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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CONHECENDO VANCOUVER

Cercada de mar pelos três lados do estreito da Geórgia e encravada aos pés da cordilheira Coast Mountains, Vancouver é a maior cidade da província da Columbia Britânica, com meio milhão de habitantes e um dos melhores climas do Canadá. Seus cenários naturais são espetaculares e é lá que estão acontecendo as Olimpíadas de Inverno de 2010.

Na ponta da península fica o Stanley Park, uma antiga reserva militar transformada em 405 hectares de árvores, lagos e lazer junto à costa, ótimo para passear de bicicleta, alugada lá mesmo. Toda a costa é servida por linhas de barcos que proporcionam ótimos passeios com as melhores vistas de Vancouver.

As barcas que vão até a baía de False Creek fazem uma parada providencial na ilhota de Granville, que tem vários restaurantes simpáticos, e depois seguem até o Science World, um domo geodésico projetado pelo norte-americano Buckminster Fuller para abrigar o Museu de Ciências.

Uma das coisas mais divertidas para se fazer em Vancouver é passear de barco para conhecer o litoral e ver de perto as baleias. Há poucos quilômetros da costa você já vê as orcas, também conhecidas como baleias assassinas.

O passeio dura três horas, os barcos partem do cais central da cidade de Victoria e o bilhete custa 70 dólares canadenses por pessoa. Os imensos mamíferos geralmente já são vistos depois de 45 minutos de navegação, e como o barco fica circulando você consegue tirar ótimas fotos.

Você também pode ver as orcas na viagem de ferry-boat entre Vancouver e a ilha Victoria. A BC Ferries sempre oferece nos meses de verão uma apresentação gratuita durante a viagem com um profissional especializado em baleias que fala sobre os mamíferos e ajuda os passageiros a localizá-los nas águas geladas.

Ao contrário de Vancouver, localizada no continente, Victoria é uma ilha, daí o transporte entre as duas cidades ser feito por esses confortáveis barcos que tem restaurante, café e loja de conveniência. Um bilhete de ida custa 13 dólares canadenses, a viagem dura cerca de uma hora e meia e você desembarca na estação Swartz Bay. Lá é só pegar um dos ônibus de dois andares e começar a descobrir a cidade.

No centro de Victoria, o prédio do Parlamento da Colúmbia Britânica é a construção mais famosa. Com mais de cem anos, tem estilo clássico e dimensões que chamam bastante a atenção, pois só a fachada tem 150 metros de extensão.
Belo por fora e por dentro, o Parlamento pode ser visitado com acompanhamento gratuito de guias, de meia em meia hora.

Outra construção imponente é o Hotel Empress, ao lado do Parlamento, construído no início do século passado, com mais de 450 quartos. Artistas, celebridades e membros da família real britânica freqüentemente se hospedam lá.

A poucas quadras do hotel fica Chinatown, uma área diferente cheia de lojinhas e restaurantes. Não deixe de caminhar pela Fan Tan Alley, uma apertada passagem de 200 metros de extensão por apenas um metro e meio de largura, conhecida como a rua mais estreita do Canadá!

Não deixe de visitar a Catedral Christ Church, uma das maiores igrejas do país. Localizada algumas quadras atrás do Parlamento, ela tem estrutura de pedra e arquitetura em estilo gótico. No interior o que mais impressiona é o altíssimo teto, iluminado por grandes vitrais.

Deep Cove é um dos pontos mais bonitos de Vancouver, e o melhor é que fica a apenas 30 minutos de Downtown – acessível pelo eficiente transporte público da cidade. Fica num vale de montanhas margeado pelo mar e pontilhado de casas escondidas no meio da floresta.

A paisagem é deslumbrante, com o mar à volta das montanhas com densas florestas. Só famílias ricas moram nessa região em mansões de frente para o mar em meio às árvores. A parte urbana é pequena e se limita a poucos quarteirões com comércio de pequenas lojas, bares e restaurantes.

Outro símbolo de Vancouver é o bairro de Gastown, surgido em torno de um antigo "saloon" fundado em 1867 e que é hoje um charmoso aglomerado de lojas, cafés e galerias. Próximo dali, na rua Robson, estão butiques de sofisticadas grifes internacionais.

O bairro lembra Londres, com prédios de tijolinho construídos no início do século 20, postes antigos pintados de preto e as ruas com calçamento de cerâmica vermelha. É a parte preferida dos turistas que adoram tirar fotos e comprar nas diversas lojas de souvenires. Há vários bares, cafés e restaurantes bem simpáticos, o que é perfeito para passar algumas horas bem agradáveis.

Esta é uma das regiões mais antigas de Vancouver. Os prédios foram restaurados a partir dos anos 70 porque mais de 400 construções anteriores a esta época foram destruídas pelo grande incêndio de 1886. Após a tragédia a cidade foi totalmente refeita e hoje o que se vê são prédios bonitos e novos, mas mantendo a arquitetura antiga.

A maior atração do bairro é o famoso relógio à vapor, fabricado em 1875 e restaurado em 1977, que continua a marcar as horas e as meias-horas com a peculiar precisão britânica, apitando como um trem e soltando a maior fumaceira!
Não há quem não tire uma foto!


Para fazer um bom passeio, pegue um dos tróleis vermelhos que circulam pela cidade e permitem que você desça em vários pontos para visitar e embarcar de volta em outro trólei. E se você tiver mais tempo e coragem, conheça mais a região fazendo um vôo de 90 minutos num dos muitos hidroaviões que voam até os fiordes e alguns vilarejos mais afastados.

No verão, se você for mais ousado, conheça a Wreck Beach, uma das maiores praias do mundo onde roupa de banho é opcional. Mas não se preocupe: a parte dos nudistas é bem demarcada.

Onde se hospedar:

Pan Pacific – Localizado no complexo Canada Place à beira do mar, também com vistas espetaculares. Os quartos tem banheiras de mármore e os lençóis são italianos. Diárias começam em USD 203.00.

Fairmont Waterfront – Um ótimo hotel onde os quartos tem janelas do chão ao teto para apreciar a vista deslumbrante do porto ou do mar. Diárias a partir de USD 240.00.

Wedgewood Hotel & SPA
– Localizado em Gastown, as suítes da cobertura dão para as cachoeiras da Robson Square, uma espécie de centro cívico dentro de uma grande bolha, ligado à Vancouver Art Gallerie. Barato: USD 194.00 a diária.

Onde comer:

Salt Tasting Room oferece uma seleção de frios e queijos acompanhados por uma lista de vinhos sempre com boas novidades. Serve ainda carnes e pescados. Fica na Blood Alley, em Gastown. Bom e barato.

Cordero's – Famoso pelas ostras, cerveja e pratos bem fartos. Fica em Coal Harbour. Ótimo.

Teahouse – Bem elegante, este restaurante serve "fish and chips" – bacalhau ou salmão empanados com batata frita – enrolados em cones de papel encerado impressos como se fossem folhas de jornal.

Cascade Room – Na área de Mount Pleasant, serve batida de maracujá no mais puro espírito brasileiro! Menu variado. Barato e vive cheio.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

NADANDO COM... URSOS!

Eu já nadei com golfinhos e já alimentei arraias no Caribe, mas nadar com ursos polares? Só mesmo no Canadá!

Só existe um único lugar no mundo onde crianças podem nadar com os ursos desde 2004: é o Polar Bear Habitat na pequena cidade de Cochrane, ao norte do estado de Ontário.

É uma espécie de zoológico local onde você pode viver esta experiência única de nadar no mar com ursos polares. Mas é claro que os humanos ficam separados dos animais por uma parede de vidro - dá para ver as gotinhas agora?

Esse vidro tem 9 centímetros de espessura e é à prova de balas para garantir a segurança da turma, pois os ursos, apesar de muito simpáticos, são os carnívoros mais ferozes do mundo!

Quando o lugar abriu suas portas, depois de vinte anos de pesquisa e construção, mais de 11 mil pessoas nadaram com os ursos nos primeiros seis meses.

Agora que você já sabe onde é, não deixe de nadar com os ursos polares na sua próxima ida ao Canadá!
Eu vou!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

POSTCARDS FROM NIAGARA FALLS

Todo mundo pergunta se vale a pena conhecer Niagara Falls, um lugar que tem como atração turística apenas uma imensa cachoeira, linda, diga-se passagem!
Eu acho que se você tiver dois dias sobrando na sua próxima viagem aos Estados Unidos ou ao Canadá, já que ela fica na divisa dos dois países, passe-os lá e veja que há bastante coisa para ver e fazer. Mas só dois dias...

A capital americana da Lua-de-mel tem a segunda maior cachoeira do planeta – a primeira é a nossa Iguaçu – com quase 51 metros de altura e mais de dois milhões de litros de água caindo por segundo.

Você vê a cachoeira de todos os lados, de cima, de baixo, de barco, de bondinho, de altos restaurantes rotativos e muito mais. Esse barco chama-se Maid of the Mist – a moça da neblina – porque ele vai até quase debaixo da cachoeira e passa no meio do spray que a queda d'água provoca. Mesmo de capa de chuva e chapéu você sai todo molhado! Programa obrigatório!

Se você gosta de jogar, conheça o Fallsview Casino Resort, com mais de três mil caça-níqueis, 150 mesas de jogo, 10 restaurantes e cafés, além de um centro de convenções, shopping-center e SPA.

Para conhecer o único hotel butique da região, hospede-se no Sterling Inn and SPA, instalado num antiga fábrica de laticínios totalmente reformada. Os quartos tem lareiras e grandes jacuzzis, e a decoração usa muita madeira de lei. O restaurante do Chef Cory Linkson é ótimo e o SPA melhor ainda.

No White Oak Resort, que fica entre dois vinhedos e um campo de golfe , o estilo é Feng Shui: cada quarto foi decorado com vistas para o por do sol ou o nascer do sol e muitos tem lareiras de pedra. O SPA é imenso e o restaurante LIV segue a antiga filosofia Tao de nutrição balanceada, porporcionando uma experiência fantástica para o corpo e a mente.

Para comer e ver a cachoeira lá de cima, vá à Skylon Tower, uma torre de mais de 200 metros de altura com um restaurante rotativo e uma vista de 360º da cidade e das águas. O legal é ir ao entardecer ou no verão, quando há queima de fogos de artifício.

Na região de Niagara-on- the-Lake, a poucos quilômetros de lá, existem mais de 50 vinhedos produzindo premiados vinhos tintos e brancos, além dos famosos Ice Wines, vinhos de sobremesa feitos com uvas colhidas congeladas ainda no pé. Lá também estão alguns dos melhores campos de golfe do mundo. Clique aqui para ver alguns deles.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

DO FUNDO DO BAÚ!

Toronto, outubro de 1985:
De capa de chuva nova, à direita da foto, fazendo pose em frente à Casa Loma em Toronto com o grupo do ótimo famtour da Travel Service que nos levou para o Canadá. Visitamos também Niagara Falls, Montreal, Ottawa e Quebec, terminando com uns dias em Nova York. Nesse ano o inverno foi tão frio que no dia 1º de novembro já começou a nevar!

Em pleno vôo da Varig de volta ao Brasil, com a Marucia e o Arnaldo, fumando! Eu nem me lembro mais do tempo em que eu fumava, e muito menos nas alturas!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

CONCURSO DE NATAL EM TORONTO

A fiel leitora do blog Martha Lowell que mora na Trinity Street, em Toronto, no Canadá, enviou essas fotos de todas as casas da sua rua que estão concorrendo ao prêmio da melhor decoração de Natal. Vejam só a imaginação da turma da vizinhança.

Essa é a minha preferida: a casa de biscoito de gengibre!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

PASSEANDO POR TORONTO

Toronto é a maior e mais ativa cidade do Canadá. Localizada às margens do lago Ontário, ela era uma pequena aldeia indígena do século 17 cujo nome significa “ponto de encontro”. Tornou-se um entreposto francês de comércio de peles em 1720 e foi disputada pelos Estados Unidos e Inglaterra na guerra de 1812.

A partir do final da Segunda Grande Guerra, Toronto cresceu muito ao receber mais de 500 mil imigrantes, tornando-se hoje a quinta maior cidade da América do Norte com mais de 4 milhões de habitantes. Ela é considerada pelas Nações Unidas a cidade mais multicultural do mundo, com mais de 80 grupos étnicos falando mais de 50 línguas diferentes.

Muito bem planejada por seus arquitetos, que misturaram de forma harmoniosa prédios históricos com arranha-céus altíssimos, Toronto é uma das mais seguras e limpas cidades da América. O metrô e cidade subterrânea, para ajudar nos frios meses do inverno são perfeitos, mas é a cordialidade de seus habitantes que impressiona mais. Muito procurada por estudantes do mundo inteiro, atraídos pela tranqüilidade e o baixo custo de vida, a cidade possui um número bem grande de cursos, faculdades e universidades.

Você sabia que a rua mais comprida do mundo fica em Toronto? Chama-se Yonge Street (diz-se Young) e tem 1.900 km de extensão. Também a maior torre do mundo fica lá, a CN Tower, com 533,3 metros de altura. Depois de muitos quilômetros quadrados de aterro ao longo dos anos, a zona do porto transformou-se no Harbourfront Centre, com hotéis, prédios residenciais e comerciais, centro de convenção, estádios e muito mais.

Na sua próxima ida ao Canadá passe por Toronto e conheça esta simpática cidade.

A CN Tower foi construída nos anos 70 pela empresa de estradas de ferro Canadian National junto com a CBC de televisão que precisava de uma nova torre de transmissão. Subindo pelos rapidíssimos elevadores de vidro externos, você chega aos dois mirantes, um deles com um aflitivo piso de vidro! Mais acima fica um grande restaurante giratório, o 360, oferecendo gastronomia requintada e vista deslumbrante.

No centro fica a Yonge Street e várias atrações: a Art Gallery of Ontário (com um acervo variado contando com mais de 20 esculturas de Henry Moore), o Textile Museum (mostrando de tudo em matéria de roupas, tecidos e bordados), o Eaton Centre (o maior shopping-center de lá), a velha (do século 19) e a nova Prefeitura (construída em 1964 e ainda hoje moderníssima), e a Campbell House (com seu estilo vitoriano).

Vale a pena passear pelo Harbourfront e conhecer o Rogers Centre, o primeiro estádio a ter um teto móvel que abre e fecha em menos de 20 minutos. Lá é a sede dos Toronto Argonauts, da Liga Canadense de Futebol e dos Toronto Blue Jays, de beisebol. Lá fica também o Molson Place, um teatro ao ar livre que apresenta shows, teatro, cinema e dança. O Centro de Convenções, ao lado, está agendado até o ano 2015!


No Queen’s Quay, que é uma grande área de pedestres na beira do lago, há muitos restaurantes, bares e cafés, além de lojas de todos os tipos. No verão o lugar fervilha e você pode alugar barcos e veleiros para passear e conhecer as ilhas vizinhas.




O atual Sony Centre for the Performing Arts (ex-Hummingbird) oferece espetáculos de música, teatro, ópera e balé, além de cantores famosos internacionais. Seus 3.200 lugares ficaram lotados com as recentes apresentações de Robie Williams e Elvis Costello.

Para conhecer um pouco da cultura local, visite a Toronto Dominion Gallery of Inuit Art, com uma extensa coleção de objetos feitos pelos esquimós que habitavam o Ártico Canadense. As peças de pedra sabão, osso, chifre de caribu e dentes de morsa mostram o alto grau de habilidade dos Inuits. Outro museu interessante é o Gardiner Museum, único do mundo expondo só objetos raros de cerâmica e porcelana.

Uma visita obrigatória é ao Royal Ontário Museum, que desde 1912 expõe um grande e variado acervo que inclui arte de todos os períodos históricos, ciências naturais, arqueologia e muito mais. A sala dos dinossauros e a parte de arte asiática, recentemente reformadas, são pontos altos do museu, assim como as coleções egípcias e africanas.

A Casa Loma, um castelo gótico construído por Henry Pellat, que ficou milionário transformando a força das cataratas do Niagara em energia elétrica, que custou 3,5 milhões de dólares em 1906, também vale a pena ser visitada. Veja a estufa com sua cúpula de vitrôs e salão com vigas de madeira sustentando o teto de 8 metros de altura, além dos lindos jardins e outros 96 cômodos.

Um lugar bem curioso e interessante é o Bata Shoe Museum, expondo sapatos de todos os tipos e épocas num prédio que tem a forma de uma caixa de sapato. Construído pelos donos da fábrica de sapatos Bata, o museu mostra os primeiros sapatos do mundo, os mais estranhos, os mais exóticos, e os de artistas famosos como Elton John, Marylin Monroe e Michael Jackson.

Yorkville é o bairro mais simpático de Toronto, com suas ruas de prédios antigos cheios de bares, cafés, butiques e galerias de arte, bem no estilo do Village e do Soho de Nova York. Nos anos 60 só hippies circulavam por lá, mas agora até as grifes internacionais ocupam casas inteiras das avenidas Yorkville e Cumberland, como Ralph Lauren, Armani e muitas outras.

Três excelentes restaurantes em Yorkville:

Opus
– 37 Prince Arthur Ave, 416 921-3105
Elegante e com uma cozinha voltada para a alimentação saudável, esse restaurante francês que ocupa uma casa antiga muito bem decorada é dos mais badalados de lá.

Courtyard Café – 18 St. Thomas St, 416 971-9666
Excelente cozinha em ambiente chique e descontraído com uma adega com mais de 10 mil garrafas de vinho. Comida francesa maravilhosa. Fica no Windsor Arms Hotel.

Prego Della Piazza – 150 Bloor St. West, 416 920-9900
Italiano divertido atraindo multidões desde 1987. Barulhento, bom e barato.


Onde se hospedar:

Na última vez eu fiquei no Westin Harbour Castle, de frente para o lago, ótimo e moderno. Diárias de USD 210.00. Tem um bom restaurante no último andar com uma vista linda.

O melhor hotel da cidade é o Royal York, funcionando de 1929, no mais puro estilo de castelo francês. Decoração luxuosa e quartos bem espaçosos. Diárias a partir de USD 220.00, nada caro. Fica em frente à estação central.

Para os consumistas o melhor é o Bond Place Hotel, que fica ao lado do Eaton Centre, com diárias a partir de USD 100.00. Muitos grupos de excursões se hospedam lá. Bom e barato.

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PROTEGENDO OS PÁSSAROS

A primeira vez que fui a Toronto foi em outubro, em pleno outono, e me impressionou muito a quantidade de arranha-céus modernos e altíssimos lado a lado com os pequenos prédios de pedra bem antigos. Uma noite, voltando bem tarde de um restaurante, reparei que todos os grande edifícios estavam com as luzes acesas a partir do sexto ou sétimo andar. Eram dezenas de prédios que permaneciam com as vidraças iluminadas a noite toda. Perguntei ao nosso guia local a razão de tal desperdício de energia e fiquei bobo quando ele me disse que era por causa da migração dos pássaros!

Como sempre acontece no outono, os milhões de pássaros canadenses voavam para o sul para se abrigar do frio do inverno, só retornando em março. Acontece que como muitos só voam à noite, depois da construção dos altíssimos prédios as aves colidiam com as vidraças dos edifícios escuros e morriam às centenas, pois não viam aqueles imensos obstáculos na sua frente. E pela manhã a população encontrava os pássaros e patos selvagens mortos caídos nas calçadas!

Foi feito então um acordo entre os construtores e a prefeitura obrigando a quem quisesse construir prédios mais altos a manter acesos todos os andares acima da tal altura a noite toda durante o período da migração. E a partir daí ave nenhuma se chocou com as vidraças e todos saíram ganhando, pois além dos pássaros protegidos Toronto passou a ser a cidade mais iluminada do mundo.