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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

NATAL BRANCO EM PRAGA!

Muita neve e frio na capital da República Tcheca
Muitas luzes esquentam um pouco as comemorações natalinas
A feira de Natal é uma boa opção para presentes mais baratos
Vários corais se apresentam na praça da Cidade Velha
Lá também tem churrasquinho feito na rua!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

CIN-CIN, SALUTE A TE!

Essa era uma música das mais animadas cantada pelo italiano Richard Anthony que fazia muito sucesso nas festas da minha época de faculdade. E a partir daí todo o mundo passou a brindar usando o termo italiano, falando tchin-tchin. Muita gente brinda também dessa forma no Brasil além, é claro, do nosso tradicional “saúde” de sempre.
Aí fui estudar em Glasgow e lá eu brindava como os escocêses dizendo “here’s tae ye” com a "pint of beer" e “cheerio” quando bebia uísque puro, sem gelo, como eles acham que é o certo. Depois nos Estados Unidos a turma me ensinou o “bottoms up”, mas o brinde mais usado em todos os lugares era mesmo o popular “cheers”.

Na França aprendi a dizer “à votre santé” e a esperar a outra pessoa responder “à la votre”, quase sempre clicando duas flûtes de champanhe.
Já na Alemanha o brinde com vinho é “zum wohl” e o com cerveja é “prost”, sendo que na Holanda é quase igual: “proost” com um ‘o’ a mais.
Em Barcelona os catalães usam o “salut” e também o “txin txin”, só que escrito dessa forma diferente, mas em Madri falam “salud”. No México há ainda um modo mais engraçado de se brindar em espanhol, dizendo “arriba, abajo, al centro, para adentro”, e lá vai tequila!

Quando eu fui à China aprendi o “yung sing”, que quer dizer “beba e vença”, um brinde bem positivo, ao contrário do “gom bui” de Cantão, que significa simplesmente “enxugue o copo”!
Em Praga a turma toda grita “na zdraví”, na Rússia gritam um parecido “na zdorovje”, e na Polônia também: “na zdrowie”.

Já na Hungria é “egészségedre”, mas esse vocês já conheciam da minha postagem do dia 12 de outubro sobre Budapeste.

Na Suécia, na Noruega e na Dinamarca você não precisa se preocupar, pois o brinde é o mesmo “skal”, bem aberto, diferente da Islândia, onde dizem “skál” com som de ó, igual ao nome da nossa cerveja.

No Japão você fala “kampai” e manda mais saquê pela goela abaixo, enquanto na Indonésia o brinde mais conhecido é o “pro”. Já no Havaí a turma que bebe cerveja brinda com “okole maluna”, e nas Filipinas fala-se “mabuhay”, que quer dizer “vida longa”. Na distante Somália o bonito “auguryo” deseja muita sorte para quem está brindando. Na língua romansch da Suíça você brinda dizendo “viva”, na Turquia dizendo “serefe”, e em Idish os conhecidos “mazel tov” e “lechaym”.

Na Tailândia os nativos falam um engraçado “choc-tee” cada vez que batem os copos, e na Grécia ao se beber ouzo é sempre bom brindar com um alegre “stin ijiasas”! Lá perto, no Egito, os faraós já brindavam com “bisochtak”.

E agora com os novos vôos unindo o Brasil aos Emirados Árabes é bom todo mundo aprender o “shucram” para não fazer feio quando se hospedar naqueles hotéis de mil estrelas...

E tchin-tchin para todos!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

TERROR NA REPÚBLICA TCHECA!!!

A 70 km de Praga, a caminho da cidade medieval de Kutná Ora, está localizada uma das coisas mais estranhas e aterrorizantes que já vi na vida: uma capela inteira decorada com ossos humanos, do chão ao teto, incluindo colunas, soleiras de portas, paredes, enfeites, lustres e muito mais! Um verdadeiro horror! E o pior é que por fora a pequena igreja é muito simples, só com uma portinha para entrar, sem dar nenhuma pista do que se vai encontrar lá dentro. E para ver a reação dos turistas, os guias do passeio não contam nada, dizendo apenas que vamos visitar uma igreja muito antiga e interessante...
Todos do grupo gritaram de susto pela visão inesperada daqueles ossos todos, inclusive eu! Algumas senhoras saíram correndo, outras ficaram sentadas nos bancos (de ossos) olhando para o chão, mas a verdade é que depois do primeiro impacto você acaba se acostumando com o ambiente mórbido e passa até a ver um pouco de arte naquele verdadeiro cenário de filme de terror de terceira categoria. Realmente o autor daquilo tudo tinha imaginação!



A capela é cristã, chama-se Igreja de Todos os Santos e fica no subúrbio de Sedlec, bem perto de Kutná Ora. Inicialmente servia apenas para guardar em seu subsolo as ossadas de milhares de pessoas que morreram no século 14 por ocasião da Peste Negra e no século 15 por conta das Cruzadas. Como naquela época não havia cemitério que pudesse abrigar tantos mortos ao mesmo tempo, os corpos eram queimados e os ossos jogados no porão.

Em 1870 o escultor Frantisec Ruit, que trabalhava na reforma da igreja, descobriu as ossadas e teve a idéia de utilizá-las na decoração, já que estavam ali à disposição. Os monges concordaram com a idéia principalmente por não terem que gastar dinheiro em tintas e outras matérias primas e o resultado é o que vê hoje: lustres, guirlandas, escudos, castiçais, molduras, quadros e outros objetos bem estranhos, indo até onde a imaginação dele permitisse. E ela foi longe...
Apesar de tudo, a capela passa uma imagem de calma e paz, e mesmo que você fique impressionado, acaba concordando que a idéia de transformar ossos em arte foi boa.


Depois do susto o grupo prosseguiu até Kutná Ora e visitamos, aí sim, uma das igrejas medievais mais antigas e bonitas da República Tcheca, a Catedral de Santa Bárbara, construída em 1300 com o dinheiro que a recente descoberta de prata em suas minas trouxe para a cidade.

sábado, 5 de maio de 2007

PRAGA: UMA VOLTA AO PASSADO

Capital da República Tcheca, na Boêmia, Praga tem 500 km quadrados e pouco mais de um milhão de habitantes. Cortada pelo rio Vltava, com a belíssima Ponte Carlos, o impressionante castelo e praças históricas, a cidade parece que parou no tempo, tal a preservação dos prédios, monumentos e ruas. E a arte está por todos os lados: obras-primas sacras da Idade Média ao lado de exemplos luxuosos de Art Nouveau, palácios e jardins da época do Renascimento à frente de edifícios modernos, igrejas românicas, góticas e barrocas lado a lado com sinagogas do século 11.

Não deixar de:

Passear pela Cidade Velha, visitando a Praça Staroméstské Námèstí, o coração de Praga, com o imponente monumento a Jan Hus e muitos prédios históricos: o Mosteiro Paulino, a Casa do Sino de Pedra (palacete gótico), o palácio rococó Golz-Kinský (com sua coleção de arte), a Igreja de São Nicolau e a de Nossa Senhora Diante de Tyn. Ver a linda Pietá de madeira na Igreja de S. Tiago.

No prédio da Prefeitura da Cidade Velha fica o Relógio Astronômico que a cada hora atrai muita gente com seus bonecos em movimento e o badalar do carrilhão.
No Bairro Judeu, com belas construções em estilo Art Nouveau, visitar o Velho Cemitério com seus túmulos do século 14 e a Sinagoga Staronová, a mais antiga da Europa, construída em 1270.

Depois de passar pelo Portão da Pólvora você chega à Cidade Nova, Nové Mésto, com a grande Praça Venceslau circundada de prédios antigos e modernos. Veja a Praça Venceslau, o Palácio Koruma, a Ópera Estatal, o Museu Nacional e muitos prédios em puro estilo Art Nouveau: Hotel Central, Casa Praha, Hotel Europa, Coral Hlalhol e a Hlavní nádrazí (principal estação de trem).
No final da Rua Karlova está a Ponte Carlos, com dezenas de estátuas de santos e profetas e muitas barraquinhas de artesanato. Construída em 1357 e hoje só de pedestres, ela une a Cidade Velha a Malá Strana, a parte de Praga que mais se manteve no passado.

Nesse lado do rio fica o Castelo, construído no século 9 no local onde surgiu a cidadela que deu origem à Praga. Reformado diversas vezes, seu estilo desde 1541 é renascentista, e lá funciona desde 1918 a sede do Governo da República. Visitar a Galeria de Pinturas, a Basílica de São Jorge, a Catedral de São Vito, o Palácio Real, os Jardins Sul e a típica Viela Dourada, pelos ourives que lá moravam no século 17 em casinhas coloridas dos dois lados desta estreita rua. Descendo do Castelo pela Rua Nerudova (assim chamada porque Pablo Neruda morou lá), você passa por casas famosas por seus brasões: a Águia Vermelha, os 3 Violinos, a Ferradura Dourada, a Lagosta Verde, os Dois Sóis e o Cisne Branco. Em Malá Strana vale a pena visitar a igreja barroca de São Nicolau, na praça principal, uma obra-prima com belos afrescos, pinturas e estátuas.

Mas é outra igreja bem menor que é a mais visitada: a de Nossa Senhora Vitoriosa, primeiro prédio barroco da cidade, onde fica a imagem do Menino Jesus de Praga, a quem atribuem curas milagrosas. Visitar o pequeno museu no segundo andar da sacristia.

No centro há ainda outras atrações: Museu Mozart, Museu Técnico Nacional e Museu de Praga, além do cemitério de Olsany onde está enterrado Franz Kafka, e do Palácio de Tróia.

O Museu Mucha abriga a maior coleção de objetos e pinturas do maior nome da Art Deco: Alphonse Mucha.

Se você gosta de música, não deixe de assistir aos muitos concertos grátis que acontecem todos os dias em muitas igrejas (a garotada distribui panfletos nas esquinas com as informações). O Teatro Nacional tem sempre uma ópera, concerto ou balé em cartaz, e, ao seu lado, a Lanterna Magika revive a tradicional arte do teatro de improviso de luzes e sombras. Os grupos de pantomima e o Teatro Negro também fazem muito sucesso.


Cervejarias, bares, cafés e restaurantes:

Se você gosta de cerveja (pivo na língua local), as cervejarias de Praga são especiais, pois elas só servem cerveja (e nada mais) sem parar! E os garçons só param de servir se você mandar parar! E não estranhe se outras pessoas sentarem à sua mesa: isso é muito comum.
A cerveja mais conhecida é a Pilsner, clara e forte. Outras conhecidas são a Plzenské, a Gambrinus e a Staropramen.
Ao chegar num bar ou restaurante não fique esperando na porta: entre e sente-se onde estiver livre. Você vai se impressionar com a quantidade e a variedade de restaurantes, bares e cafés em Praga. Um atrás do outro!
O bar mais famoso é o U Zlatého Tygra na cidade velha e o mais autênticos é o U Medvídku na cidade nova.

Os dois melhores restaurantes são:

Peklo (Strahovské nadvori 1, Castelo) – nas catacumbas do Mosteiro Strahov, com móveis antigos, servindo comida tcheca e italiana.
Nebozizek (Petrinské sady 411, Mala Strana) – elegante, serve frutos do mar, com uma vista espetacular da cidade.

Atenção: sempre que for andar de táxi, combine antes o preço da corrida e peça para o motorista escrever o valor num papel, pois só de boca 30 coroas viram 300 rapidinho...

Compras em Praga:
As muitas e variadas lojas oferecem de tudo a preços mais baratos do que em outros países da Europa Ocidental. Os produtos mais tradicionais da cidade, como cristais da Boêmia, porcelanas e objetos de madeira, são sempre ótimas sugestões de presentes.
Antiguidades são também muito procuradas, assim como artigos militares e relógios antigos.
Artesanato local como tapetes, toalhas de mesa, brinquedos de madeira, ovos de Páscoa pintados, cestas e cerâmicas podem ser encontrados nas barraquinhas e em lojas.
Algumas lojas de griffes européias já surgem aos poucos na Rua Na Porici.