sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

BERLIM: MINHA MAIS NOVA CIDADE FAVORITA!

Nunca pensei que fosse gostar tanto de Berlim, uma cidade incrível que já é uma das minhas favoritas, junto a todas essas dos slides aí do lado direito do blog. Ela é bonita, cortada por grandes avenidas arborizadas cheias de prédios históricos muito bem conservados ao lado de construções incrivelmente modernas com muito aço e vidro. As praças e parques são igualmente belos, com monumentos, grandes esculturas, igrejas e edifícios de vários estilos arquitetônicos em perfeita harmonia.

E os museus? Uma ilha no centro da cidade abriga nada menos que sete deles, cada um melhor que o outro. Berlim é conhecida como a capital do Design, a cidade do Muro, a metrópole que nunca dorme: tudo isso é verdade e muito mais. E não posso deixar de mencionar que os restaurantes e bares são ótimos, do mesmo nível dos de Paris, Nova York ou Barcelona.

Os habitantes são simpáticos e estão sempre prontos para ajudar os turistas de primeira viagem que não falam alemão, como eu: todos os berlinenses que encontrei falam bem inglês, do jornaleiro ao garçom, do motorista de táxi aos vendedores das lojas. Por falar nisso, o comércio é excelente, desde as pequenas butiques às grandes lojas de departamentos. Você encontra de tudo com preços bem mais baixos do que em outras cidades européias.

Como minha viagem foi no final do ano passado, época de festas, todas as praças tinham barraquinhas vendendo enfeites de Natal, objetos de madeira, artesanato, lembranças, roupas e uma variedade enorme de doces, bolos e biscoitos, sem falar nas linguiças e salsichas de todas as cores e tamanhos.

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O Muro e o Nazismo

Vinte anos depois de derrubado o Muro de Berlim ainda desperta curiosidade em muita gente, mas não em mim. Fatos históricos ligados à guerra, nazismo, holocausto e campos de concentração já foram tão exaustivamente expostos, publicados, filmados, vistos, reproduzidos e lidos que eu não posso nem mais ouvir falar.

Mas se você tiver interesse, visite o Checkpoint Charlie, que era a passagem dos Aliados na fronteira entre as duas metades de Berlim, onde funciona um pequeno museu. Veja ainda o Memorial do Holocausto, construído próximo ao Portão de Brandemburgo, que é um monumento aos judeus mortos pelo nazismo e que impressiona pela sóbria simplicidade, com blocos imensos de pedra de vários formatos, todos cinza. E o Museu Judaico, aberto em 2001, que é uma verdadeira obra de arte arquitetônica, contando a história dos judeus na Alemanha.


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Passeando pela cidade:

Berlim tem vários bairros, cada um com diferentes características. Se você tiver pouco tempo, não deixe de visitar Mitte, que significa "meio". Foi lá que Berlim surgiu no século 12 como um pequeno entreposto de mercadorias às margens do rio Spree e se tornou um grande centro político, comercial e cultural.

De 1945 em diante a importância do bairro diminuiu, já que com a derrota de Hitler a cidade foi dividida em quatro setores, cada um administrado por um dos Aliados: Estados Unidos, Inglaterra, França e Rússia. Quando os soviéticos construíram o muro "antifascista" em 1961, Berlim se desenvolveu como duas cidades distintas e Mitte só voltou a ter sua antiga posição vinte anos depois.

O Reichstag é a sede do Parlamento e um dos maiores símbolos da história da Alemanha. Um grande prédio de arquitetura clássica que teve seu antigo domo de alvenaria de 1894 substituído em 1999 por uma cúpula de aço e vidro espetacularmente desenhada pelo arquiteto Norman Foster, transformando o imponente edifício no ponto turístico mais visitado da cidade.

Dentro parece que você está numa estação espacial e lá do alto a vista é linda. Vale a pena enfrentar a sempre longa fila para entrar. Uma boa dica é tomar café da manhã ou almoçar no restaurante Käfer, lá em cima, mas tem que reservar com antecedência.

O Portão de Brandemburgo

O mais conhecido dos símbolos de Berlim destaca-se na Praça Pariser entre prédios de arquitetura moderníssima das embaixadas construídas dos dois lados. Erguido em 1789 e reformado em 2002, o grande portal tem nítida influência grega, sendo coroado pela escultura de bronze de seis metros de altura da Quadriga, feita em 1794 para simbolizar a paz. É lá nesta praça que acontecem todas as cerimônias governamentais, desfiles militares e muitos movimentos de protesto.

Falando nisso, logo ao chegar já presenciamos uma grande confusão nesta praça onde fica o nosso hotel, o Adlon, bem em frente ao portão. Acontecia um grande protesto com brigas entre estudantes e policiais e nem pudemos saltar do táxi perto do hotel, todo cercado por grades. Descemos em outra esquina, os porteiros vieram nos ajudar com as malas e tivemos que andar com cuidado porque vários grupos de policias armados corriam à nossa frente. E na praça a gritaria com megafones era ensurdecedora! Um bom começo em Berlim! Mas o pessoal do hotel nos tranquilizou dizendo que protestos aconteciam quase todos os dias, sem nenhuma consequência mais séria! E meia hora depois tudo acabou, para sossego de todos.

Unter den Linden:

Uma longa e bonita avenida que começa no Portão e vai até a Ilha dos Museus. Cheia de prédios históricos, bares, restaurantes e lojas, está sempre lotada de gente. Andando por ela você vê o Museu Histórico Alemão, o maior do país, a Universidade Humboldt, a mais antiga e mais bem conceituada da Alemanha fundada em 1890, a Ópera Estadual, a embaixada Russa e o palácio Kronprinzen, residência dos herdeiros do trono Hohenzollern.

Mais à frente fica a estátua de Frederico II, a Bebelplatz, a elegante praça onde aconteceu a famosa queima dos livros em 1933, e a Catedral de Santa Edwiges, que é a sede da Arquidiocese Católica de Berlim. É lá que está também a filial alemã do museu Guggenheim, mostrando sempre boas exposições temporárias.

Ela é cortada pela Friedrichstrasse, apelidada de "5ª Avenida alemã" por ter ótimas lojas e muitos restaurantes badalados.

A Ilha dos Museus:

Pertencendo ao patrimônio da humanidade da Unesco desde 1999, esta ilha no centro da cidade entre os rios Spree e Kupfergraben há mais de cem anos possui cinco prédios históricos que abrigam vários importantes museus.

O Museu Altes, desenhado por Schinkel, foi o primeiro museu a ser aberto ao público em 1830 pelo Rei Frederico Guilherme III. Lá estão o Museu Egípcio e a coleção de Papiros, incluindo o famosíssimo busto da Rainha Nefretiti, além da coleção de antiguidades clássicas com obras de arte da Grécia, sarcófagos, múmias, esculturas e grandes murais.

No incrível Museu Pergamon, aberto em 1930, estão expostos exemplos famosos de arquitetura antiga, como o colossal Altar Pergamon, que data do ano 160 AC, escavado no século 19 na então cidade grega de Pergamon, hoje Bergama na Turquia. Outro impressionante exemplo é o interior de um palácio assírio do século 12, totalmente restaurado. O Portal de Ishtar e seus muros coloridos de cerâmica são lindos, da mesma forma que o Templo de Athena, do segundo século, e o magnífico mosaico romano do século 3, escavado na Jordânia.

No mesmo prédio estão ainda o Museu de Arte Islâmica e o Museu do Oriente Médio. Se você só puder visitar um museu em Berlin, tem que ser este.

A Antiga Galeria Nacional exibe pinturas e esculturas do século 19, e o Museu Bode abriga a Coleção de Esculturas, o Museu de Arte Bizantina e a Coleção de Numismática.

O Museu Antigo contém obras gregas e romanas, incluindo esculturas, vasos, inscrições, mosaicos, bronzes e joalheria, além de objetos de arte etrusca.
Durante a Segunda Grande Guerra mais de 70% dos prédios da ilha foi destruído, e um grande programa de reconstrução e modernização está em vigor para recuperar o esplendor dos museus. As coleções de cada um deles que foram divididas, estão agora, aos poucos, voltando a seus museus de origem.

Na ilha fica também o Domo, que é a Catedral de Berlim, em estilo barroco construída em 1747 pelos governantes da dinastia Hohenzollern. Os vitrais, mosaicos e estátuas são fantásticos. Na cripta ficam os vários sarcófagos de membros da família imperial, inclusive o maior de todos, do príncipe Frederico Ludwig. Esta é outra visita obrigatória.


Potsdamer Platz

A praça e vários quarteirões à sua volta foram reconstruídos a partir de 1992, após a queda do muro, e hoje há vários edifícios residenciais, shopping-centers, um centro cultural, muitos prédios de escritórios, o Teatro Musical e a sede da DaimlerCrysler.

O primeiro edifício que ficou pronto foi a torre Debis, do arquiteto Renzo Piano. Outra construção que chama bastante a atenção é o Sony Center em aço e vidro, com uma imensa praça central cheia de lojas e restaurantes, além do Cinestar com 8 cinemas, o Museu do Filme e o cinema IMAX.
Ao seu lado o edifício de tijolos Kohlhof tem um observatório a 93 metros de altura. Não deixe de visitar a Arkaden, uma galeria com 140 lojas e restaurantes de todos os tipos e preços.

Kurfürstendamm

Chamada de Ku'damm pelos habitantes de Berlim, é outra área que também foi recuperada e hoje tem butiques de grife e muitos prédios de arquitetura moderna. É lá que fica a KaDeWe, a maior loja da Europa, o Jardim Zoológico e a igreja Kaiser-Wilhem-Gedächtniskirche com sua parte antiga reconstruída e a nova torre moderna ao lado.

As lojas mais chiques ficam na Fasanenstrasse, ao lado de galerias de arte, lojas de design e ótimos bares e cafés.

Alexanderplatz

Também apelidada de Alex pelos berlinenses, fica numa das áreas mais antigas. Foi lá que no século 13 as cidades gêmeas Cöllin e Berlim se uniram e viraram uma só. Lá está a igreja mais antiga de Berlim, a Nikolaikirche, à sombra da moderna torre da TV. Destruída durante a guerra, a praça está aos poucos voltando a ter o seu antigo movimento, rodeada de lojas, cafés e bares, mas não há nenhum prédio original do seu histórico passado, tão bem descrito no livro "Berlin Alexanderpltatz" de Alfred Doblin.

Tiergarten
Um extenso bosque cheio de monumentos usado como área de caça da realeza foi transformado em parque no final do século 19. Cortado por uma grande avenida com estátuas e obeliscos, o lugar é sempre visitado, principalmente no verão.

Schlosspark Charlottenburg
Este é um dos palácios mais bonitos da Alemanha, construído em 1695 para ser a casa de veraneio da esposa de Frederico III, Sofia Carlota. Todo restaurado, com o interior em estilo barroco e um lindo jardim, o palácio pode ser visitado diàriamente.

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Restaurantes que fui e recomendo:

Gendarmerie
Amplo, claro e bem decorado, com um grande painel colorido em sua parede principal, com comida internacional de primeira qualidade. Fica em Gendarmenmarkt, uma das mais bonitas praças da cidade.

Aigner
Na mesma praça está também este ótimo restaurante de comida austríaca, num ambiente moderno e chique em tons de preto e bege. Muitas opções de patos e peixes, mas eu comi o “wiener schnitzel”, o típico bife a milanesa acompanhado por uma bem temperada salada de batata, muito gostoso.

Dressler

Antiga brasserie e bar Art Deco servindo comida francesa e alemã, boa e barata. Mesinhas nas calçadas se o tempo permitir. Comi fígado com cebolas carameladas, muito bom. Sobremesas ótimas.

Guy
Escondido no fundo de uma pequena arcada com ótimas lojas e galerias de arte, em Mitte, este simpático bistrô de três níveis serve almoço executivo com entrada, prato principal e sobremesa por apenas 25 euros, bebidas à parte. No verão colocam mesinhas no pátio interno, sob grandes ombrelones.

Bocca di Bacco
O melhor e mais bonito Ristorante-Bar-Enoteca da cidade, conhecido como a “embaixada do bom gosto”. Comida italiana de primeira linha, vinhos excelentes, decoração clara e elegante, serviço impecável e preços incrivelmente baixos. Por isso vive cheio no almoço e no jantar, e se você não reservar não vai conseguir entrar.

VAU
Um dos melhores restaurantes gourmets da cidade, já recomendado aqui no blog. Vale à pena pagar o preço fixo de 100 euros por pessoa e conhecer a maestria gastronômica que garantiu ao chefe Kolja Kleeberg uma estrela do Michelin. Amplo e bonito, todo em madeira clara com muitas obras de arte, a variedade de pratos impressiona pela criatividade. Como sempre, garçons gentis e serviço perfeito. Fica quase ao lado do Guy.

Margaux

Se você estiver disposto a pagar 140 euros por um longo jantar composto de cinco pequenos pratos principais entremeados por outros tantos “amuse bouches” e terminando com várias sobremesas, docinhos e trufas, vá ao Margaux e delicie-se com a gastronomia estrelada do chefe Michael Hoffmann. Fica ao lado do Portão de Brandemburgo, tem decoração sóbria e elegante e mâitres e garçons educadíssimos prontos para sugerir um bom vinho e dar todas as explicações sobre cada prato que chega à mesa. Uma experiência cara mas inesquecível.

Os bares:

Spindler & Klatt
Um clube-restaurante instalado num antigo armazém na beira do rio, com uma grande área aberta. Tem lounge, pista de dança, bar e restaurante, perfeito para passar algumas horas bem agradáveis. A comida é ótima: peça a salada com camarões gigantes.

40 Seconds
Um dos mais simpáticos bares com vista panorâmica da cidade cujo nome vem dos 40 segundos que o elevador leva para subir até lá. Os terraços abertos oferecem uma visão de 360º da Postdamer Platz e arredores. Três salões, bar e um restaurante atraem uma turma jovem e animada, principalmente nos fins de semana.

Newton Bar
As fotos de mulheres nuas em tamanho natural do famoso fotógrafo berlinense recentemente falecido Helmut Newton cobrem as paredes deste bar tipicamente masculino, com poltronas de couro vermelho em estilo Art Deco. Chique e badalado, tem no segundo andar uma sala para fumantes de charutos.

Solar
No 15º andar de um prédio ao lado das ruínas da estação de trens Anhalter Bahnof destruída na Segunda Guerra Mundial, fica esse bar com vistas espetaculares de Berlim. Sobe-se por um elevador de vidro até o restaurante, e depois por uma escada em espiral chega-se ao bar. Ótimos drinques, decoração preta e branca, menu variadíssimo.

E as compras?

O comércio em Berlim é muito bom, pricipalmente na Friedrischstrasse e na Unter den Linden, avenidas que cortam a cidade de ponta a ponta.

The Corner Berlin
Na esquina da praça Gendarmenmarket, em Mitte, fica essa ampla loja multi-marcas bem moderna e muito descolada. Vende roupa, cosméticos, livros, revistas e até móveis. Preços bons e muita novidade. Se der fome almoce lá mesmo no Eat at the Corner, bom e barato.

Não deixe de visitar a Galeries Lafayette nem que seja para apreciar a arquitetura moderníssima da mega-loja, que tem em seu interior um cone de vidro invertido, dando a impressão de uma nave espacial! O departamento de alimentação, no subsolo, é sensacional.

Ao seu lado, o Quartier 206, muito elegante com piso de mármore preto e branco, tem dois andares cheios de lojas chiques como Gucci e Vuitton. No subsolo há um badalado restaurante japonês e por uma passagem interna chega-se a uma outra enorme loja de departamentos.

Mas você precisa conhecer a maior loja de departamentos de toda a Europa, a KaDeWe, em Kurfürstendamm. Construída em 1907 mas sempre nova, ela é imensa e acolhedora ao mesmo tempo, com tudo muito bem organizado. Lá você encontra tudo o que precisa e imagina, de roupas a brinquedos, de objetos de decoração a utensílios de cozinha, de móveis a lustres, isso sem falar nas butiques de grife como Tod's, Chanel, Vuitton, Prada, Ferragamo e muitas outras. Não deixe de visitar o grande supermercado e os vários cafés, bares e restaurantes localizados nos dois último andares. A vista lá de cima é linda.

Um amigo meu que estudou em Berlin na época do muro conta que todos os sábados de manhã chegavam ao Portão de Brandemburgo vários carros pretos fortemente escoltados, vindos do lado oriental. Depois dos trâmites oficiais da fronteira os carros iam direto para a KaDeWe, que abria suas portas exclusivamente para as senhoras dos militares graduados. Elas faziam a festa lá dentro, já que do lado oriental não havia nada para comprar a não ser artigos de primeira necessidade. Depois de uma hora as ricas mulheres com suas sacolas cheias de roupas sofisticadas, comidas e bebidas importadas entravam nos carros e partiam de volta para casa, com certeza para festejar e esperar pelo próximo fim de semana...

Onde se hospedar?

O melhor hotel da cidade é o Adlon Kempinski, bem na Praça Pariser em frente ao Portão de Brandemburgo. Todo novo, quartos enormes, serviço de primeira, concierges sempre prontos a fazer reservas nos restaurantes badalados ou atender a qualquer solicitação. Faz parte da The Leading Hotels of the World e tem diárias começando em $ 220 euros, bem razoáveis para um cinco estrelas deste calibre. Localização privilegiada.

Outra boa opção é o Grand Hyatt, na Postdammer Platz, com bons quartos elegantemente decorados. Lá funciona o Club Olympus Fitness Centre & Spa, com uma piscina oferecendo lindas vistas da cidade. Diárias a partir de $200 euros.

O Hotel Q! é dos mais descolados da cidade e segue o estilo "art-hotel" ou hotel-butique, com arquitetura bem moderna sem cantos vivos, só curvos. A decoração da recepção e dos quartos usa muita madeira e ardósia, e os móveis são quase todos vermelhos. Diárias a partir de $ 105 euros.

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Eu já estou pensando numa outra visita a Berlim, já que os quatro dias que eu passei lá não foram suficientes para ver tudo o que eu queria.

Por exemplo, não tive tempo de visitar o Kulturforum, um grande complexo englobando museus (Neue Nationalgalerie, Gemäldegalerie, Musikinstrumentenmuseum, Kunstgewerbemuseum), salas de concerto (Kammermusiksaal e Philharmonie) e bibliotecas (Staatsbibliothek e Kunstbibliothek).

O Bauhaus-Archiv, que abriga desenhos e projetos do grupo Bauhaus, fundado em 1919 por Walter Gropius e que influenciou toda a arquitetura do século 19, e a Bauhaus Dessau Foundation, fora de Berlim, em Dessau.

Também não consegui subir na Berliner Fernsehtum, a torre de TV com 365 metros de altura - o edifício mais alto de Berlim - com um restaurante rotativo lá em cima, o Tele-Café, que tem a melhor vista panorâmica da cidade.

Mas isso tudo vai ficar para a próxima vez, com certeza...

domingo, 24 de janeiro de 2010

NOVA YORK ORIENTAL...

Um dos melhores e mais bonitos restaurantes japoneses de Nova York é o Sushi Yasuda, comandado pelo chef Naomichi Yasuda que há anos ganha premios e estrelas do severo guia Zagat, além de fotos e reportagens em revistas de arquitetura e design que adoram o bom gosto da decoração minimalista toda feita em placas de bambu.

E ninguém melhor que o próprio Yasuda para nos dar umas dicas sobre comida japonesa, em especial sushi, sashimi e alguns temperos orientais, na forma como ela é servida em seu restaurante.

Segundo ele não há regras rígidas para comer sushi, mas há alguns detalhes que podem melhorar muito a sua experiência gustativa, transformando uma refeição em seu balcão de bambu na verdadeira iniciação aos segredos da gastronomia japonesa.

Molho de soja, wasabi e gari só devem ser usados com moderação. Mais do que algumas gotas de shoyu, por exemplo, já altera o delicado equilíbrio dos sabores. Também deve ser evitada a mistura do wasabi, um tipo de rábano silvestre plantado nas colinas do Japão, no molho de soja, para permitir que o gosto diferente do peixe, arroz e temperos "se encontrem, em vez de se misturar".

Se você quiser, mastigue um pouquinho de gari, o gengibre picante e adocicado, para limpar seu paladar antes de comer o próximo pedaço de peixe. Use muito pouco gengibre e não o coloque direto no sushi nem no sashimi, pois certamente vai enfraquecer os outros sabores.

Tradicionalmente, uma refeição japonesa consiste basicamente de sushi (peixe com arroz), mas você pode muito bem começá-la com sashimi (peixe sem arroz), perfeito para despertar o paladar para os puros sabores do peixe.

Comece a refeição limpando as mãos com o úmido e morno oshiburi, a toalhinha de mão. Ponha um pouco de shoyu no seu murachoko, aquele pratinho para o molho de soja. Se você quiser, pegue um pouco de wasabi com as pontas dos palitinhos e então pegue uma única fatia de peixe. Mergulhe só a borda do sashimi no shoyu e coloque tudo na boca para comer.

Acompanhe o sashimi com um pouco de alga marinha ou tsuma, que são aquelas fatias fininhas de rabanete branco.

Quando você estiver pronto para provar um sabor mais clássico e completo, passe para o sushi, com uma nova cumbuquinha de shoyu. Para quem preferir comer com as mãos, o que é perfeitamente aceitável, será trazida uma yubifuki, toalhinha de algodão bem fino para limpar os dedos entre cada bocado.
Pegue com seu dedo indicador e o polegar cada peça de sushi, ou com os pauzinhos, e a coloque inteira na boca. Dessa forma os sabores, texturas e aromas são percebidos em sua totalidade.

Lá no restaurante alguns sushis já vem com uma camada finíssima de molho especial de soja, criada pelo chef Yasuda, borrifada por cima. Nesse caso não há a necessidade de molhar o sushi no shoyu.
Como o wasabi é misturado ao arroz, também não há necessidade de colocar mais, só se você gostar muito é que deve colocar um pouquinho sobre o peixe com os pauzinhos.

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Passe alguns momentos de paz e tranqüilidade em plena loucura da Midtown Manhattan visitando a Radiance Tea House & Books, na rua 55, que é o lugar perfeito para descansar do corre-corre nova-iorquino, tomando um dos muitos e saborosos chás orientais à sua disposição.

O lugar é uma verdadeira viagem espiritual através da cultura e tradição asiáticas num ambiente calmo e agradável que ainda oferece livros, lembranças, chás e louças do Oriente para comprar. Segundo Lillian Song, a gerente chinesa, há milhares de possibilidades para se fazer um chá, mas a mais importante de todas é a parte cultural que existe por trás da infusão. Aberta há pouco mais de um ano, a simpática e aconchegante loja já virou ponto obrigatório para quem gosta de um pouco de paz enquanto saboreia seu chá.

Com mais de 50 tipos diferentes de chá puros ou de misturas feitas na hora, casa agora oferece também refeições leves, sendo que alguns pratos são elaborados com folhas de chá para complementar a bebida.

Um dos chás mais pedidos é o de gengibre com leite, perfeito para revigorar o corpo e a mente. Você entra cansado, toma o chá e sai novo em folha!

Pode-se fazer uma provação de chás variados e participar de uma Cerimônia do Chá, a antiga e elaborada tradição da cultura chinesa. Basta reservar com 24 horas de antecedência para assistir a esta cerimônia que não é apenas uma demonstração de elegância, arte e cultura, mas que também produz um dos melhores chás.

Usando bules e xícaras de barro ou cerâmica, colheres e talheres de bambu, a cerimônia demora uma hora, quando são degustados três tipos de chás de ervas escolhidos por você mesmo no extenso menu da loja.

O chá mais pedido agora é o do tipo flor, uma bolinha fechada que uma vez dentro da água fervente começa a abrir, transformando-se numa flor colorida que vai desabrochando aos poucos e torna-se uma verdadeira escultura dentro da xícara. Há vários sabores para se escolher, mas os melhores são Eastern Beauty, Fairy Lily Basket e Osmanthus Blossom, os três deliciosos, perfumados e energéticos.

domingo, 17 de janeiro de 2010

COMO FAZER BEM A SUA MALA

A coisa mais complicada de uma viagem é fazer caber na mala tudo o que você quer levar e de forma que as roupas não fiquem amassadas demais.

Aprenda com as dicas da Travel Smith's, uma loja virtual especializada em bagagens e acessórios para viagens, e depois assista ao filminho para aprender os truques.



1. A primeira coisa a fazer é abrir a mala e esticar para fora as correias de amarração.

2. Comece colocando as coisas mais pesadas no fundo, como sapatos, artigos de toilete, relógio de cabeceira, secador de cabelo, livros, etc. Enfie meias, lenços e outras coisas pequenas dentro dos sapatos.

3. Use sacos plásticos para embalar camisas e blusas (as que amassam mais!) e use esses sacos como divisórias na mala.

4. Em seguida coloque as roupas maiores (calças, vestidos) ao comprido, deixando para fora o que ultrapassar a extensão da mala, alternando as direções.

5. Paletós devem ser colocados com a parte da frente para baixo, tendo o cuidado de dobrar as mangas para trás sem amassar os enchimentos dos ombros. Deixe o que sobrar do paletó também para fora da mala.

6. Coloque em seguida as roupas de malha (camisetas, polos, pijamas e outros ítens que podem amassar muito) enrolados em cima das roupas, no meio da mala. Roupa de baixo e outras coisas leves podem ir em cima das malhas, dentro de sacos de pano.

7. Enfie nos espaços vazios coisas pequenas, como cintos e gravatas enroladas, ou saquinhos com acessórios. Só então dobre as pernas das calças que estavam para fora da mala sobre as roupas.

8. Continue dobrando por cima as partes das outras roupas que estavam do lado de fora da mala, terminando com a parte do blazer ou paletó por cima de tudo.

9. Finalmente use as correias da mala para segurar tudo, não apertando demais, e alisando as roupas para não ficarem franzidas embaixo dessas correias.

10. Se apesar de todo o seu esforço a roupa chegar amassada, não se desepere: o antigo truque de deixar as torneiras de água quente abertas para encher o banheiro de vapor e as roupas penduradas em cabides ainda funciona! As rugas vão desaparecer!

Agora veja o filme:


Pronto para fazer a sua mala?

sábado, 9 de janeiro de 2010

DO FUNDO DO BAÚ

Orlando, janeiro de 1990:

No Epcot Center, em Orlando, na minha última viagem como guia dos grupos da Tia Eliane, ao lado de uma passageira muito especial: minha mulher Denise!

E como sempre acontecia com os grupos de Belo Horizonte, a entrega das chaves era feita num salão especial onde de repente surgia o Mickey, para delírio da garotada! E lá estamos nós abraçados com o ratão e a Tia Eliane. Se você quiser saber como eram essas viagens, é só clicar aqui.

Foi nessa viagem que assistimos a um inesquecível show do Frank Sinatra, mais ainda por conta de um incidente que nos deixou de cabelo em pé. Descubra o que aconteceu clicando aqui.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

CHEGOU MAIS UMA VIAJANTE!

Nasceu ontem na Casa de Saude São José mais uma viajante muito importante: é a minha neta Antonia, medindo 52 cm e pesando incríveis 4,425 quilos!

Ela chegou para fazer par com o meu primeiro neto João, que já tem um ano e nove meses, filhos do meu filho Pedro e da minha nora Bia. E novamente o médico foi o primo Carlos Dale.

Bem-vinda, Antonia, que o seu futuro seja pleno de muitas viagens e descobertas