sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

PASSEANDO POR SIDNEY

Sidney é uma grande cidade à beira do mar com uma mistura incrível de beleza natural e edifícios moderníssimos, ao lado de prédios Geogianos e Vitorianos junto a monumentos históricos, e muitos parques sempre floridos. Com uma exuberante vida ao ar livre e uma população de quase 5 milhões em sua maioria gente jovem, bonita e amante dos esportes náuticos, a cidade me impressionou muito. Como dizem os cariocas que já foram a Sydney, a cidade é um Rio de Janeiro que deu certo. Pena que a viagem seja tão longa e a passagem aérea tão cara, se não eu já teria voltado várias vezes.

O mar está presente por todos os lados, nas praias lindas, nos piers e calçadões cheios de lojas, hotéis e restaurantes, nos barcos de todos os tipos e tamanhos circulando sem parar pela baía, um perfeito meio de transporte seguro e pontual. Você usa os barcos para trabalhar, para chegar aos bairros mais distantes, para procurar as melhores praias para o surfe, para pescar e até para passear!

Uma das melhores coisas que eu fiz lá foi o “sunset cruise” a bordo de um enorme iate que navegava devagar pela baía, tomando champanhe e vendo a cidade com os altos prédios, as casas nas encostas, as montanhas muito verdes, tudo banhado na luz avermelhada do pôr do sol. Um passeio perfeito e que dá a você a dimensão exata da cidade: espetacular!

Para conhecer bem Sidney você tem que andar a pé pelas ruas antigas e principalmente pelos piers à beira do mar que circundam as várias baías. Como o clima lá é igual ao daqui, bem quente no verão e invernos não muito frios, a roupa ideal é bermuda, camiseta, tenis, chapéu e muito protetor solar. Depois de se acostumar com as 11 ou até 14 horas de fuso horário à frente do Rio, não deixe de visitar:

A Opera House, um dos prédios mais conhecidos do mundo, avançando pelo mar, com seus vários telhados em formato de velas de barcos cobertos por mais de um milhão de ladrilhos de cerâmica vindos da Suécia, colados de forma a dar a impressão que é a costura das lonas. Projeto do arquiteto Joern Utzon, a construção começou em 1959 e só terminou em 1973, ganhando logo dos australianos o apelido de “chapéu de freira”.

Depois das fotos assista a uma das quase 300 apresentações anuais de óperas, balés, peças, orquestras e conjuntos de jazz – muitas delas gratuitas. Faça uma visita guiada por seu interior e compre uma lembrança na lojinha. E se estiver com fome há três opções de restaurantes: o Bennelong, mais chique (reservas pelo telefone 9250-7548), o Concourse na beira do mar ou o Harbour, no lado oposto do prédio. Os três são ótimos e as vistas deslumbrantes.

O extenso East Circular Quay, que é a parte do cais circular da baía de Sidney logo ao lado da Ópera, tem lojas, cinema e restaurantes para todos os gostos. É o lugar ideal para passear vendo os barcos e fazer uma boa refeição. Os melhores restaurantes são: Ária (1 Macquarie St. – 9252-5555), Quadrant (Quay Grand – 9256-4044) e o Quay East Chinese (Opera Quays – 9252-6868).

A Harbour Bridge de Sidney tem 134 metros de altura, 502 de comprimento, 49 de largura e pesa 53 mil toneladas ligando os dois lados da baía. Você pode percorrê-la de carro ou a pé começando em Milson’s Point indo à direção à cidade até Dawes Point, onde há um museu dentro do grande pilar de sustentação.

Mas para a melhor vista da cidade você deve subir até o topo do arco da ponte e fazer uma emocionante caminhada/escalada de 3 horas, que apesar de todas as precauções de segurança, não é programa para quem tem medo de altitude. Mas é uma aventura e tanto e pode ser feita de dia, ao entardecer e de noite!

Deste lado fica The Rocks, o bairro onde os convictos e as tropas se instalaram no século 19 e as ruas e prédios antigos contam muitas histórias. Lá fica a Cadman’s Cottage, a mais antiga casa da cidade construída em 1816 que servia de residência do superintendente da marinha e hoje é o centro de informações marítimas onde você pode também reservar os passeios de barco.
O Museu de Arte Contemporânea funciona desde 1991 em um prédio Art Deco com um ótimo acervo. O seu MCA Café é muito badalado pela turma jovem. A rua mais antiga da cidade chama-se George Street, e ao lado na Lower Fort Street estão o Museu Colonial, a igreja Garrison, o Observatório, construído onde havia um forte em 1804, e a famosa S.H. Ervin Gallery, com exposições de arte australiana.

É muito gostoso passear pelas ruas e vielas e chegar até a grande praça na beira do mar onde estão os melhores restaurantes da cidade e um excelente comércio, além de shows ao vivo de jazz, música clássica ou popular todos os dias a partir do meio-dia.

Restaurantes lá que fui e recomendo: Waterford (9247-3666), Wolfie’s (9241-5577), Italian Village (9247-6111) e o Wharf (9250-1761), um ao lado do outro com mesinhas nas calçadas sempre cheias de gente bonita.

Darling Harbour é outro porto cheio de atrações. Lá está o Sydney Aquarium com uma variadíssima mostra da vida marinha australiana, com um recife de coral vivo cheio de peixes e tubarões. O Museu Marítimo é muito importante para se conhecer um pouco da colonização do país visitando o navio Batavia, que participou de um dos mais cruéis episódios da história australiana.
No Cockle Bay Wharf há um restaurante atrás do outro servindo excelente comida e frutos do mar de primeira! Um dos melhores é o Ampersand (9264-6666), seguido de perto pelo Coast (9267-6700). Mais descontraído e com suas mesas debaixo de guarda-sóis o Nick’s é perfeito para comer e provar os levíssimos vinhos australianos.

Para umas comprinhas o Harbourside é ótimo, com lojas de objetos para casa, livrarias, roupas, presentes e bebidas. Aproveite para conhecer o Centro de Arte e Cultura Aborígine Gavala e ver o artesanato local. Há pinturas em pano muito bonitas a preços bem baixos que são ótimos souvenires, da mesma forma que os bumerangues de todos os tamanhos, cores, desenhos e preços.

Se você gosta de pedras preciosas, a Austrália é o maior produtor de opalas do mundo, e lá elas são bem baratas. Há opalas verdes, multicoloridas e até as raras negras, e você pode comprá-las em colares, pulseiras, anéis, brincos ou chaveiros. Mas veja que as opalas sejam autenticadas pela AOGIA (Australian Opal and Gem Industry Association) para não levar gato por lebre.

Visite também a Sydney Art Gallery, um museu-comercial único no mundo instalado num dos muitos prédios históricos do porto com mais de 1000 pinturas e quadros de artistas australianos originais para serem apreciados e comprados. Todas as obras estão à venda!

Apesar do impacto com chegada dos europeus a partir de 1788, a cultura Aborígine continua muito presente nos museus, galerias, lojas e apresentações de grupos folclóricos. São bem interessantes e muito esquisitas as danças e músicas desses shows com seus participantes vestidos a caráter batucando bastante e tirando sons muito graves e estranhos dos “didgeridoos”, uma longa e grossa flauta de madeira, talvez o mais antigo instrumento musical do mundo.

No centro de Sidney fica o Hyde Park, que começa em frente à Elizabeth Street e vai até o Jardim Botânico, que por sua vez encosta na Opera. Lá estão o Memorial Anzac, a fonte Archibald, a Biblioteca, o Parlamento, o Conservatório e a Catedral de St. Mary, com lindos mosaicos no chão da sua cripta.


Para as vistas mais espetaculares da cidade você tem que subir ao topo da AMP Tower, a mais alta do hemisfério sul, com dois restaurantes rotativos a 305 metros de altura. E ainda tem um shopping em baixo dela.



Um dos melhores exemplos da arquitetura australiana do século 19 virou um ótimo shopping-center: o Queen Victoria Building, construído em 1898, com 3 andares de lojas e muitas opções de comida no subsolo.

Outra linda galeria é a Strand, com balcões de ferro batido e um átrio aberto que deixa entrar a luz do sol. Construída em 1982 e destruída por um incêndio em 1976, ela foi reconstruída lojistas e voltou a seu antigo esplendor.


Três excelentes magazines: Grace Bros. (artigos masculinos e femininos) e Gowings (só para homens) ficam nas esquinas das ruas Market e George, e David Jones, considerada a loja mais bonita do mundo, na Market com Castlereagh.
Para as grifes internacionais o caminho é pelas ruas Elizabeth e Castlereagh: Bulgari, Cartier, Armani, Chanel, Gucci e Hermès estão lá a seu dispor...

Restaurantes no centro que fui e recomendo:
Forty One – Chifley Square – 9221-2500 – No 41º andar de um prédio, oferecendo alta culinária em todos os sentidos e uma vista deslumbrante. Caro mas vale a pena.

CBD – 75 York Street – 9299-8911 – Um simpático bistrô que já ganhou vários prêmios.

Banc – 53 Martin Place – 9233-5300 – Chique e badalado, oferece comida francesa e australiana moderna.

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DEZENAS DE PRAIAS

Se você curte banho de mar, mergulho, muito sol e surf, as praias de Sydney vão fazer a sua cabeça. A mais famosa de todas é a Bondi, ao lado, enorme e sempre cheia de turistas e da garotada local. Indo na direção sul, você sobe por uma estradinha pelo rochedo Coogee, passa por Mackenzies Point e chega à Tamarama, com ondas ótimas para surfar. Em seguida fica a pequena praia de Bronte numa enseada redonda, com o mar bem forte, cheia de bares e cafés à sua volta. Se você gosta de nadar e mergulhar com máscara e pé-de-pato, siga um pouco mais até Clovelly e Gordon Bay, com a água verde e transparente. E veja de perto os coloridíssimos peixes australianos.

Em direção ao norte a praia mais badalada é Manly, a preferida dos surfistas locais inclusive para morar. Muitos brasileiros que estudam e trabalham em Sydney moram lá por conta do mar e dos aluguéis mais baratos. E vão e voltam para os cursos e empregos no centro de ferry-boat.

Seguindo para cima você passa pelas praias de Curl Curl, que tem piscinas de água salgada para os menos aventureiros, Dee Why e Narrabeen até chegar a Palm Beach, todas com boas ondas. Para vela, caiaque e Wind-surf a melhor praia é Pittwater, em Broken Bay, com mar calmo mas com muito vento. E para fotografar paisagens inesquecíveis Whale Beach e Bigola são as mais bonitas de todas...

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Duas sugestões de passeios fora de Sydney:

Os esportistas com certeza vão querer conhecer o Parque Olímpico, sede dos jogos de 2000, que fica a 14 km do centro ocupando quase 2 mil acres nas praias de Homebush Bay. Você pode visitar o estádio, o centro aquático, as quadras de tênis e o velódromo, além da vila dos atletas. Há uma linha de ônibus ligando a cidade ao Parque com saídas o dia todo.

E tendo mais tempo aproveite para conhecer as Blue Mountains, que ficam à uma hora e meia do centro de Sydney, uma impressionante floresta de eucaliptos numa montanha com mais de mil metros de altitude. Você pode passear por cima das árvores de bondinho ou de trenzinho na mais inclinada estrada de ferro do mundo. Dá para ir e voltar no mesmo dia, mas quem quiser pode se hospedar nos muitos simpáticos e confortáveis pequenos hotéis.

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Um hotel bom, caro e bem localizado:
Sheraton on the Park, de frente para o Hyde Park, no melhor ponto do centro.
Diárias a partir de USD 300,00.

Outro muito bom e bem mais barato:
Radisson Hotel & Suites, em Darling Harbour, com diárias a partir de USD 160.00

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OS BICHOS MAIS ESQUISITOS DO MUNDO

Eu nunca vi nada mais esquisito na minha vida do que os bichos australianos! Parece até que o Todo Poderoso estava sem inspiração ou muito cansado na hora em que resolveu criá-los. No Taronga Zôo de Sydney você pode ver de perto e vai me dar razão. E como todos são animais noturnos, de dia você só vê a bicharada roncando!

O menos estranho deles é o Koala, que apesar de parecer um ursinho de pelúcia, tem um nariz de couro preto quadrado, enormes e perigosas garras, quase não anda no chão, fica pendurado nos galhos das árvores comendo folhas e dormitando o dia inteiro, que nem a nossa preguiça.

Wombat é uma espécie de ratão do deserto selvagem, gordo e baixo, que adora cavar loucamente e ataca quem chegar perto com seus dentes afiados.

Bem mais louco é o Diabo da Tasmânia, aquele mesmo do desenho animado, que é uma mistura de cachorro e vampiro, com dentes pontudos e muito bravo. Avança em qualquer coisa que se move e adora comer carcaças de animais mortos!



A pequena Equidna é um porco-espinho meio molengo misturado com tatu e tamanduá, que come formigas e insetos, só sai à noite, vive isolada e só se encontra com o macho uma vez por ano para acasalar!



O Ornitorrinco é mamífero e ovíparo ao mesmo tempo, tem corpo peludo, bico e pés de pato, rabo de castor e passa a noite construindo diques e túneis nos rios. Apesar de pequeno, é muito bravo e ataca pescadores e pássaros que cheguem muito perto da sua toca.

E encerrando temos o canguru que todo mundo acha bonitinho mas que de perto é um rato gigante com as patinhas superiores atrofiadas, pernas e coxas imensas e desproporcionais para o corpo, bolsa na barriga cheia de tetas e ainda é o maior saltador do mundo!

No Zôo êles ficam deitados dormindo o dia todo, mas de noite na selva pulam loucamente, um atrás do outro, em fila indiana. Já foram quase extintos, mas com as leis de proteção à fauna êles se multiplicaram tanto que agora são considerados praga e podem ser caçados por qualquer um.

A única parte do canguru que eu gostei foi a carne, macia e gostosa, que é servida em todos os restaurantes...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

MUITA NEVE EM WASHINGTON D.C.!

Minha filhota Luiza está em Washington e ficou encantada com a quantidade de neve que caiu por lá ontem. As lareiras estão sempre acesas e a cidade inteira tornou-se um cartão postal todo branco com temperaturas abaixo de zero. Olha só ela e a Renata no meio da neve!



As máquinas de vender jornais nem abrem de tanta neve.



Já pensou a cara do dono desse carro quando voltar?



O lago do monumento a Washington fica congelado e a turma aproveita para patinar!



A criançada se diverte!



A marquise do restaurante Equinox cheia de estalactites!



Tem que ter o maior cuidado para não escorregar!












E minha prima Laura, que mora em Washington, mandou esta foto tirada da janela de seu apartamento.
É ou não é um cartão postal em preto e branco?

E olha só ela congelando na praça!O pessoal da Casa Branca está praticamente ilhado!

domingo, 13 de janeiro de 2008

AS PINTURAS DE LYON

Não há cidade no mundo mais colorida e mais brilhante que Lyon, com seu elaborado sistema de iluminação pública que é o orgulho da prefeitura desde 1989 e seus enormes murais. Milhares de refletores muito bem posicionados destacam a beleza de mais de 150 monumentos, igrejas, edifícios e pontes, transformando totalmente o panorama urbano e dando mais vida à cidade depois do anoitecer.

Uma verdadeira “pequena Paris”, banhada pelos rios Saône e Ródano, Lyon (em português diz-se Lião) ela é a capital da região Rhône-Alpes e a segunda maior área urbana da França, hoje com quase 2 milhões de habitantes.

Fundada há mais de 2 mil anos por Munatius Plancus, tenente do imperador Júlio César, entre as colinas de Fourvière e Croix-Rousse, a então capital da Gália prosperou e se tornou um grande centro comercial devido à sua perfeita localização no centro da Europa.

Cinco grandes estradas a ligavam à Itália, ao Mediterrâneo, ao Reno, à Aquitânia e ao Atlântico, resultando numa população de várias raças, culturas e costumes. No século 19 a tecelagem da seda era a sua principal indústria, ativa até hoje.

E ao longo dos anos a cidade produziu também muita gente famosa como Madame Recamier, os irmãos Lumière, o escritor Saint-Exupéry, o jornalista Bernard Pivot, os cineastas Jacques Deray e Bertrand Tavernier, o músico Jean-Michel Jarre e sua mulher Charlotte Rampling e o super-chef Paul Bocuse, além de grandes nomes do esporte e da política. E não podemos esquecer do Guignol, personagem bufo dos teatrinhos de fantoches que está comemorando agora 200 anos de existência.

Hoje Lyon é muito moderna graças a projetos de grandes arquitetos.
O catalão Santiago Calatrava construiu a nova estação de TGV ligada ao aeroporto Satolas e o italiano Renzo Piano criou a espetacular Cité Internationale, uma nova cidade à beira do Ródano com o Palácio de Congressos, o Museu de Arte Contemporânea, teatro, cinema, auditórios, edifícios comerciais e um hotel em meio a lindos jardins.

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Um museu a céu aberto!


Mas o que mais me chamou a atenção lá, entretanto, foi a quantidade de murais “trompe-oeil” pintados nas laterais e fachadas de dezenas de prédios, transformando-os em imensas obras de arte ao ar livre.

Desenhos diversos, paisagens, cenários, mapas, cenas históricas, caricaturas de seus moradores famosos ou reproduções de pôsteres antigos me impressionaram pela criatividade e beleza, como seu eu estivesse passeando por um museu a céu aberto!



A maioria dessas paredes pintadas está na “cidade industrial”, projeto do urbanista Antoine Garnier no 8º arrondissement, construída nos anos 20 e que tem 16 murais, ou seja, quase quatro mil metros quadrados de pinturas! Veja só que incrível!




















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Quando você for a Lyon não deixe de visitar:

O anfiteatro romano e o Odeon na colina de Fourvière, e o incrível
Museu Gallo-Romain, cheio de esculturas e objetos de arte históricos.

A Praça Bellecour – que como o nome diz é muito bela – com a imponente estátua de Luiz XIV. Em volta da praça há vários restaurantes e ótimas lojas. Aliás o comércio local é excelente, com todos os magazins e lojas de Paris.

A imensa Basílica de Fourvière em cima da colina, inaugurada em 1896 e dedicada à Virgem Maria. A sua torre, imitando a Torre Eiffel, serve desde 1963 como antena de transmissão de TV.

O Teatro de Ópera, que teve o seu telhado antigo transformado em salas de ensaio moderníssimas, com muito aço e vidro num projeto bastate ousado.

O Instituto Lumière, que mostra todos os passos da invenção do cinema, interessantíssimo.

O Museu de Belas Artes, com um acervo impressionante e o parque Tête d’Or, com mais de 60 mil roseiras de 300 variedades diferentes em cinco hectares de muito verde.

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Um hotel ótimo e não muito caro:

Sofitel Bellecour, entre o rio Saône e a praça principal, perto de tudo, com diárias a partir de 190 euros. Bem moderno, quartos enormes, tem ainda no último andar o restaurante Les Trois Domes, assim chamado porque de suas enormes janelas vê-se os duomos iluminados de três igrejas. O novo menu do chef Alain Desvilles mereceu uma estrela do Guide Michelin.

Um outro hotel charmosíssimo:

La Cour des Loges, ocupando 4 prédios renascentistas restaurados dos séculos 14, 16 e 17 da cidade antiga, com decoração antiga e moderna, maravilhoso. Diárias a partir de 240 euros. Quartos grandes com banheiros high-tech, e um ótimo restaurante comandado pelo chef Antoine Bonnet muito bem cotado na listagem do Gault Millau.

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E a comida?

Capital gastronômica da França, Lyon tem centenas de restaurantes, brasseries, bar à vins e bouchons. E você pode entrar em qualquer um que não vai se arrepender. Na cidade velha, na rue des Marroniers, é um atrás do outro, sempre com mesinhas nas calçadas nos meses mais quentes.

Para conhecer a comida local, peça de entrada a famosa Salada Lyonnaise, que tem alface crespa, ovos pochês, nozes, croutons, pedacinhos de bacon e de queijo gruyère temperada com muito azeite e vinagre balsâmico.

Em seguida prove as lingüiças (saucissons) grelhadas Jésus de Lyon, mais temperadas e as Rosettes, mais leves e cor-de-rosa. As terrines e os patês são sensacionais, e a nossa velha conhecida Soupe a l’Oignon é ótima para esquentar no inverno.

Como prato principal peça “Capon aux Marrons” (capão, você sabe, é a galinha que foi castrada quando pequena que engorda e fica bem mais macia) assada no forno à lenha com molho de castanhas e trufas!

Eu, que adoro fígado, me fartei de “emincé de foie de veau”, bifinhos mal cozidos com muita cebola e pimenta. Ah, que saudade dos restaurantes de Lyon!

Mas vamos às sobremesas: que tal uma “tarte ao pralines” (torta de nozes), um punhado de “bugnes” (biscoitinhos de rum com açúcar e limão) ou uns “beignets d’acacias" ?

Restaurantes que fui e adorei:

Chez Mounier – 3 rue des Marroniers – 04 78 37 79 26 – Simples, bom e barato, mesas na calçada, comida maravilhosa.

Le Bistrot de Lyon – 64 rue Mercière – 04 78 37 00 62 – Antigão e classudo, mas igualmente bom e barato.

La Tour Rose – 22 rue du Boeuf – 04 78 37 25 90 – Excelente relais gourmand.

Le Petit Lyon – 3 rue Plenay – 04 72 00 08 10 – do chef Jean Paul Lacombe que, mesmo tendo 3 estrelas do Michelin, serve a mais típica comida lionesa boa e barata.

E fora da cidade, mas imperdível:

Paul Bocuse – Place d’Ilhaeusern, Cologne-au-Mont d’Or – 04 72 27 85 85 – Um dos melhores restaurantes do mundo! E você já pode ligar agora para reservar uma mesa para daqui a uns seis meses...

No verão todos os restaurantes colocam mesas nas calçadas.