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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A PRIMEIRA VIAGEM DO ANO!

E lá fomos nós mais uma vez para Nova York, com muito frio, muito sol, algumas pancadas de chuva e um pouquinho de neve, que, cá entre nós, não atrapalharam em nada a nossa intensa programação! Dez dias de muita diversão!

Shows a que assisti e recomendo:

SPRING AWAKENING – Um musical de gente jovem, com ótimas canções no mais puro estilo “rock and roll”, contando as aventuras e desventuras de um grupo de adolescentes que começa a descobrir os mistérios da vida. Interessante do começo ao fim com excelentes atores jovens.

A CHORUS LINE – Uma perfeita remontagem da peça que fez sucesso há mais de 20 anos atrás mostrando os bastidores de uma audição de bailarinos e cantores para o côro de um show da Broadway, com seus problemas, erros e acertos. Se você não viu o show na primeira montagem, veja agora. Músicas inesquecíveis do Marvin Hamlisch.

ELIANE ELIAS – A incrível pianista brasileira radicada nos Estados Unidos apresentou-se no Dizzy’s Club Coca-Cola tocando algumas músicas de seu novo CD relembrando a arte do Bill Evans e ainda algumas canções de Tom Jobim. Sensacional!

MARCUS ROBERTS – No Allen Room do Jazz at Lincoln Center, no quinto andar do Time-Warner Building, com a imensa janela de vidro mostrando os prédios e o Central Park, o conhecido pianista cego apresentou “Deep in the Shed – A Blues Suíte”, composta por ele em 1990 e que até hoje é aclamada pelos amantes do jazz. Oito músicos do maior calibre completavam o conjunto, entre eles o jovem baterista Jason Marsalis, filho mais novo do pianista Ellis Marsalis e irmão do trumpetista Winton, que é o diretor artístico do JALC. Um espetáculo inesquecível.

Veja que imagem linda publicada no New York Times com os músicos tocando na frente da enorme vidraça e a vista da rua 60 e do Columbus Circle atrás:


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Duas apresentações que eu não gostei e não recomendo:
O musical “Wicked”, que apesar de ter ganhado vários Tony Awards é chatíssimo, com canções bem sem graça e um elenco numeroso e meio atrapalhado.
E o grupo de dança moderna “Toronto Dance Theatre”, que se apresentou no Joyce Theatre, em Chelsea: apesar dos bailarinos jovens e talentosos, a coreografia é muito monótona e o espetáculo é devagar quase parando...

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E os filmes?

Não percam o musical/terror "Sweeney Tood, the barber of Fleet Street", com Johnny Depp e Helena Bohnam Carter dirigidos pelo marido dela, o Tim Burton. Muita música, muito sangue jorrando a cada navalhada nos pescoços dos clientes, e muito empadão de carne humana sendo comido pelos esfomeados inglêses. Imperdível! Já está passando aqui.

"Persepolis", um desenho animado iraniano que conta as aventuras de uma recatada moça de família que vai viver na Europa e tem sua vida modificada radicalmente. Meio estranho mas bem interessante.


E o excelente filme dos irmãos Cohen, "No country for old men" com Tommy Lee Jones, Josh Brolin, Woody Harrelson e o impressionante (candidato ao Oscar) Javier Barden, que mata tudo o que aparece pela frente com uma estranhíssima bomba a gás! Bem violento, mas sem dúvida um dos melhores filmes dos últimos anos. Também já em cartaz aqui no Rio.

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E os museus?

No Museu Metropolitan visitei a nova galeria de Arte da Oceania e a de pinturas e esculturas européias do século 19 e início do século 20, abertas agora depois de alguns anos de reformas. Imperdível é a exposição “Bridging East and West” que mostra imensas pinturas e caligrafias da família Lin Yutang (1895-1976). No meio da exposição uma reprodução perfeita de uma casa japonesa, com jardins, estátuas, plantas e até uma cachoeira! E carpas nadando no laguinho.

No MoMA a novidade é a exposição de desenhos a carvão e rascunhos feitos por Lucien Freud expostos ao lado das pinturas e retratos prontos.
E a sensacional mostra “75 anos de Arquitetura”, com plantas, maquetes, miniaturas e projetos de arquitetos famosos como Le Corbusier e Frank Lloyd Wright.

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E os almoços e jantares?

Estava acontecendo em Nova York a “Restaurant Week - Winter 2008”, a semana em que você pode ir a centenas de excelentes e caros restaurantes e pagar apenas U$24.07 por um almoço ou U$ 35.00 por um jantar, ambos com entrada, prato principal e sobremesa. É claro que gorjeta, taxas e bebidas são cobradas à parte, mas na maioria dos lugares esse preço é de apenas um prato. Você ganha um livreto com a listagem dos participantes, telefones, endereços e tipos de comida e sai em campo!
Restaurantes famosos como 21 Club, Aquavit, Aureole, Bice, Milos e San Domenico, cujas contas em épocas normais chegam a centenas de dólares ficam lotados da turma que quer aproveitar a liquidação. Importante: se você não reservar, não consegue lugar.

Restaurantes que fui agora pela primeira vez e recomendo:

DANIEL - 60 East 65th St. – 212 288-0033
Francês chiquérrimo ocupando vários salões do antigo Hotel Mayfair, com menu a preço fixo (US 150.00 por pessoa) incluindo entrada, prato principal e sobremesa. Comida maravilhosa, com muitos “amouse-bouches” e sorbets no final. Paletó e reserva obrigatórios.

IRVING MILL – 116 East 16th St. – 212 614-8666
Novo e enorme restaurante na Union Square, com decoração bonita e descontraída, apresentando um menu perfeito. Bem badalado e cheio de gente jovem. Barato.

OUEST – 2315 Broadway – 212 580-8700
Fazendo sucesso desde 2001, o restaurante do Upper East Side entre as ruas 83 e 84 continua lotado de clientes que adoram a sua “nouvelle american cuisine”. Muito bom!

NISOS -176 8th Ave. – 646 336-8121
Em frente ao Joyce Theatre, um simpático restaurante & bar oferecendo ótima comida mediterrânea e drinques generosos. Bom para um vinho antes do espetáculo e um jantar depois. Como tudo em Chelsea, o lugar é “gay friendly” e bem animado.

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O hotel foi o de sempre, o The Blakely, na rua 55 entre a 6ª e a 7ª avenidas, que nos recebeu com um simpático saco de biscoitos nos agradecendo pela fidelidade. Era a nossa sexta hospedagem seguida em menos de 3 anos. E isso porque êles não sabem que já nos hospedamos muitas vêzes antes quando o hotel se chamava Gorham...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

OSCAR PETERSON, CAVIAR & CHAMPANHE...

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Domingo passado morreu em Toronto um dos maiores pianistas de jazz do planeta, Oscar Peterson. Seu estilo de tocar rápido e melodioso influenciou pianistas no mundo inteiro e o transformou numa celebridade musical para o resto da vida.
Êle veio ao Brasil algumas vêzes e eu tive a sorte de vê-lo no Teatro Municipal. Que show espetacular!
Desde então não deixei de comprar todos os seus discos - vinis e depois CDs - que nunca me canso de ouvir.

Mas o melhor foi conhecê-lo pessoalmente e ter jantado com êle em Nova York, no luxuoso restaurante Maurice do Hotel Parker-Meridien há mais de vinte anos atrás. A história foi assim:

Eu estava hospedado no Hotel Gorham (hoje Blakely) e encontrei alguns amigos muito chiques e descolados que estavam hospedados no Meridien a convite do Pierre Bergé, que tinha sido o gerente do Meridien do Rio, e que agora pontificava no de Nova York. E todos êles iam a um jantar muito especial, o "Diner de Gala Caviar et Champagne au Maurice" para apresentar o novo "chef" francês Alain Senderens às celebridades novaiorquinas e aos jornalistas especializados em restaurantes.

A festança, em black-tie, ia ser badaladérrima, e só seriam servidos pratos e sobremesas preparados com caviar e/ou champanhe, pode? E ainda mais champanhe para acompanhar as delícias todas, terminando tudo com um bom conhaque! Leia o menu abaixo só para ter uma idéia do que eu estou falando...

Eu não ia ao tal jantar, mas como na última hora sobrou um convite, a turma me ligou e lá fui eu correndo pela rua 55 alugar um smoking e me enfarpelar para a grande ocasião. E a ocasião foi realmente grande, pois além da comida maravilhosa cada prato era acompanhado de um tipo de champanhe diferente, uma mais seca, outra mais doce, uma intermediária e terminando com a rosé na hora das sobremesas, novidade para todos nós na época. Entre um prato e outro eram servidos sorbets de frutas variadas com champanhe, verdadeiras espumas, com alguns grãos de caviar por cima! Très elegant!

E sentado na nossa mesa estava nada menos que o Oscar Peterson, bonachão e muito simpático, apreciando cada garfada daquele verdadeiro banquete! Conversou o tempo todo conosco e quando soube que éramos cariocas fez mil perguntas sobre Tom Jobim e João Gilberto, pois tinha gravado um disco com algumas músicas brasileiras e queria saber das novidades. É claro que nós esperávamos uma canja dêle, o que realmente aconteceu depois do jantar no imenso hall de mármore do hotel.

Êle tocou por meia hora só músicas francesas em estilo jazzístico, que foi o complemento perfeito para uma noite tão sofisticada e agradável. Um dos convidados, o cantor Charles Aznavour, foi o que mais aplaudiu. E nós todos ficamos com uma lembrança inesquecível de um grande artista em um acontecimento muito especial difícil de ser reprisado. Valeu, Mr. Peterson!

Olha só que turma chique fazendo pose com o Aznavour depois da canja do Oscar e antes da esticada no Club A do Ricardo Amaral, obrigatória naquela época...

domingo, 5 de agosto de 2007

DON'T START COLLECTING THINGS...

No meu tempo de garoto todo mundo colecionava alguma coisa: caixas de fósforos, figurinhas, soldadinhos de chumbo, tampinhas de refrigerantes, lápis de cor e várias outras coisas. E a gente passava horas brincando com as coleções e trocando aquela caixinha repetida pelo soldado que faltava e o seu vizinho tinha dois!

Quando eu viajei pela primeira vez para o exterior em 1969, comecei a guardar as etiquetas de malas das companhias aéreas que naquela época eram grandes, coloridas e tinham um barbante para amarrar nas alças das malas com o código dos aeroportos em letras garrafais: GIG, LAX, NYC, MAD, SFO, FCO. E a brincadeira era adivinhar as cidades por trás dêsses códigos. Você sabe o que elas querem dizer?

Logo que essas etiquetas foram trocadas pelas atuais faixas de papel práticas mas sem graça, passei a trazer caixinhas de fósforos e cartões dos hotéis, restaurantes e lojas, sempre diferentes e coloridos. Mas o que eu mais gosto de trazer das viagens até hoje são os "swizzle sticks", aqueles mexedores de bebidas que todo bar, hotel e restaurante do mundo coloca nos drinques para você mexer. Fui trazendo um ou dois de cada viagem e hoje, 40 anos depois, tenho mais de mil dêsses trecos, algumas centenas dentro de copos de boca larga no bar e o resto numa enorme Big Brown Bag do Bloomingdale's! A varidedade é inacreditável. Os mais originais são um da Brannif que é uma prancha de surf em comemoração aos seus primeiros vôos para o Havaí, uma hélice vermelha da TWA, um par de esquis de um hotel de Aspen e uma girafa amarela de um bar de St. Tropez.

A coleção de cartões e caixas de fósforos também já passou dos milhares, e as sacolas cheias são a prova disso. Agora com a proibição de fumar em quase todos os lugares, os fósforos estão escasseando. Mas é divertido de vez em quando dar uma olhada e tentar relembrar quando e com quem você foi naquêle restaurante ou em que ano se hospedou em tal hotel. São ótimos souvenires que trazem de volta muitas lembranças alegres...
Dessa vez, revendo as caixinhas, vi como o tempo passou depressa e tudo mudou. Achei dois fósforos diferentes do Hotel Dorset de Nova York, que ficava na rua 56 e foi implodido para dar lugar ao novo MoMA. Outros dois do Hotel Gorham que há quatro anos transformou-se no Blakely. Uma do fraco Century Paramount, que tirou o Century e virou um hotel butique do Philippe Stark, e outra do Mayflower, onde passei minha lua-de-mel e que foi demolido e tornou-se um maravilhoso prédio de caríssimos apartamentos. E do mixuruca Wentworth da rua 46, a rua dos brasileiros, que fervilhava em outras épocas... Meia amarelada, uma do Omni International de Miami, cujo prédio continua firme mas nem sei mais que nome o hotel tem agora, tantas foram as vezes que trocou de mãos.

Dos restaurantes de Nova York, uma do "Tucano & Club A", do Ricardo Amaral que bombava nas noites dos anos 80, a do Oyster Bar do Plaza e do Soho Kitchen & Bar, ambos desaparecidos, da mesma forma que o excelente restaurante "1/5" (One Fifth) que ficava exatamente no número 1 da Quinta Avenida e era todo decorado com escotilhas e peças de latão dourado do navio Caronia, que naufragou há décadas...
Mas que a que mais me chamou a atenção foi a da charutaria que existia na Main Street do Magic Kingdom em Orlando, no tempo em que eu fumava: a Tobacconist Shop, que vendia cigarros, cigarrilhas e charutos do mundo inteiro, inclusive os procuradíssimos "Gudan Garan", da Indonésia, que com seu cheirinho adocicado de cravo e canela ajudavam a disfarçar o cheiro de outros cigarros mais artesanais.
You know what I mean?

Boas lembranças...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

ACABEI DE CHEGAR DE NOVA YORK!

Parece mentira, mas sempre que eu volto à Nova York eu acho a cidade cada vez mais bonita e mais interessante. E olha que eu já fui para lá pelo menos umas 30 vezes nos últimos 40 anos! Mas desta vez foi muito especial, pois foi a primeira com minha mulher, minha filha, meu filho e minha nora juntos! Curtindo Nova York com a família toda! Nada poderia ser melhor!
Em apenas uma semana nós vimos quatro ótimas exposições de arte, duas excelentes comédias musicais, uma espetacular apresentação de músicos de jazz e ainda por cima pegamos várias liquidações de verão a preços inacreditáveis! Isso sem falar nos ótimos restaurantes onde tomamos nossos "breakfasts", almoçamos e jantamos juntos.

No Whitney Museum of American Art a exposição “Summer of Love – Art of the Psychedelic Era” atrai um grande público que quer ver ou rever, como eu, os pôsteres, fotos, capas de Lps, desenhos, objetos muito malucos e coloridos além de instalações com luzes estroboscópicas da época muito louca dos anos 60 e 70. Tem até quadros com LSD diluído em pequenos pedaços de papel – muito usado naqueles tempos em lugar de pílulas ou pastilhas, para ninguém dar bandeira...
Lá também vimos a exposição de Rudolf Stingel, artista de vanguarda que transformou os espaços do próprio museu para mostrar sua arte sem limites e muito diferente de tudo o que já tínhamos visto na vida!

No MoMA os imensos e poderosos labirintos de aço forjado de Richard Serra ocupam todo o jardim das esculturas, o segundo e o sexto andares comemorando 40 anos de uma brilhante carreira durante a qual o artista conseguiu mudar a definição clássica de escultura. Imperdível. Olha só o Pedro perdido na foto ao lado.
Ainda no Moma começou há pouco uma mostra das impressionantes fotografias de Joann Verberg, “Present Tense”.
E nada como se deliciar mais uma vez com o grande acervo do museu, agora enriquecido com uma tela da brasileira Beatriz Milhazes em grande destaque.

No Jewish Museum, que eu não conhecia e adorei, além das peças históricas que mostram mais de quatro mil anos de arte judaica, está fazendo o maior sucesso a exposição de esculturas, caixas e objetos de Louise Nevelson, a artista ucraniana que transformava pedaços de madeira encontrados nas ruas de Manhattan em peças de uma força impressionante, sempre pintadas de preto, branco ou dourado. Não deixe de comprar o livro para curtir mais ainda!

E no Metropolitan as novas galerias de arte greco-romana recém-inauguradas mostram pela primeira vez valiosas peças que estavam guardadas há anos por falta de espaço para serem expostas. O antigo restaurante do térreo e vários escritórios foram transformados em um grande espaço de dois andares com o teto de vidro, uma fonte no meio do salão com o piso reproduzindo mosaicos antigos e janelas dando para a Quinta Avenida.

No terraço do museu e no segundo andar as monumentais esculturas de Frank Stella mostram uma relação diferente entre pintura e arquitetura. As formas são imensas! Olha só a pose da Bia na frente de uma delas lá no terraço!

E até o dia 19 de agosto você ainda pode ver “Poiret: King of Fashion”, uma grande retrospectiva dedicada ao famoso costureiro francês que usava a técnica de deixar que o corpo feminino desse forma aos seus vestidos, ao contrário dos outros estilistas da época que os disfarçavam com roupas cheias de enchimentos e pregas.

E os shows?

Na Broadway, no Palace Theatre, Legally Blonde, o musical baseado no filme homônimo com a história da “loura burra” que resolve mostrar para o ex-namorado que pode se tornar uma boa advogada, está com casas lotadas até dezembro!
Muito engraçada, com músicas e coreografias bem criativas, além de um talentoso elenco jovem e dois cachorros muito bem treinados, a comédia tem números aplaudidos em cena aberta. Vale a pena pagar os mais de cem dólares pelo ticket. Você não vai se arrepender.

O City Center, um antigo teatro em estilo mourisco na Rua 55 entre Sexta e Sétima avenidas, de uns anos para cá especializou-se em preservar a memória cultural da arte teatral americana remontando peças, operetas e musicais do passado, mantendo suas concepções e coreografias originais para o público de hoje poder assistir e conhecer a arte de outras épocas.

Até o final de julho está em cartaz “GYPSY”, de Arthur Laurent, Jule Styne e Stephen Sondheim, contando a vida de Gypsy Rose Lee, a rainha do strip-tease nos Estados Unidos e que foi encenada pela primeira vez em 1959 com o maior sucesso. Estrelada agora pela excelente Patti LuPone – ganhadora do Tony por “Evita” – a peça vem lotando o teatro diariamente. Todos saem cantarolando as músicas eternas como “Let me entertain you”, “Some people”, “Small world”, “All I need is the girl”, “Together wherever we go” e a sensacional “Everything’s coming up roses”.

Se você gosta de jazz, nada melhor que o Dizzy’s Club Coca-Cola, no Time Warner Building no Columbus Circle, para ouvir músicos esbanjando talento. Na sexta-feira passada vimos nada menos que o quinteto de Charles McPherson e Tom Harrell com o lendário Jimmy Cobb na bateria. Dentre as canções, “What’s New?” e “Retrato em Preto e Branco” de Tom Jobim. Emocionante pela música e pelo cenário, já que o fundo do palco é formado por imensas janelas dando para o Central Park ao anoitecer.

Restaurantes que eu fui e adorei:

DA SILVANO
260 6th Avenue, entre Houston & Bleecker Streets, no SoHo – 212 982-2343 - Italiano divertido, comida da Toscana excelente, no verão com mesinhas na calçada, muito gostoso e de preços moderados.

McCORMICK & SCHMICK'S SEAFOOD RESTAURANT - 1285 6th Avenue & 52nd Street, - 212 459-1222
O famoso restaurante de Boston chegou à Nova York com seus deliciosos peixes e frutos do mar. Grande, decorado no estilo de Frank Lloyd Wright, menu variadíssimo e barato.

NELLO
696 Madison Avenue, entre 62nd e 63rd Streets – 212 980-9099 - Pequeno, chique, muito badalado, caríssimo mas com um menu maravilhoso! Dizem as más línguas que o pessoal vai lá primeiro para ver e ser visto, e depois pela comida...

P. J. CLARKE'S AT LINCOLN SQUARE
West 63rd Street & Columbus – 212 957-9700
Inaugurada há pouco mais de um mês, a nova filial do tradicionalíssimo restaurante americano que existe desde 1884 fica bem em frente ao Lincoln Center e serve os mesmos hambúrgueres imensos com rodelas de cebola e muita batata frita do original na 3rd Avenue e do outro no Financial Center. Mil opções de sanduíches, pratos quentes e sobremesas. Perfeito para depois de alguma apresentação no Metropolitan ou no Vivian Beaumont. Baratíssimo e sempre cheio.

E para encerrar um exemplo do que você pode esperar de uma liquidação em Nova York.
Saks Fifth Avenue, loja cara, quinto andar só de roupas masculinas, balcão do Ralph Lauren: mesas cheias de camisas, malhas, pólos, bermudas e calças remarcadas. Vejo um suéter branco de seda e cashmere bem leve, perfeito para os nossos “invernos” cariocas. Na etiqueta o preço impresso é U$ 185.00, mas está riscado de vermelho e embaixo está escrito U$ 100.00. Bem barato, penso eu. Pego o casaco e resolvo comprar. Chego ao caixa e fico espantado quando o atendente me fala que ainda há um desconto extra de 50%! Moral da história: paguei U$ 50.00 por um suéter da maior qualidade! Só lá mesmo...

E acabou-se o que era doce... Pegamos o 777 da American Airlines e chegamos de volta ao Rio exaustos de tanta coisa que fizemos por lá mas de cuca fresca e descansada. Nada como uma viagem para você se desligar das chateações do dia-a-dia.
Até a próxima!

sexta-feira, 4 de maio de 2007

THE CITY THAT NEVER SLEEPS

Além de ser chamada de a cidade que nunca dorme, New York é também a que mais se transforma no mundo. A cada dia desaparecem prédios inteiros e surgem outros maiores ainda, mais restaurantes sofisticados são abertos onde antes funcionavam lavanderias ou farmácias, novas atrações noturnas pipocam por todos os lados, enquanto moderníssimas e badaladas lojas são inauguradas todas as semanas com decorações estonteantes. Se você ficar mais de seis meses sem bater o ponto na ilha de Manhattan pode correr o sério risco de não reconhecer mais a sua vizinhança!

Por exemplo a nova loja da Apple na 5th Avenue com Central Park, na “Plaza” ao lado do Schwartz que surgiu em menos de 5 meses: um enorme cubo de cristal (veja na foto abaixo) com uma escada em caracol que leva você a destinos nunca dantes vistos! Dois andares subterrâneos entupidos de tudo o que você pode imaginar em matéria de computadores e/ou videogames e ainda por cima funcionando a todo o vapor 24 horas & 7 dias por semana, o que quer dizer que você pode comprar seus softwares depois do jantar ou bem mais tarde, depois de um musical da Broadway. Mesmo que você não queira um novo iPod, dá uma passadinha lá para ver a turma, às 2 da matina, testando os games... Outro bom exemplo disso é o inacreditável Time-Warner Building no Columbus Circle, esquina da rua 60, no East Side, construído onde ficava o antigo Coliseum – um galpão usado para exposições e feiras. Em menos de quatro anos surgiu em seu lugar um dos prédios mais bonitos e modernos da cidade pós 9/11, com duas torres triangulares de vidro de 55 andares e vários restaurantes caríssimos, um maravilhoso hotel cinco estrelas (Mandarin Oriental), um bloco só de apartamentos de luxo, três andares de lojas com estátuas de Fernando Botero no hall monumental, uma incrível academia de ginástica (Equinox) e o melhor de tudo: o Jazz at Lincoln Center, que se mudou de armas e bagagens para o quinto andar e desde então atrai multidões a seus dois auditórios (Allen Room e Rose Hall) e ao badalado Dizzy’s Club Coca-Cola, todos com seus palcos estrategicamente posicionados na frente de vidraças do chão ao teto formando um cenário inesquecível: a vista espetacular do Central Park e dos prédios iluminados!

Na sua próxima viagem não deixe de dar uma passada lá e conferir as novidades:

· Dizzy’s Club Coca-Cola: clube noturno com jazz ao vivo, dois shows por noite (19:30hs e 21:30hs). Drinks e comida. Reserva obrigatória: (212) 258.9595.

· Per Se – Restaurante italiano com 3 opções de menu a preço fixo ($ 150, $135 e $ 150). Reservas: (212) 823-9335

· Masa – Japonês fantástico (212) 823-9800

· Asiate – Dentro do Hotel Mandarin (212) 805-8888


Desde que o Oak Room do Plaza fechou - o hotel está sendo transformado em condomínio de luxo e os jornais já anunciam a venda dos novos apartamentos – os mais baratos custam 3 milhões de dólares) o lugar mais badalado para o drink do final da tarde ou para o “night-cap” depois de um show é o Pen-Top Bar & Terrace, na cobertura do Hotel Península (5th Avenue & 55th Street). O grande terraço aberto cheio de mesinhas e o bar bem moderno na parte envidraçada estão sempre lotados de gente bonita e animada que bate papo, bebem e se deslumbram com uma das vistas mais bonitas da cidade. Para a direita, a avenida e o Rockefeller Center sempre iluminados e para a esquerda a Trump Tower e o Central Park logo depois. E o cocktail mais pedido continua o mesmo: o antigo Cosmopolitan que virou moda por conta da série “Sex and the City”.

Se você gosta de comida fusion com toques levemente asiáticos, de ambiente sofisticadíssimo, de decoração moderna minimalista, de apreciar esculturas de Picasso, Maillol, Calder, Moore e Rodin, entre outros, e consegue se programar para jantar com uma antecedência mínima de 2 semanas, o novíssimo restaurante do novíssimo MoMA é a pedida do momento! No The Modern tudo é perfeito, e o chef Gabriel Kreuther é o responsável por isso: ao preço fixo de USD 85 por pessoa (gorjeta, taxas e bebidas por fora) você é servido por garçons gentilíssimos que parecem saídos do filme Matrix, que trazem vários ors d’oeuvres deliciosos entre a entrada e o prato principal, e mais outras tantas gostosuras antes da sobremesa. A carta de vinhos é impressionante, mas nada se compara à vista que se tem das enormes vidraças do restaurante: apenas o Sculpture Garden do museu, um dos oásis artísticos mais fantásticos do mundo. Paletó obrigatório e reservas mais ainda. Mais casual, o bar ao lado também é bem agradável.

Uma informação prática: mais de 600 restaurantes e casas noturnas de New York agora fazem parte de um sistema de reservas pela Internet chamado Open Table. Você se cadastra no site e já pode começar a fazer as suas reservas em qualquer restaurante de várias cidades americanas e do mundo. Daqui do Brasil o The Modern, por exemplo, pode ser confirmado com 15 dias de antecedência. E cada jantar reservado pelo site conta pontos, como em um programa de milhagem, dando a você, depois de certa quantidade de pontos acumulados, bons descontos ou até um jantar de graça.

Quem não vai a New York desde o 9/11 deve achar que os hotéis enlouqueceram com seus preços inacreditáveis! Hotéis que tinham diárias de médias de $100.00 a $150.00 em 2000, o que era razoável, agora cobram $300.00 ou mais. E os que já eram caros naquela época agora estão caríssimos. Vários hotéis desapareceram, muitos trocaram de nome, alguns foram transformados em condomínios, e outros construídos. O “bom e barato” que o brasileiro adora, tornou-se uma tarefa impossível na New York 2006.

E já que as tarifas não vão baixar, pois a procura é cada vez maior e os hotéis estão sempre lotados, e já que você vai ter que pagar caro mesmo, o melhor é optar pela melhor relação custo/benefício, levando em conta conforto, tamanho do quarto, banheiro moderno, amplos armários, localização e principalmente um bom atendimento personalizado.

Um hotel que sempre esteve dentro desses parâmetros desde a década de 60 (com diárias incrivelmente baratas pelo o que oferecia), o pequeno Hotel Gorham renasceu há pouco mais de um ano e agora se chama The Blakely, todo em estilo inglês, com seu prédio de tijolinho aparente e paredes de madeira escura e estantes cheias de livros. Além da excelente localização, na Rua 55 entre a Sexta e Sétima avenidas, em frente ao City Center e ao lado do cinema Zigfield, seus quartos e suítes são amplos, os novos banheiros de mármore são bem espaçosos, sem falar nos closets e kitchinetes equipadas com micro-ondas, cafeteira elétrica, frigobar, pia, louça e talheres da melhor qualidade. Todos os quartos têm televisão de plasma, DVD e CD player, além de cofre, tábua e ferro de passar. Sua diárias começam em U$ 325.00 para quartos Standard na baixa estação.Mas o melhor de tudo é que o hotel tem apenas 16 andares e só 8 quartos por andar, o que significa poucos hóspedes e um excelente atendimento por parte do simpático staff.

A melhor novidade é que o hotel agora tem um excelente restaurante, o “Abocatto”, que além de atender ao público em geral é o fornecedor dos deliciosos pratos do “room service”. Abaixo a "one-bedroom suite" do Blakely.


A Quinta Avenida tem agora uma grande novidade em seu já fabuloso comércio: inaugurou há pouco tempo na esquina da Rua 56 a maior “flagship” da Abercrombie & Fitch na América do Norte, com 5 andares cheios de jeans, camisetas, cargos, calças, bermudas, shorts, sapatos e tudo o mais que a garotada adora. Mas isso não é nada: a maior novidade está no fato de que a famosa loja não tem vitrines externas com sua mercadoria exposta no metro quadrado mais caro do mundo, e seu interior é na verdade uma animada e escuríssima discoteca, com pouquíssima iluminação e música tecno aos berros!

Apenas alguns spots iluminam as peças de roupa em suas estantes, enquanto seus vendedores, rapazes e moças quase todos modelos dos famosos catálogos semi-eróticos fotografados por Bruce Weber, circulam pela loja atendendo a clientela e desfilando ao mesmo tempo as últimas novidades, as moças de shorts curtíssimos e camisetas apertadérrimas, e os rapazes, atléticos e sem camisa, mostrando as novas bermudas e mínimas cuecas!
Resultado: fila na porta, sucesso garantido, vendas impressionantes e muita animação!