quarta-feira, 28 de maio de 2008

VOMITANDO E POSANDO EM ALTO MAR!

Eu gosto muito de viajar de navio: um grande hotel de luxo flutuante que a cada dia está numa cidade diferente sem você ter que se locomover e ficar abrindo e fechando mala.
Todas as refeições estão incluídas (menos bebidas alcóolicas, mas que são bem baratas em alto mar por terem preços de duty free), além do lazer nas piscinas, muitos jogos e brincadeiras nos deques, a jogatina no cassino, os shows e filmes todos os dias e os fins de noite nos bares sempre com música ao vivo ou nas boates que só fecham de manhã cedo. Perfeito para quem quer descansar e também para quem quer agitar sem parar!

A primeira vez na vida que eu fiz um cruzeiro foi no excelente Eugenio C, numa viagem de 7 dias até Buenos Aires. Eu fazia parte de uma equipe de modelos, fotógrafos e produtoras de moda da Editora Bloch que viajou a trabalho para fazer uma edição inteira da Revista Desfile dentro do navio. E lá fomos nós com um monte de malas cheias de roupas, acessórios, caixas de equipamento e centenas de rolos de filme (é, essa história é antiga) muito animados com os sete dias de trabalho e diversão, uma verdadeira "dolce vita al mare"!

O navio saiu do porto do Rio no final da tarde e quando foi passando pelo Leme, Copacabana, Ipanema e Leblon com aquele céu meio dourado do pôr do sol, a emoção foi grande! A nossa cidade é mesmo maravilhosa, principalmente se vista de longe...

Mar calmo, poucas ondas, navegação estável, jantamos e bebemos tudo o que tínhamos direito, já que estávamos viajando de graça e ainda ganhando um bom cachê! Fomos todos dormir cedo para estar descansados e bonitos na primeira sessão de fotos aproveitando a ótima luz do amanhecer do dia seguinte.

Em nossas cabines encontramos o menu da ceia da meia-noite e uma imensa cesta de frutas com uma garrafa de Dom Perignon dando as boas vindas aos ilustres passageiros. Estávamos todos muito felizes e relaxados, apesar dos comentários dos outros passageiros sobre a conhecida história de que o navio deveria jogar muito quando se aproximasse do Golfo de Santa Catarina, mas só dali a quatro dias.

Mas em meia hora tudo mudou e começou o terror!

Por volta da meia-noite, quando o barco já estava em alto mar, o tempo foi fechando, começou a trovejar e a chover a cântaros, os raios explodiam no céu preto e as ondas começaram a aumentar. O imenso Eugenio C balançava para frente, para trás, da esquerda para a direita que nem um alucinado! Desculpem o chavão, mas parecia mesmo um barquinho de papel solto no oceano! Pela escotilha dava para ver as ondas quebrando e cobrindo a proa de espuma branca.

E eu que tinha visto na véspera o filme "O Destino do Poseidon"!

Deitado na cama da cabine número 1, a melhor do navio, lá na frente, eu tinha que me segurar numa trava da parede para não cair! As malas e as caixas de metal com câmeras e flashes deslizavam sem parar de um lado ao outro pelo chão, batendo na parede em frente e depois voltando e batendo com força na minha cama. Bandejas, sapatos, copos e frutas rolavam por todo lado. Consegui salvar a champanhe enfiando a garrafa numa gaveta! Pelo menos isso!

Enjoadíssimo e já quase vomitando, sai correndo pelo corredor em busca de ar fresco, já que todas as janelas do navio eram seladas. Quando consegui chegar ao último andar da piscina a céu aberto, depois de muito cambalear pelas escadas, encontrei quase que o navio inteiro botando cargas ao mar! E eu estava só de cuecas! Não havia lugar na murada para mais ninguém debruçar! O vômito vinha pelo tombadilho em ondas prá lá e prá cá, aumentadas pelo maior temporal que eu vi na minha vida!

No meio da chuvarada e do vendaval três médicos distribuíam remédios contra enjôo, mas eu tomei e vomitei o mesmo comprimido umas 3 vezes! Teve gente que foi parar na enfermaria, onde até os atendentes estavam passando mal. Acabou o estoque de Dramim intravenoso e de uns adesivos para colar no umbigo que não adiantavam absolutamente para nada!

Só depois de quase três horas dessa situação horrorosa, nós todos encharcados e com as caras verdes, é que o mar começou a se acalmar e o balanço a diminuir.

Voltamos às nossas cabines exaustos, molhados, imundos, abatidos e debilitados. Caímos nas camas e literalmente desmaiamos. Quando acordamos no dia seguinte com o sol a pino o navio já estava atracado em Santos. Pelas escotilhas vimos vários passageiros desembarcando, correndo pelas rampas carregando suas próprias malas, entre êles um dos nossos fotógrafos, duas modelos e uma produtora, desistindo do resto da viagem! Saímos atrás dêles e os trouxemos de volta à força, caso contrário não haveria reportagem nem edição de revista alguma e muito menos cachê! Bastante a contragosto os quatro voltaram, jurando que nunca mais viajariam de navio novamente.

Mas a partir daí nenhuma sacudida nos incomodava mais. Acho que ficamos vacinados contra maremotos e enjôos. Mesmo se o navio jogasse um pouquinho mais forte nós tirávamos de letra, inclusive durante a tal passagem pelo golfo onde as ondas foram bem fortes também. Nessa noite estávamos dançando na boate ao som de um conjunto que havia embarcado em Santos e assim que o navio começou a balançar o primeiro a sair correndo tapando a boca foi o rapaz do contrabaixo. Depois o do saxofone, depois o baterista e depois o guitarrista. Dançamos mais uma música só com o pianista, que também interrompeu o cha-cha-cha no meio e se mandou! O baile acabou!

Com as fundas olheiras bem disfarçadas com muito Erace e Pancake (viva o Max Factor!) conseguimos fotografar todos os editoriais de moda nos três dias antes de chegarmos à Argentina, fazendo poses nos deques, nas cabines de luxo, nas piscinas, na boate, nas chaminés, no cassino, nos restaurantes e até na casa de máquinas, lá no buraco do navio. Como continuamos a beber e a comer de tudo no barco e nas ótimas churrascarias de Buenos Aires, onde ficamos dois dias, é claro que engordamos pelo menos uns quatro quilos cada um, pois na volta uma produtora resolveu refazer algumas das fotos mas ninguém conseguia mais entrar nas roupas!

O resultado saiu nas bancas um mês depois: uma revista Desfile inteira sobre o navio, com ótimas fotos de moda, modelos impecáveis, boas dicas de Buenos Aires, receitas dos chefs do Eugenio C e para nós todos uma lembrança inesquecível de um cruzeiro com muita diversão e um grande batismo de fogo!

A equipe depois de embarcar no Rio sem desconfiar do que vinha pela frente: eu, Maria Helena, Téa, Alcione, Mituo, Vera, Gilda, Sergio e Vivian.

sábado, 24 de maio de 2008

DO FUNDO DO BAÚ!

Quioto, junho de 1973:

Primeira viagem ao Japão como guia: cabelão, magro, jeans GAP boca de sino, jaqueta Porsche, fazendo a maior pose em frente ao Templo de Ouro - Kinka Ku - em Quioto.

Do lado de trás da câmera trinta passageiros da excursão da Stella Barros imploravam ao guia para levá-los ao McDonalds para almoçar... Depois de dez dias no Japão ninguém aguentava mais sashimis ou sushis!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

CARTAS DOS LEITORES: DESCOBRINDO A ÁFRICA DO SUL

Nosso fiel leitor José Maria, de Évora, Portugal, enviou o relato de uma excursão que fez à África do Sul em abril, um passeio maravilhoso que me deixou com a maior de vontade de fazer. Quem sabe no ano que vem? Segue o seu texto:

Nessa viagem aprendi que a África do Sul é conhecida como “nação arco-íris”, apelido dado pelo arcebispo Desmond Tutu para chamar a atenção para o aspecto multi-étnico do seu país. Situado no extremo sul da África, oferece um céu azul impressionante, grandes reservas de animais e imensos espaços selvagens.

Descoberta por um português, colonizada por holandeses e ingleses, refúgio dos protestantes franceses e arrasada pela guerra anglo-boers e pelo "apartheid", a África do Sul possui uma cultura forte que agrada tanto aos apaixonados pela natureza e como pelos admiradores de história e arte.

O tour começou com a chegada ao aeroporto de Joanesburgo, onde fomos de ônibus até Pretória, fundada em 1855, cujo nome homenageia dois chefes africanos, Andries Pretorius, vencedor da batalha de Blood River, e seu filho Marthinus Pretorius, unificador do Transvaal.

Cidade com muitos locais históricos, nós visitamos a casa de Paul Kruger, onde o ex-presidente morou de 1883 a 1900 antes de se exilar na Suíça. Depois fomos à casa Melrose, que é um belo exemplo de arquitetura vitoriana e onde foi assinado o tratado que terminou com os conflitos anglo-boer em 1902.

Vimos o imponente Union Building, sede da atual presidência e fomos conhecer o monumento Voortrekker, local de peregrinação dos africanos por conta da célebre epopéia do Grand Trek que levou muitos africanos a fugir da colonização inglesa e fundar os Estados nos planaltos de Veld.




No dia seguinte saímos cedo e chegamos à região de Mpumalanga, onde visitamos God’s Window e o cânion do rio Blyde, percorrendo uma região com paisagens lindas cheias de falésias e três picos em formato de torres.




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Kruger Park

Mas nada supera a emoção da chegada ao Kruger Park, o maior da África criado em 1898 pelo presidente Paul Kruger que abriga as mais variadas espécies da fauna africana por uma região de mais de 340 km de extensão. Ficamos lá dois dias inteiros em plena Arca de Noé!

Os quatro safáris fotográficos que fizemos a bordo de grandes jipes Land Rover são experiências emocionantes e inesquecíveis! Cada um leva cerca de 4 horas e são feitos de manhãzinha e ao entardecer, que são as horas em que os animais aparecem mais.

Os guias que nos acompanharam eram bem experientes e nos mostravam onde estavam os animais mais ariscos, além de dar explicações detalhadas sobre cada animal e contar fatos curiosos sobre a flora e a fauna locais.


Me lembrei muito daquele filme “Hatari”, com o John Wayne liderando uma equipe que pegava animais vivos para zoológicos do mundo inteiro! Vimos elefantes, girafas, leopardos, gazelas, búfalos, rinocerontes, enfim, a bicharada toda. E eles passam pertinho dos carros, alguns rugindo sem medo algum. As fotos que tirei ficaram sensacionais, iguais às publicadas na revista National Geographic Magazine.

Ficamos hospedados em cabanas de madeira e bambu com telhado de folhas de bananeiras, muito confortáveis, com ventilador no teto. São alguns dos mais de 800 Game Lodges que agora existem por toda a região. Os banheiros são modernos e sempre com água quente. No acampamento tínhamos pensão completa, e a comida era de primeira!

O café da manhã era servido na varanda já com alguns pássaros exóticos e várias gazelas nos espiando, desconfiados. E à noite os leopardos passeavam do lado de fora de nossas janelas (todas com telas de metal, claro). Dava para ouvir o ronronar deles ali pertinho...

De lá partimos em direção ao reinado da Suazilândia, o menor país da África apertado entre Moçambique e África do Sul, que conseguiu manter intactas as suas tradições, hábitos e cerimônias religiosas, apesar das tentativas de invasão dos brancos.

Depois fomos até Hluhluwe, uma região cheia de rios e florestas de acácias onde dormimos novamente em cabanas nas cercanias do parque Umfolozi.
É só nessa reserva que vive o “nyala”, um raríssimo tipo de antílope com chifres retorcidos. Vimos vários, além de leões bem ariscos!

Mais um pequeno trajeto e chegamos a St. Lucia, cujo estuário é patrimônio da Unesco. Navegamos pelo lago e vimos muitos hipopótamos e jacarés em suas margens. Voando sobre nós, à procura de comida, mil pássaros, pelicanos e uma tal de águia-pescadora, que dava rasantes sobre as nossas cabeças gritando muito. O cruzeiro terminou em Kwazulu-Natal, e finalmente chegamos a Durban, uma grande cidade-balneária às margens do oceano Índico.

Descoberta por Vasco da Gama que lá aportou em 25 de dezembro de 1497, daí ter dado o nome de Natal, a região cresceu muito como destino turístico e Durban tornou-se o mais importante porto da África.

Lá os locais falam a estranhíssima língua zulu, mas entendem bem inglês. E eu nunca vi tantas zebras juntas!


E de lá partimos de volta à Europa, fascinados com tudo o que vimos e aprendemos na África. Foi realmente uma aventura que me marcou para o resto da vida.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

POSTCARDS FROM THE WORLD

Meu sobrinho Cristiano Junqueira é um grande viajante desde garotinho e também um excelente fotógrafo.
Vejam essas fotos de suas recentes viagens pelo mundo e depois digam se eu não tenho razão.
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O sol nascendo em Nova York
Primavera no Soho em Nova York
Navio Costa Mágica refletido no prédio do Banco do Brasil em Salvador.Dentro da Sagrada Família em BarcelonaO campo na ToscanaBalão em DallasIgreja em RodesA Mesquita Azul em IstambulLanternas no grande bazar de IstambulCastelo em DubrovnikMenu na Piazza San Marco, em VenezaCachoeira na Floresta da Tijuca
Natal na lagoa Rodrigo de FreitasO entardecer no Leblon

sexta-feira, 9 de maio de 2008

OLÉ PARA MADRI!

Madri sempre foi o coração pulsante da Espanha. Depois de muitos anos sob o regime fascista de Franco, a cidade renasceu com uma liberdade política e social nos últimos 25 anos que não se via desde a “era dourada” da Espanha no século 16.

A Madri atual é uma cidade moderna com uma população acima dos 3 milhões. Lá você fica impressionado com a fantástica mistura de avenidas arborizadas, ruelas estreitas, restaurantes estrelados, prédios modernos, monumentos antigos, praças muito floridas e grandes museus de arte contemporânea e antiga. Mesmo que você já conheça a cidade, alguns locais merecem sempre um repeteco. Além das novidades, que são muitas.

Não deixe de visitar:

A Plaza Mayor, do século 17, com uma estátua do rei Felipe III onde antigamente aconteciam touradas, julgamentos da Inquisição e execuções, a Plaza de Cibeles, uma das mais bonitas cercada de prédios históricos, e o Parque Del Retiro, com seus bosques, lagos e colunas com estátuas.

O Palácio Real, construído pelos reis Bourbon, com salas lindas.
Visite a do trono e outra que tem as paredes forradas de porcelana, dois incríveis caprichos do rei Carlos III.

A Puerta Del Sol, que era a entrada leste da cidade, com o imenso anúncio do jerez Tio Pepe e os mais animados bares e cafés de Madri.

A Catedral de Almudena, dedicada à padroeira da cidade, cuja imagem do século 16 está em sua cripta, em estilo neogótico muito parecida com o Palácio Real.
E o famoso Paseo Del Prado, com os museus, galerias de arte e alguns dos melhores hotéis da cidade, além da Porta de Alcalá, a fonte de Netuno e o monumento em homenagem ao Dois de Maio.

Apesar de Barcelona, principalmente por conta dos muitos prédios de Gaudi, possuir uma arquitetura mais atraente para o turista, Madri por sua vez oferece vários museus surpreendentes, dignos de muitas visitas. Pelo menos quatro dêles você tem que visitar:

Inicialmente concebido como um museu de ciência natural, o Prado ao longo dos anos tornou-se uma grande vitrine da arte de todas as épocas. Mesmo a turma que não curte museus fica impressionada com a quantidade de obras de Velásquez, Goya, El Greco, Bosch, Ticiano e Botticelli, entre muitos outros.

Outra coleção valiosíssima está no Centro de Arte Reina Sofia. Ocupando o prédio de um antigo hospital reformado, o museu se concentra em três dos mais importantes artistas modernos: Salvador Dali, Joan Miró e, é claro, Pablo Picasso, além de muitos outros pintores também espanhóis.

O quadro mais importante em exposição é Guernica, de Picasso, que retrata os horrores dos bombardeios nazistas durante a Guerra Civil Espanhola.

O Museu Del Traje é fascinante, com um impressionante acervo de roupas históricas, costumes contemporâneos, tecidos, sapatos, jóias, acessórios e muito mais da Espanha desde o século 16. As sombrinhas e relógios antigos são uns show à parte, além de exposições temporárias que atraem multidões. Vale a visita.

O museu e espaço cultural mais novo da cidade é o Thyssen-Bornemisza, instalado no espetacular Palácio Villahermosa no Paseo Del Prado, e apresentando obras que retratam o desenvolvimento da arte ocidental desde o gótico italiano do século 13 até a Pop Art do século 20.
A próxima exposição especial será “Miró: Tierra”, mostrando obras do famoso artista retratando os temas terra e morte.

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TORO!!!

Uma das mais sangrentas e emocionantes formas de arte em Madri é a tourada ou “corrida de toros”, que não é um esporte e sim um espetáculo artístico com um final trágico.
As melhores touradas do mundo acontecem na arena Las Ventas no bairro de Salamanca, todos os domingos à tarde de abril a novembro. Se você gosta de emoções fortes com muita adrelina, não perca.
E depois visite, ao lado, o Museu Taurino, onde se vê de perto as espadas, banderillas, capas e aquelas roupas sensacionais dos esbeltos toureiros, uma delas bem suja de sangue: é a do famoso Manolete que morreu em 28 de agosto de 1947... o dia da caça!

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Uma novidade:

Acabou de entrar em funcionamento o primeiro trem de alta velocidade unindo Madri a Barcelona, que parte da florida estação Atocha e em 2 horas e 35 minutos chega à estação Sants. Com velocidade superior a 300km por hora, os trens AVE têm 17 saídas por dia em cada direção entre seis da manhã e nove da noite.

Sete partindo de Barcelona e oito na direção inversa são diretos e suas passagens custam entre $120,00 e $216,00 euros dependendo da classe escolhida. Entretanto se você fizer sua reserva com bastante antecedência pode conseguir preços promocionais a partir de $40,00 euros. Os trens que param nas estações intermediárias demoram uma hora a mais que os diretos, e um que faz só uma parada em Zaragoza leva 2 horas e 45 minutos.

E as companhias aéreas locais já estão reclamando dos lugares sobrando nos vôos entre Madri e Barcelona...

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Muita diversão!

Você não pode deixar de assistir a um show de Flamenco. Os melhores lugares são a Casa Patas e o Café de Chinitas, com seus tablados, dançarinos e castanholas. As apresentações são sérias e vigorosas, tristes e alegres, retratando bem a origem cigana da dança. Os músicos com as guitarras que parecem chorar e ótimos cantores emocionam a platéia. Programa obrigatório!

Outro programa muito gostoso é sentar num dos muitos bares e cafés antiqüíssimos, tomar um Tio Pepe e ver a turma local se divertindo.
O mais conhecido é o Café Gijón, com colunas de ferro e as mesas pretas e brancas. Vive cheio.
Da mesma forma que a Chocolateria San Ginés, desde 1894 recebendo multidões para o café da manhã com chocolate e churros. Os doces são maravilhosos também...


Mas melhor ainda é ir aos pequenos restaurantes e se deliciar com os tapas, que são centenas de tipos diferentes de petiscos que vêm em pequenas porções para você beliscar, de frios a carnes, de peixes a bolinhos, de frutos do mar a verduras. Os mais gostosos, em minha opinião são os de camarões fritos, os de peixes e lulas grelhados, os de mexilhões e mariscos em salpicão, e os de queijo de ovelha curado, chamado de La Mancha. E você fica horas bebendo cerveja ou vinho e vai pedindo até se empanturrar!

Restaurantes que eu recomendo:

Santeloni – 57, Paseo de La Castellana – 210-8840.
Excelente, acabou de receber 2 estrelas do Michelin.

La Broche – 29/31 Calle de Miguel Angel – 399-3434
Também com 2 estrelas, comida francesa de primeira!

Nodo – 150 Calle Velazquez – 564-4044
Comida oriental “fusion”, badaladíssimo!

Le Dragon – Calle Gil de Santibañez – 435-6669
Comida chinesa moderna – ótima!

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Para se hospedar:

Relais & Chateaux Orfila – Uma mansão do século 16 muito bem localizada numa zona residencial próxima ao centro de Madri, oferecendo apenas 32 quartos e um serviço personalizado de primeiríssima classe. Diárias a partir de $241,00 euros.

Hotel Alcalá – A poucos passos da Gran Via uma excelente opção de hotel 4 estrelas com diárias a partir de $155,00 euros. Atendimendo perfeito, bem central e perto de tudo.

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E as compras?

Para não perder tempo, vá direto à uma das muitas filiais espalhadas por toda Madri do El Corte Inglês, excelente loja de departamentos que tem de tudo para todos os gostos e bolsos, de roupa a alimentação, de móveis a cosméticos.

Os shoppings-centers de Madri também são ótimos: o outlet Las Rozas Village, o Jardin Serrano e o ABC Serrano.
Os sapatos, bolsas e acessórios de couro são bem baratos na Espanha. Aproveite!
Se você quer comprar artesanato local, as melhores lojas estão em volta da Plaza Mayor, oferecendo cerâmica, rendas, tecidos, cestos, bordados e muito mais.