Que cidade bonita, simpática e moderna é Amsterdã, com seus canais navegáveis, seus pequenos prédios antigos e coloridos colados uns nos outros, seus fantásticos museus, sua população jovem andando de bicicleta sem parar, seus ótimos restaurantes e as lindas praças floridas... Você sabia que a capital da Holanda tem 165 canais, 1287 pontes, 8 pontes de madeira, 70 barcos de transporte e 2500 casas-barco?
Da última vez que estive lá fiquei no Pulitzer, da cadeia Starwood, que comprou 25 casas de frente para os canais Keizersgracht e Prinsengracht e as transformou num hotel 5 estrelas de 230 quartos de forma surpreendente: não há dois quartos iguais – pois cada um fazia parte de uma casa diferente – mas todos são decorados com o maior bom gosto e conforto, com janelas dando para os canais ou para o grande jardim interno que separava os fundos das casas. Os corredores são verdadeiros labirintos, é verdade, mas logo logo você não se perde mais! Serviço perfeito, funcionários atenciosos, e um dos melhores e mais variados cafés-da-manhã que eu já comi na Europa!
Outra vantagem do hotel é estar bem próximo da praça central Dam Square, ao lado da Casa de Anne Frank – um dos museus mais visitados da cidade – e praticamente em frente a uma parada dos barcos que circulam pelos canais levando o povo para todos os pontos principais através de 3 rotas com 14 paradas. Compra-se por 18 euros um ticket que vale até o meio-dia do dia seguinte, embarca-se no barco desejado e depois de alguns minutos de uma viagem tranqüila salta-se no ponto desejado, como um ônibus circular.
Apesar de a turma jovem preferir as bicicletas, a navegação pelos canais é bem agradável e você aproveita para apreciar a arquitetura única da cidade. Pode-se ainda fazer um “city-tour” de barco com um guia falando diversas línguas, ou até jantar à luz de velas – bem romântico – passeando pelos canais iluminados à noite. Esse passeio chama-se “Luxury Cruise” e o píer é bem na frente do Pulitzer.
Uma das paradas obrigatórias dos barcos é na Museumplein, onde estão três dos muitos e importantes museus da cidade: o Rijksmuseum, o maior da Holanda, que apesar de estar sendo reformado há anos reuniu numa ala especial todas as suas principais obras de arte, entre elas quadros de Franz Hals, Vermeer, e Rembrandt.
Do outro lado fica o imperdível Van Gogh Museum que abriga a maior coleção de quadros do artista holandês e outras obras comparativas do século 19 num prédio espetacularmente moderno. E bem próximo está o Stedelijk Museum, com verdadeiros tesouros de arte moderna internacional em seu extenso acervo.
Espalhados por toda a cidade existem ainda 33 museus, mas três deles atraem especialmente o público e você não pode deixar de visitá-los. O primeiro é a casa onde Rembrandt viveu de 1639 a 1659, perfeita em sua arquitetura e com desenhos e quadros originais que nos evocam àquela época.
O outro é um barco-museu, o Houseboat-Museum, acima, que mostra como vivem milhares de pessoas que não podem pagar os altos aluguéis e preferem viver nos canais nessas casas flutuantes. E o terceiro é o incrível Sex Museum, indiscretamente instalado em plena praça da estação principal, não estivéssemos nós na cidade mais liberal da Europa!
Por falar nisso, o Bairro da Luz Vermelha de fama escandalosa desde o início do século 18 com as prostitutas se exibindo nas vitrines e as porno-shops oferecendo tudo o que se puder imaginar em matéria de "sex-toys" está bem mais discreto e menos visitado pelos turistas, já que o “boom” imobiliário o está empurrando para mais longe do centro. As casas outrora ocupadas pelas moças de vida fácil estão sendo reformadas e vendidas a peso de ouro!
Em compensação os bares onde a venda de maconha e outras drogas químicas são permitidas pipocam por todos os lados, agora também no Jordan, bairro pobre e antigo do século 17 que está tendo seus prédios reformados e habitados por jovens artistas e estudantes, transformando-se numa versão holandesa e romântica do Village ou SOHO nova-iorquinos, cheio de lojas, bares, cafés e livrarias charmosas.
Uma boa dica é passear por lá nas manhãs de sábado, quando acontecem várias feiras ao ar livre trazendo uma multidão às ruelas cheias de árvores e flores. Pode-se comprar peças de artesanato bem originais, gravuras, cerâmicas e até roupas, entre outras coisas como as da foto aqui à direita... Aproveite e visite a Westerkerk, igreja onde, dizem, está o túmulo de Rembrandt - se bem que ninguém lá sabe ao certo onde é que êle está localizado...
Outro local muito gostoso para passear e fazer compras é Leidseplein a praça mais animada da cidade 24 horas por dia, cheia de lojas, cafés, restaurantes, cinemas, boates, camelôs e muita gente jovem circulando até altas horas. A melhor e maior loja é a Metz & Co. que vende de tudo. No sexto andar há um café-restaurante com a melhor vista de Amsterdã e seus canais. Vale a pena subir, tomar um café ou um copo de vinho e apreciar o lindo panorama, especialmente nos finais de tarde.
Na Dam Square a loja mais badalada é a De Bijenkorf, oferecendo de tudo por todos os preços. Coisas de casa você encontra na Hema, e para artigos básicos a melhor é a Vroom & Dreesman. O único shopping-center local é o Magna-Plaza, instalado no antigo prédio dos correios com um interior gótico-mourisco muito estranho em meio ás modernas escadas rolantes, mas as compras valem a pena.
Além dos tamancos holandeses de todos os tamanhos, os chocolates de todos os tipos e as cerâmicas de Delft de todos as cores, uma lembrança diferente são os bulbos de tulipa de todas as cores e formatos, prontos para serem plantados na volta ao Brasil. E as flores crescem mesmo, multicoloridas. Aliás, se você visitar a cidade nos mêses de março a setembro, as tulipas estarão em todas as praças, parques e jardins de forma surpeeendente. Mas para ficar mesmo impressionado faça um passeio até Haarlem e Leiden, a cerca de 30 km do centro, onde fica o maior centro de cultivo de flores da Holanda: são hectares e mais hectares de campos coloridos até o horizonte, num cenário quase surreal de tão bonito.
Duas outras sugestões de visitas: a fábrica de diamantes Gassan, de onde saíram as maiores pedras do mundo como o Cullinam e o Koh-i-noor, e a fábrica Heineken, com uma divertida viagem ao mundo da cerveja, a Heineken Experience.
Restaurantes que fui e adorei:
d'Vijff Vlieghen ( as cinco moscas)- Spuistraat 294-302 / 31 20 530-4060 - Dos mais aintigos da cidade, com menu variadíssimo e atendimento perfeito. Vive cheio o ano todo.
Christophe - Leliegracht 46 / 21 20 625-0807 - Novo, moderno e "hip", menu internacional e frequentado pela turma 'fashion' local. Provar a enguia defumada, uma das especialidades da cozinha holandesa.
E se você faz questão de ver de perto um tradicional moinho de vento holandês sem ter que se aventurar pelos campos longínquos de Marken e Rotterdam, saiba que ainda há oito dêles em plena cidade mas apenas um continua funcionando e pode ser visitado: é o moinho De Otter, localizado no Jordan, mas que está ficando tão espremido entre tantos prédios que a prefeitura está pensando seriamente em desmontá-lo e levá-lo para o campo, onde suas pás do século 17 poderão voltar a rodar ao sabor do vento...
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
THE BEST OF AMSTERDAM
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário