quinta-feira, 26 de novembro de 2009

COMBINANDO QUEIJOS E VINHOS

A idéia de combinar queijos e vinhos veio da Provence, na França, e foi logo adotada pelo mundo inteiro.
Não há nada mais gostoso que passar alguns momentos agradáveis degustando queijos diferentes acompanhados dos vinhos apropriados que realçam mais os sabores.

Esta combinação perfeita é também útil para quando estamos viajando e queremos fazer uma refeição leve e saborosa.

Na sua próxima ida à França ou à delicatessen mais perto da sua casa, leve a listinha abaixo e delicie-se com a sabedoria dos franceses. Só para informar, estou em Paris...

Brie
Servir puro, com pães, em saladas, em recheios e com carnes. Fica perfeito se acompanhado de vinho branco Chardonnay, para o Brie jovem, ou tinto Shiraz, para o Brie maduro, com mais de 30 dias.

Emmental
Servir puro, em fondues, sanduíches ou pratos para gratinar. Vai bem com vinhos tintos Pinot Noir e Cabernet Sauvignon.

Gorgonzola
Puro ou em sopas, pizzas e em molhos. Vai bem com vinho tinto encorpado do tipo Sangiovese.

Gruyére
Servir na tábua de queijos, em fondues, em quiches e pratos gratinados e em sanduíches frios, fatiado. Casa bem com vinho tinto Shiraz ou um Moscatel.

Parmesão
Servir puro, em saladas e carpaccio ou ralado sobre massas. Uma boa opção é ser acompanhado por vinho tinto do tipo Cabernet Sauvignon.

Camenbert
Servir puro, com pães, pêra ou maçã verde, em saladas, em recheios quentes. Com vinho tinto Shiraz, se o Camenbert for maduro (acima de 20 dias) ou um branco Chardonnay, se ele for jovem.

Provolone
Servir puro, assado ou à milanesa, combinando com vinhos tintos Pinot Noir e Sangiovese.

Roquefort
Servir com saladas e outros queijos, bebendo um vinho branco do tipo Semmilon Late Harvest, ou Moscatel.

Outras combinações:

Queijo de Cabra
- Perfeito com Sancerre ou outros vinhos de uvas Sauvignon Blanc.

Queijo Estepe - Brancos secos encorpados ou tintos jovens e frutados.

Queijo Frescal - Branco jovem e frutado.

Queijo Gouda - Brancos secos encorpados ou tintos jovens e frutados.

Queijo Minas - Branco seco leve.

Queijo Mussarela - Branco seco jovem leve e frutado.

Queijo Prato - Brancos secos encorpados ou tintos jovens e frutados.

Ricota - Branco seco jovem leve e frutado.

Stilton - Vinho do Porto, Sauternes, Recioto, Tokay, Aszú, colheita tardia brasileira ou chilena.

A temperatura certa

Nada faz mais diferença ao se beber um vinho do que a sua temperatura. É possível tanto favorecer quanto estragar servindo na temperatura errada, dando ao vinho fino um sabor desagradável quando isso acontece.


Os brancos, se gelados demais, não mostram toda a riqueza de aromas e qualidades e, se quentes, perdem totalmente o frescor.

Já os tintos, se muito frios ressaltam os taninos, e se quentes potencializam o álcool, tornando o vinho em qualquer uma das hipóteses, desagradável.

Segue uma sugestão das temperaturas mais adequadas a cada tipo de vinho:
Espumantes e brancos doces e leves: de 5º a 7° C.

Champanhes: de 6º a 8° C.

Vinhos Verdes: de 7º a 9º. Bebe-se durante o verão e são refrescantes. Servem-se bastante frios.

Brancos secos e Jerez fino: de 8º a 11º. Estes vinhos têm geralmente um perfume delicado que não se desenvolve se o vinho está frio demais.


Rosés mais leves entre 8º a 10º, e os mais evoluídos no máximo até uns 14º.

Brancos doces de 6º a 7º. Os vinhos doces, do tipo “Sauternes”, podem ser vinhos maravilhosos com um buquê acentuado e aromas de mel e acácia. Devem ser servidos muito frios para que a sua natureza licorosa não os transforme num xarope adocicado.

Brancos encorpados e Madeira ou Porto (Tawnies ou Ruby básico), de 14º a 16°.

Brancos leves (1 a 3 anos da safra) de 10º A 13º. Vinhos do tipo “Beaujolais” são frutados e tem muito frescor. Ficam melhor quando bebidos à temperatura da adega.

Tintos de média idade e Vinhos do Porto Ruby Reserva - de 16º a 18º. Podem ser consumidos logo ao retirar a garrafa da adega.

Tintos encorpados e Vinhos do Porto LBV e Vintage: de 17º a 20º. Há uma maior proximidade da nossa própria temperatura sendo o contato com a boca ainda mais harmonioso.

Bebendo o vinho na temperatura correta faz nossos sentidos ficarem mais aguçados às qualidades, aromas e sabores, tornando a degustação uma experiência inesquecível. Saúde!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

DIÁRIO DO GUIA # 7 : UM BICHEIRO EM BEVERLY HILLS!

Logo que eu cheguei de volta ao Brasil em janeiro de 68, depois de quase oito meses estudando na Escócia e passeando pela Europa, o que eu mais precisava era de um bom trabalho. E o melhor deles surgiu com meu tio Miguel, diretor da Lowndes Turismo, na época uma das mais chiques agências do Rio de Janeiro, que estava procurando alguém que falasse bem inglês, tivesse experiência em viagens, boas noções de geografia e cultura geral. Não deu outra, em meia hora eu me tornei um agente de viagens, pronto para o que desse e viesse!


E logo de cara atendi a um próspero senhor que queria programar uma viagem para seus pais e toda a família para Los Angeles, Disneylândia, Nova York, Paris e Roma! Eram 12 pessoas: dois avós, três netos adolescentes, dois cunhados com mais três filhos pequenos e uma babá com uma neta de dois anos. Uma verdadeira excursão!

Como ele só queria do bom e do melhor, já que dinheiro não era problema, os hotéis seriam cinco estrelas, três Mercedes-Benz com motoristas à disposição em todas as cidades, passagens de primeira classe e um guia durante a viagem toda, já que o tal avô era um bicheiro aposentado cheio da grana mas que nunca tinha viajado e ninguém da família falava inglês! E quem foi o guia?

Isso mesmo, o Luizinho aqui, que viajou de graça pela primeira vez na vida ganhando uma incrível diária de 40 dólares, uma verdadeira fortuna nos anos 60. Só para dar uma idéia, um sapato do Gucci custava 80 dólares - hoje custa mais de 400! Já viu que eu fiz a festa e voltei com as malas estourando!

Os hotéis foram os melhores: o Beverly Hilton de Los Angeles, o Disneyland Hotel de Anaheim, o Americana em Nova York (hoje Sheraton New York), em Paris o Plaza Athenée e o Excelsior em Roma! E lá fomos nós numa viagem muito engraçada.

Nossa primeira parada foi Los Angeles e a turma adorou o hotel, pois por mais dinheiro que tivessem, nunca tinham visto luxo igual. Ficaram encantados com os grandes e bem decorados quartos. O meu tinha uma enorme cama king-size com colchão d’água, uma grande novidade da época! “You’re gonna swim all night”, brincou o rapaz da recepção.

Mas foi só descer para tomar o café da manhã e a confusão começou: o restaurante era muito requintado, mil garçons à nossa volta, mas êles não gostavam de nada do cardápio e queriam que eu pedisse média com pão na chapa!

Naqueles tempos o único café que os americanos conheciam era o aguado “chafé”, servido na caneca alta com alça e sem pires. Pão só de forma ou croissants doces, e queijo só o francês camembert ou o ardido cheddar! A turma detestou tudo! Um dos garotos pediu “french toast” pensando que era torrada, mas ficou com cara de bobo quando trouxeram rabanadas bem encharcadas! Consegui convencê-los a provar ovos mexidos com presunto, que eles gostaram, mas disseram que era melhor no almoço! Mas pelo menos comeram...

Na hora de sair para visitar Hollywood, o velho bicheiro sempre agarrado a uma surrada sacola da Panam, disse que queria ir a um banco trocar uns traveller-checks por dinheiro vivo. Eu argumentei que seria mais seguro ir trocando aos poucos, mas ele retrucou: “O problema, Luiz, é que eu só sei assinar devagarzinho, e se tiver que assinar cheques nas lojas ou restaurantes eu demoro tanto que fico envergonhado”.

Morri de pena daquele senhor que poderia ser meu avô, cheio do dinheiro e sem saber escrever. Fomos a um banco de Beverly Hills, só eu e ele, conversei com o gerente que achou um absurdo trocar todos os cheques de uma só vez, e lá ficamos mais de três horas numa salinha reservada com o velho desenhando o nome em mais de 30 mil dólares em cheques!

Voltamos ao hotel com a sacola estourando de tantas verdinhas, enfiamos tudo no cofre e fomos passear pela Terra do Cinema.

Daí até o final da viagem na Europa a rotina era a mesma: toda manhã eu e ele íamos até o cofre - que antigamente era na recepção dos hotéis, e não nos quartos, como hoje - pegávamos um bolo de notas que eu punha na bolsinha de dinheiro por dentro da minha calça, e lá ia eu pagando tudo para a turma toda nos restaurantes, parques e lojas! Eu é que parecia o milionário sustentando a turma toda...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

E O VENTO LEVOU!

Você acredita que já houve um tempo em que os homens vestiam paletó e gravata para fazer um voo internacional e as mulheres, depois do jantar, trocavam seus elegantes "tailleurs" por camisolas e "negligées" mais confortáveis? Pois é verdade!
Na classe economica, bem menos apertada do que hoje em dia, as refeições e os drinques eram mais fartos e variados, e na primeira classe - a executiva ainda não tinha sido inventada - o luxo era total!
Veja a prova nessas incríveis fotografias enviadas por nossa fiel leitora Xantipa Maria.


Bons tempos aqueles...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

UM AVIÃO PARA MIL PASSAGEIROS?

Será verdade?

Circula na Internet a notícia de que a Boeing está construindo um jato para 1000 passageiros que poderá ser o novo modelo de avião que as companhias aéreas comerciais usarão nos próximos 100 anos, sendo que o projeto da asa foi desenvolvido em parceria cm a NASA.
O enorme avião teria uma extensão de asa de 81 metros, bem maior que os 65 metros do 747, e está sendo projetado para estacionar nos terminais recentemente criados para receber os já imensos A380, que tem 555 assentos e medem 79 metros.

O novo Boeing 797 seria uma resposta direta à Airbus, que já tem mais de 159 encomendas. A Boeing desistiu do seu super projeto do 747 em 2003, depois do pouco interesse mostrado pelas companhias aéreas, mas continuou a desenvolver o projeto final do 797 por vários anos em seu centro de pesquisas de Long Beach, na Califórnia.

No projeto do A380 a Airbus gastou 13 bilhões de dólares, o que dá a Boeing uma enorme vantagem por continuar utilizando o tradicional modelo tubular de avião que os técnicos já conhecem muito bem.

A maior vantagem do projeto da asa é a espantosa redução de quase 50% do esforço na decolagem, com a diminuição do peso total em 25%, bem mais eficiente do que o A380.

A grande rigidez do corpo é outro fator chave junto ao projeto da asa, pois reduz a turbulência e diminui o atrito à fuselagem, aumentando muito a eficiência de vôo. Os 797 terão autonomia para voar cerca de 16.300 Km levando os 1000 passageiros que viajarão confortavelmente a 0.88 "mach" (velocidade do som) ou 1.046 Km por hora.

Mas enquanto isso tudo não for revelado oficialmente pela Boeing, a turma do Photoshop manda brasa em outros possíveis projetos para a aviação do futuro:

Para as crianças que vão para Orlando:
Para os sheikes e seus haréns:
O peixe/prédio:
A asa voadora:
E o baby plane:

domingo, 1 de novembro de 2009

O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO...

Passeando pelas praias de Ipanema e Leblon hoje de manhã é que eu me dei conta de como o Rio de Janeiro continua lindo!