margens do lago Zurich e do rio Limmat os parques com seus cafés ao ar livre ficam cheios no verão. Considerada a rua de comércio mais bonita do mundo, a Bahnofstrasse tem de tudo para o consumista inveterado, de Vuitton a Cartier, de Ferragamo a Prada.

Lá também um passeio de barco é bom para ver as belezas naturais e descansar tomando uma coupe de champagne. Uma parada obrigatória é na Confiserie Sprüngli (Bahnhofstrasse 21) para os melhores doces e salgadinhos da cidade em um ambiente dos mais elegantes.
Se dinheiro não é problema, hospede-se no Baur au Lac, um dos melhores hotéis do mundo, onde Wagner e Liszt moraram, na margem esquerda.

Na outra fica o Eden au Lac, outro hotel espetacular parecido com a Ópera de Paris em seu estilo rococó. Quartos enormes e vistas lindas, mas muito caro.
Para almoçar com o jet-set, vá ao Piccoli Accademia (Rotwandstrasse – 01 241-2064) e prove os pratos de caça ou os risotos. Para jantar onde Miró, Braque e Picasso comiam e pagavam suas contas com quadros – que estão lá nas paredes até hoje, o Kronenhalle (Rämisstrasse 4 – 01 251-6669) continua servindo comida da melhor qualidade e não muito cara.

Por conta dos sempre presentes Alpes, os resorts de esqui da Suíça são muitos. Gstaad, Davos, St. Moritz, Crans-Montana, Zermatt, Verbier, Klosters, Wengen e Grindelwald são algumas das cidades que oferecem o melhor em matéria de esqui no inverno e uma variedade de esportes no verão. O Matterhorn em Zermatt é o pico mais famoso, e o Jungfraujoch, perto de Interlaken, é o mais procurado.
Em Crans-Montana o melhor hotel é o Grand Hotel du Golf, cinco estrelas localizado no meio de um campo de golfe de 18 buracos que, quando a neve chega se transforma em uma enorme pista de esqui cross-country.
Outro excelente é o Hotel Alpina & Savoy, construído em 1912 a poucos passos da gôndola Cry d’Err, que leva os esquiadores morro acima.

Em Zermatt a família Seiler é dona de vários hotéis, como o Mont Cervin e o Monte Rosa, que, segundo Edward Whymper, o inglês que conquistou o Matterhorn, são os melhores da cidade. Se você for de Zermatt até St. Moritz, não deixe de tomar o Glacier Express, um trem vermelho que passa pelos muitos túneis, viadutos e pontes através dos Alpes, proporcionando uma viagem tranqüila e romântica, com paisagens indescritíveis. Leia mais sobre ele clicando aqui.

A escola de esqui mais antiga do mundo fica lá, a Moritz-Dorf, fundada em 1927, com cinco complexos de esqui incríveis: 402 km de pistas montanha abaixo, 161 km de cross-country e uma montanha para saltos olímpicos. Isso tudo sem falar no lago que congela no inverno e transforma-se num imenso rinque de patinação. Se esqui é o seu esporte, é lá que você vai se divertir mais!
Hospede-se, é claro, no Palace Hotel, um castelo gótico que há séculos respira riqueza, realeza, prestígio e consumismo. Greta Garbo, o Xá do Iran, Onassis, Elizabeth Taylor, Richard Burton e todas as maiores celebridades ficaram lá algumas vezes. É claro que por causa dessa fama você paga as diárias mais caras da cidade, mas o que fazer se o negócio é aparecer?
Para a garotada esportiva menos abonada uma ótima opção é o Hotel Eden, construído como uma vila da Toscana de frente para a pracinha principal e que tem diárias bem mais razoáveis para o padrão suíço de hotelaria.

O melhor restaurante dessa cidade que prima por excelentes templos gastronômicos é o Chadafo Grill, na Chesa Veglia, um prédio histórico de 1658 e que conserva até hoje as pedras e toras de madeira daquela época. Serviço impecável e uns toques parisienses ajudam a fazer a fama do lugar. Peça o camarão com Pernod ou a truta meunière, divinos!
Depois do esqui e do jantar, os bares fervilham! No Hotel Schweizerhof três deles agitam a noite: o Muli, com música country, o Stübli, com música variada, e o Piano Bar, que recebe pianistas de jazz do mundo inteiro para animar a temporada de inverno. E todos eles têm lareiras para esquentar você.

Por conta de tanto exercício físico, os muitos SPAS suíços são excelentes, da mesma forma que o chocolate, os bancos e os relógios! Um dos mais procurados é o La Prairie, em Montreux, que ficou famoso ao lançar a medicina preventiva de envelhecimento utilizando células de fetos de carneiro. Com o grande avanço da ciência o mesmo tratamento proporciona resultados excelentes. E os cremes e produtos de beleza fabricados na própria clínica são vendidos no mundo inteiro.

Ali do lado, em Lausanne, o luxuoso hotel Beau-Rivage Palace tem o Cinq Mondes Spa, com rituais de beleza e bem-estar inspirados nos milenares ensinamentos orientais. A massagem Taoísta, com óleos aromáticos quentes e especiarias harmoniza o corpo e o espírito, enquanto os banhos japoneses seguidos de massagem com purê de papaia têm efeitos bem relaxantes. A novidade é o tratamento de reflexologia de cores e aromas para casais, realizado em uma sala dupla especial, onde o casal é paparicado de todas as formas possíveis imagináveis. No final da sessão os dois passeiam por um corredor onde cai uma “chuva tropical” refrescante.

Mas o mais novo e badalado SPA chama-se The Omnia e fica nas montanhas nevadas de Zermatt em meio a uma paisagem bucólica e silenciosa. Com apenas 30 quartos sem números nas portas e janelas com vista para os picos nevados, a exclusividade é total. Várias piscinas internas e externas oferecem tratamentos maravilhosos aos poucos que conseguem confirmar suas reservas com muita antecedência. Considerado o melhor do mundo, o tratamento principal é a sauna de flores seguida de massagens estimulantes e calmantes. Ioga e Pilates completam as opções saudáveis, além de várias atividades esportivas ao ar livre, inclusive esqui, no inverno.

E aí, vamos para a Suíça?

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A MÁGICA DA DISNEY... E DA TIA ELIANE!

Como guia de excursões eu devo ter acompanhado ao longo de muitos anos mais de mil pessoas para Orlando, tantos eram os grupos das agências de turismo que me contratavam, como a Stella Barros, Brazillian Promotion Center, Travel Service, Bancor e outras que nem me lembro mais o nome. No fundo todas as excursões para a Disney são iguais: incluem passagem, traslados, acompanhamento de guias, hospedagem, tickets para todos os parques, dias livres para compras e muita alegria. O que diferencia uma da outra é o número de noites, a categoria dos hotéis ou os opcionais para Nova York ou Bahamas. E como eu adoro a mágica de Orlando, eu trabalhava como guia e me divertia muito ao mesmo tempo!

Até que um dia eu conheci a Tia Eliane!

Loura e exuberante, muito falante, óculos enormes, me viu de camiseta de guia sentado sozinho na lanchonete bem refrigerada do Parrot Jungle, um abafado parque em Miami cheio de araras e cacatuas, visita obrigatória nas excursões para a Flórida nos anos 80, e veio puxar conversa. Eu estava com um grupo do Rio e ela com centenas de passageiros, para variar. Em cinco minutos estávamos às gargalhadas e não deu outra: meses depois eu era o novo guia da sua agência de Belo Horizonte, um carioca da gema no meio de um trem de mineiros simpáticos demais da conta! E a partir daí foram anos seguidos de viagens em janeiro e julho, e de uma forte amizade que dura até hoje.

Nenhuma agência com quem eu trabalhei na vida chegou perto do alto nível das excursões dela. Do começo ao fim as viagens eram perfeitas e deliciosas, visando a mais pura diversão, sem correrias nem stress de horários e muito menos de “wake-up calls” às 8 da manhã! Os hotéis eram os melhores de Miami e Orlando, sempre 5 estrelas. E os grupos eram imensos! Lembro-me do maior deles, quase 360 passageiros divididos entre um avião da Varig e outro da Pan American, com vários guias e supervisores, 9 ônibus nos esperando nos aeroportos, hotéis e parques, enfim, uma verdadeira operação de guerra meticulosamente planejada com bastante eficiência para dar tudo certo. E não se perdeu uma mala!

Além dos parques e shoppings, Tia Eliane sempre descobria alguma coisa extra para oferecer aos passageiros. Uma vez vimos um show do Frank Sinatra na Orlando Arena, inesquecível. Era só ela dar a idéia e a turma toda topava.

Uma das coisas mais chatas em qualquer viagem é chegar cedo ao hotel e só ter seu quarto liberado depois das 3 da tarde. Para evitar esse incômodo, ela bolou uma chegada perfeita a Orlando depois dos 3 dias que passsávamos em Miami no início da viagem para fazer compras. Chegando à Disney os ônibus deixavam a garotada ávida por diversão no Magic Kingdom e depois iam para o hotel descarregar as bagagens com guias supervisionando a sua distribuição. No final da tarde o grupo cansado de tanto andar nos brinquedos e nas montanhas-russas voltava do parque direto para um grande salão do hotel onde drinques e salgadinhos os esperavam para a entrega das chaves. E de repente abria-se uma porta e aparecia o Mickey Mouse em pessoa para dar as boas vindas à turma que, encantada, não parava de tirar fotos, com os flashes espocando sem parar! Depois dessa função todos subiam para os quartos em estado de graça e já encontravam suas malas lá dentro além de uma cesta de frutas com um cartão da agência. Bacana, não?

Eu estava uma vez tomando conta da chegada das malas antes do povo voltar quando uma imensa Samsonite caiu do caminhão fazendo um barulhão de louças e talheres se espatifando bem na entrada do Hotel Contemporary! Eu e o carregador levamos um susto danado e ficamos preocupados. Fui correndo falar com a Tia Eliane que na mesma hora deu uma sonora gargalhada e me tranqüilizou: “Luiz, essa é a mala da cozinha, e é tudo de metal, não quebrou nada”! Mala da cozinha? O que? Dentro do melhor hotel da Disney? Pois é, ela me explicou, a dona dessa mala vem todo ano com os netos e apesar de adorar Orlando, detesta a comida americana, daí trazer fogareiro elétrico, panelas, cumbucas, temperos e vários mantimentos para cozinhar no banheiro do hotel! O neto desativa o detector de fumaça do teto e ela faz arroz de carreteiro, farofa, rosbife, carne assada, tudo na maior calma! E logo no dia seguinte a senhora me chamou discretamente num canto e lá fui eu comer um feijão tropeiro maravilhoso...

Certa vez com ela e alguns do grupo fiz um dos melhores programas para quem curte bastante os parques do Walt Disney World: conhecer os bastidores das atrações todas, vendo de perto como é o outro lado da mágica! É a “Backstage Magic Tour” que leva você para visitar o Magic Kingdom por baixo e por trás, descobrindo muitos dos segredos que ajudam a fazer funcionar aquela maravilha toda.

Depois de ouvir uma rápida palestra sobre o sonho do Walt Disney de construir um parque para crianças onde adultos também pudessem se divertir, partimos rumo ao desconhecido a bordo de uma bem refrigerada van. Saltamos num local ermo, entramos numa espécie de galpão e de repente estávamos dentro do Piratas do Caribe, por trás dos bonecos mecânicos que cantavam e se mexiam sem parar! Muito estranho e escuro, nós víamos através de frestas no cenário as pessoas nos barcos se divertindo sem desconfiar que vinte xeretas as espiavam! Numa sala separada, vários "imagineiros" (imaginação + engenheiros)consertavam e faziam manutenção em dois enormes piratas desmontados e pelados! Muito esquisito ver os bonecos sem cabeça com mil fios e roldanas saindo da barriga aberta!

Em seguida subimos uma escada e nos vimos dentro de uma sorveteria da Main Street, mais uns passos depois e o Peter Pan estava voando sobre nossas cabeças! Andamos para a direita e saímos direto no Castelo da Cinderela, impressionados com a perspectiva forçada dos cenários e dos prédios que sempre pareciam maiores do que realmente eram. E por aí fomos entrando e saindo de atrações e lojas cada vez mais encantados com os efeitos técnicos de iluminação e de mecânica, sempre por baixo e sem que nenhum visitante percebesse.

Descemos uma longa escada e chegamos ao subsolo do parque, imenso, com verdadeiras avenidas coloridas por onde circulavam caminhões e carros cheios de bonecos, mercadorias e sorvetes que eram entregues nas lojas acima através de pequenos elevadores. E havia o maior tráfico subterrâneo, com mão e contramão, sinais e guardas controlando o fluxo! Se você prestar a atenção, ninguém que está nos parques vê a mercadoria entrar nas lojas, pois é tudo feito por baixo.

Alguns carros elétricos levavam fantasias do Mickey e de outros personagens para a tinturaria, a maior do mundo! Lá ficamos sabendo que cada empregado, seja ele atendente de loja, personagem, bilheteiro ou artista de show tem sempre 3 roupas: uma em uso, outra lavando e mais uma pronta de reserva. Ficamos boquiabertos com as fantasias de Mickey, Pateta, Pluto e Donald penduradas em correias suspensas navegando pelo teto até chegar a seu destino, que poderia ser a alfaiataria para serem consertadas, para os camarins onde os atores iam vesti-las ou para um grande depósito aguardar a hora de ser usada. Muitas costureiras faziam bainhas, rebordavam roupas ou pregavam botões.

Vimos várias salas de ensaio onde homens e mulheres treinavam os movimentos dos diversos personagens que iam representar ou ensaiavam as coreografias dos shows e dos desfiles. Nos muitos camarins as moças eram maquiadas e penteadas para ficarem iguais à Alice ou à Branca de Neve. Você sabia que as fantasias de todos os personagens pequenos, como o Mickey, a Minnie e o Donald são sempre usadas por mulheres e os grandes como o Pateta, Pluto e João Grandão por homens? E já reparou que nenhum deles fala, para não quebrar o encanto? Cada "character" tem seus movimentos próprios muito bem ensaiados de acordo com uma ficha técnica, e nenhum dos atores trabalha mais de 3 horas por dia, para não morrer de calor debaixo daquelas roupas grossas e peludas!

Depois visitamos o enorme jardim botânico com milhares de mudas de plantas e flores de todas as espécies em várias etapas de crescimento para serem trocadas quase que diariamente nos canteiros dos parques, e vimos os jardineiros aparando as topiárias, que são aquêles arbustos esculpidos em formato de bichos. E terminamos a visita na usina quase nuclear que fornece a energia elétrica de todos os parques, produzindo mais quilowats do que muita cidade no mundo. Já imaginou o tamanho da conta da luz se não houvesse essa usina?

Antes de voltar ao hotel passamos por uma turma que já preparava as várias barcaças com os fogos de artifício que todas as noites pipocam no céu, e por uma grande equipe dando os últimos ajustes nos carros alegóricos da parada das 3 da tarde, com os rapazes e moças já fantasiados prontos para entrar em cena. Se você curte muito a Disney, faça uma visita dessas pois vale a pena! Agora há várias opções, entre elas uma de dia inteiro passeando pelos bastidores do Magic Kingdom, Epcot Center e Disney & MGM Studios, que deve ser sensacional.

E a Tia Eliane?

Continua igualzinha, levando centenas de pessoas para Orlando várias vezes ao ano através da sua Tia Eliane Tours e continua me chamando para voltar a ser guia depois de tantos anos! Pode?
Proporcionando ainda mais alegria aos passageiros, as suas excursões de um tempo para cá tem atrações extras, como cantores famosos ou jovens galãs de novelas que viajam com o grupo, tornando a viagem inesquecível! Olha só ela grudada no Cauã Reymond que foi com o grupo recentemente...

Depois de alguns anos só nos comunicando por telefone ou email, agora temos nos visto muito em Nova York quando eu estou de férias com a família e ela está acompanhando as viagens opcionais depois de Orlando. Mas sempre dá um jeitinho de escapulir e jantar conosco, o que é ótimo para matar as saudades e morrer de rir ao lembrar das coisas malucas e engraçadas que aconteciam nessas viagens. Bons tempos aqueles...

domingo, 18 de novembro de 2007

PASSEANDO POR PARIS

Cada vez que eu volto a Paris a cidade está mais bonita!
Será imaginação ou realmente as avenidas ficam mais imponentes, as estátuas mais douradas, os prédios com as suas formas arquitetônicas mais detalhadas, os jardins mais floridos, o céu mais azul e a Torre Eiffel cintilando mais forte ao anoitecer?
E as exposições dos museus não ficam mais interessantes? A comida nos restaurantes mais saborosa e o vinho mais redondo?

Um dos lugares que eu sempre visito é o Museu Maillol, ocupando uma mansão do século 18 que só pelo belo prédio já vale a visita. Mas lá dentro eu não canso de ver as belas e sensuais esculturas do próprio Aristide Maillol – muitas delas estão nas praças e parques da cidade – além de um acervo que reúne Rodin, Picasso, Gauguin, Bonnard, Redon, Kandinsky, Poliakov e outros, exposto de uma forma simples e moderna.

Também gosto muito do Museu Guimet, especializado em arte asiática. Por trás da fachada do prédio antigo esconde-se um interior moderníssimo com tesouros orientais, estátuas de budas imensas, cerâmicas e pinturas chinesas, jóias indianas e centenas de fascinantes objetos de arte. Na mesma rua, mais acima, o museu tem um autêntico pagode em meio a um jardim japonês que dá a impressão que você está em Nara e não em Paris!

Você já foi ao pequeno e bem montado Museu Baccarat? São impressionantes os conjuntos de cristais feitos sob encomenda apenas para para festas especiais de imperadores, czares, reis e marajás, além de algumas peças bem raras. Decorado por Philippe Stark, o museu tem uma butique ótima, um restaurante badaladíssimo e um banheiro unissex todo espelhado, com uma estranha pia de prata, arandelas de cristal com luzes vermelhas e boxes individuais cheios de surpresas... Você precisa conhecer!

Na próxima vez quero dar um pulo no Museu do Louvre para visitar a Galeria do Apollon, pintada por Charles Le Brun na época de Luiz XV, e que ficou anos fechada para obras. Ela acabou de ser reaberta totalmente restaurada, com suas pinturas de batalhas históricas, heróis mitológicos e paisagens romanticas novamente belas. Quero ver também a exposição de obras de arte islâmica expostas em Paris pela primeira vez.

E as compras?

Uma loja que eu gosto de visitar e procurar objetos de decoração da Provence é a Mis em Demeure, onde sempre encontro algum coisa bonita para a casa, pois tudo é do maior bom gosto. Também vou muito na Flamant, atrás da igreja de St. Germain, que nessa época ainda vende enfeites de Natal bem diferentes, além dos objetos e móveis de sempre.

Quer passar algumas horas em um lugar muito agradável ao ar livre, longe da confusão do centro mas ao mesmo tempo com ótimos restaurantes, cafés, butiques, cinemas, teatros e uma linda vista às margens do Sena? Vá até o Bercy Village, que fica a dez minutos de metrô do centro, na estação Cour Saint-Émilion. Lá funcionou até os anos 60 um entreposto de vinicultores para a distribuição de suas produções mas hoje os antigos e charmosos armazéns de pedra abrigam um comércio sofisticado como Agnès b., Côté Maison, Musée et Companhie, e Oliviers & Co. e muito mais. E as crianças também adoram.

E os restaurantes?

Como Paris tem sempre um novo restaurante fazendo sucesso, me recomendaram e eu quero conhecer o Ze Kitchen Galerie (assim mesmo, Ze, e não The, parodiando a pronúncia dos próprios franceses). Fica no 4 da rue des Grands Augustins, em St. Gemain, e está tendo muito boas críticas.

Um que eu quero ir de novo é o Le Christine, restaurante do escondido Hotel Relais Christine também ali perto na rua Christine, um pequeno bistrô com paredes de pedras antigas e vidraças dando para um jardim interno. Serviço perfeito, carta de vinhos para todos os bolsos e “comida simples mas bem preparadíssima”, segundo o guia Zagat de restaurantes.

Se estiver frio uma ótima sugestão é a boa comida, o calor de uma lareira e o som baixinho de um piano tocando ao fundo no Le Monteverdi, um aconchegante “ristorante-bar” que serve comida italiana e francesa. Suas várias salas com paredes de pedra e pequenas lareiras são perfeitas para um jantar numa noite bem fria de inverno. Fica na rue Guisarde 5-6, no 6ème, e o telefone é 01 42 34 55 90.

E o hotel tem que ser o Hotel de l’Abbaye, com seu ar de casa de campo bem decorada na rue Cassette, entre o Luxembourg e St-Sulpice, a dois passos do comércio e dos bons restaurantes. O prédio, bem afastado da rua por um grande pátio, o que garante um silêncio precioso, era uma antiga abadia do século 18. Quatro andares, vários tipos de quartos de todos os preços, uma sala de estar no térreo com lareira e muitos sofás gostosos, além de funcionários gentilíssimos, fazem do Abbaye a sua casa longe de casa.
Quero muito voltar a Paris...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O PLAZA FEZ 100 ANOS!

No dia 1º de outubro de 2007 o Hotel Plaza de Nova York fez cem anos! Ainda fechado depois de mais de dois anos para reformas que já custaram 400 milhões de dólares, foi anunciada a sua reabertura para o próximo mês de dezembro. No dia do centenário um grande coquetel na sua escadaria e na Grand Army Plaza em frente reuniu executivos do grupo El-Ad Properties, novos donos do hotel, e alguns dos proprietários que pagaram a partir de 1,5 milhões de dólares por apartamentos de quarto e sala! E a queima de fogos foi sensacional, como o hotel sempre foi e com certeza voltará a ser!

Inaugurado em 1907 e construído no mesmo lugar de um pequeno e velho hotel também chamado Plaza que foi demolido, o novo tornou-se logo um marco em Nova York com seus 19 andares e 806 luxuosos quartos, 76 metros de altura e uma fachada com 122 metros de comprimento de frente para a praça com a fonte e de lado para o Central Park. Na época a sua construção custou absurdos 17 milhões de dólares.

O arquiteto foi Henry J. Hardenbergh – o mesmo do edifício Dakota - e o seu estilo baseado no Renascimento francês. Do lado esquerdo do hotel, onde hoje é a sofisticada loja Bergdorf Goodman, ficava o palácio do milonário Cornellius Vanderbilt II, naquêles quarteirões que eram os mais caros da Quinta Avenida, e por onde passavam as carruagens com seus milionários hóspedes.

A DANÇA DOS MILHÕES

Em 1943 o Plaza foi comprado por Conrad Hilton por 7.4 milhões que gastou outros 6 para recuperar sua antiga glória, um pouco apagada nessa época, depois da depressão. Anos depois, em 1988, Donald Trump pagou 407,5 milhões pelo hotel, declarando para um mundo atônito através de um anúncio de página inteira no New York Times que não havia comprado um prédio e sim uma obra de arte! Sua hoje ex-mulher Ivana gerenciou o hotel por uns tempos, mas depois do divórcio milionário parou de trabalhar...

Em 1995 Trump o vendeu por 325 milhões para um príncipe árabe que por sua vez o vendeu em 2004 por 675 milhões para os atuais proprietários. O velho Plaza fechou para reformas em abril de 2005 e quando abrir novamente as suas portas douradas será um apart-hotel com apenas 130 quartos e mais 152 apartamentos particulares de diferentes metragens quadradas.

Em maio deste ano um dêsses apartamentos novos de quatro quartos com vista para o parque foi comprado por 50 milhões de dólares...
Clique aqui para ter uma idéia do que eu estou falando...

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ASTRO DE CINEMA

Por ter se tornado o hotel mais badalado de Nova York, todos os ricos e famosos que chegavam à cidade só se hospedavam lá: de Teddy Roosevelt a F. Scott Fitzgerald e sua mulher Zelda (que, dizem as más línguas, dançou nua na fonte em frente), de Frank Lloyd Wright a Solomon Guggenheim, que morou anos na State Suite cercado por seus quadros fabulosos, dos Beatles a Sophia Loren – que teve seu quarto assaltado e perdeu algumas de suas esmeraldas, para desespero do marido Carlo Ponti que teve que comprar tudo de novo!
Reis, rainhas, príncipes, sultões e marajás (de todos os tipos) faziam do hotel seu segundo lar. E as diárias variavam de preço de acordo com o tamanho do quarto ou suite, do andar e do tipo de vista das janelas. Mas sempre caríssimas!

Nos seus bons tempos o Plaza apareceu como astro em muitos filmes, estreando em 1959 em North by Northwest, de Alfred Hitchcock. Depois em Descalços no Parque, Funny Girl, Plaza Suite (lógico!), The Way We Were, Love at First Bite, Arthur, Cotton Club, e o mais famoso de todos, Home Alone, filmado quase que inteiramente dentro do hotel. Na sequência Home Alone 2 o próprio Donald Trump aparece como o dono do hotel que ajuda o garoto. Antes de fechar em 2005 o hotel apareceu nas séries Os Sopranos e Sex and the City e no filme Eloise at Christmastime, com Julie Andrews.

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SAUDADES

Eu adorava tomar um drinque no Oak Bar do Plaza antes de jantar ou para relaxar depois de horas batendo perna por Nova York num dia de muito frio. Todo forrado de lambri de madeira escura (oak = carvalho), com um grande bar cheio de garrafas de todas as bebidas do mundo e grandes painéis escuros retratando cenas antigas de Manhattan, o bar era a síntese do que todo bar americano tinha que ser: ambiente agradável mas não muito sofisticado, drinques generosos, cumbucas de prata cheias de amendoins e castanhas nas mesas, garçons mais velhos e simpáticos, uma TV eternamente ligada sem som transmitindo algum jogo de futebol americano, e sempre lotado de gente alegre e barulhenta.

Na hora do almoço casais com crianças cheias de sacolas da F.A.O. Schwartz, que fica em frente ao hotel, almoçavam lá, pois o bar servia boa comida também.
Do lado direito, passando-se por uma porta disfarçada por uma cortina ficava o Oak Room, restaurante também todo de madeira escura, sempre muito cheio e com um ótimo menu internacional. E do lado da rua 58 havia ainda o Oyster Bar, menor que o Oak mas também ótimo, com vitrôs coloridos e a mesma madeira escura nas paredes, servindo as melhores ostras e mariscos da cidade.

Também sinto saudades do brunch dos domingos, a maior comidaria que eu já vi na minha vida: todo o restaurante Palm Court com bufês cheios de cascatas de camarões, lagostas, ostras, pães, queijos, frutas, iogurtes e doces, biscoitos e tortas de todos os tipos, além de cozinheiros a postos para fazer a omelete do jeito que você quisesse! A minha preferida era de clara de ovo batida, cebola roxa picadinha e muito salmão defumado dentro! Perfeita para evitar o colesterol naquele mundo de guloseimas engordativas! Apesar de custar nos últimos tempos 80 dólares por pessoa mais taxas e gorgeta – o que dava mais de 100 dólares mas incluia ainda uma garrafa de champanhe (americana) por casal – o imenso salão vivia lotado todos os domingos, e sem reserva você não entrava.

Estou torcendo para que o Plaza volte com todo o seu esplendor de antes e que continue a ser um marco nessa cidade fantástica que nunca dorme. E tomara que na próxima vez em Nova York eu já possa tomar o meu dry martini sentado no Oak Bar já reformado vendo pela janela a neve caindo no Central Park...
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domingo, 11 de novembro de 2007

COMO COMPRAR MAIS BARATO NA EUROPA

Se você já foi à Europa depois da conversão das diversas moedas por Euros, sabe muito bem que tudo ficou pela hora da morte! Em Paris os charmosos hotéis 2 estrelas em St. Germain que custavam 600 francos franceses – o que equivalia a 100 dólares - agora têm diárias de 150 euros, mais do dobro! Um café expresso em Florença, baratíssimo quando era pago em liras, hoje está custando o equivalente a 10 cafezinhos brasileiros! E um bom copo de vinho em Barcelona, que nos bons tempos das pesetas saía por uns 6 dólares, agora custa 16 euros!

Pretendendo comprar por lá roupas, bolsas, sapatos e coisas para a casa, vá se preparando para falir! E caso você goste de marcas ou grifes famosas é bom ter um cartão de crédito poderoso, pois os preços são inacreditáveis! É claro que as liquidações acontecem em todos os lugares para facilitar a nossa vida, mas...

Tudo tem o seu jeitinho, principalmente quando as pessoas certas que sabem das coisas dividem seus segredos. Como nos Estados Unidos onde as pontas de estoque fazem a festa dos que não querem ou não podem gastar muito, algumas cidades da Europa já têm “outlets” tão bons quanto os americanos, vendendo por muito menos as coleções da estação passada. Se você tiver paciência para procurar e sorte para encontrar, vai sair ganhando! Anote os endereços e clique nos nomes para visitar os sites:

Em Londres o Bicester Village, que fica à uma hora do centro, perto de Orxford, tem mais de cem butiques oferecendo descontos de até 70%. Molton Brown, Keneth Turner e Penhaligon’s mudam para melhor qualquer banheiro. Para roupas e acessórios a oferta é grande: Calvin Klein, Myla, Wolford, Ferragamo, Hugo Boss, Puma e Aquascutum entre outras. Para crianças Petit Bateau e Monsoon, e ainda uma loja Bose para apetrechos eletrônicos. Mas atenção para a pronúncia correta do nome do outlet: diz-se “bisster”!
- 50 Pingle Drive, Bicester, Oxforsdshire / 44 01 1869-323200

A apenas meia hora do centro de Madri, no caminho do Escorial, fica o Las Rozas, onde você encontra 95 lojas, entre elas Carolina Herrera, Versace, Hackett, Loewe, Timberland, Diesel e Andrés Sardá.
- Jimenez 3, Las Rozas, Madrid / 34 91 640-4900

Já em Barcelona o La Roca Village tem Burberry, Polo Ralph Lauren, La Perla, Camper e ainda lojas de malas e artigos de couro, esporte e coisas de casa. Fica a 40 minutos do centro em direção a Cardedeu, um pouco mais ao norte.
- La Roca del Vallès, Barcelona / 34 93 842-3900

Em Milão o Fidenza, no caminho que leva à Parma, oferece também muitas opções, entre elas Furla, Trussardi, Fornarina, Lanifício Colombo e Versace. Para cama, mesa e banho a loja da Frette é perfeita, da mesma forma que a Simonetta para roupas infantis.
- Via San Michele, Campagna, Fidenza / 39 0524 33551

Em Paris a sensação é o La Vallée Village, pertinho da Disneylândia e de Fontainebleau, que tem as 75 lojas mais chiques do mundo à sua disposição. Max Mara, Giorgio Armani, Christian Lacroix, Givenchy, Kenzo, Cacharel, Pepe Jeans, Longchamps, Celine e Jimmy Choo fazem a festa da moçada.
- 3 Cours de la Garonne, Marne-la-Vallée / 33 01 1 60 42 35 00



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