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quinta-feira, 8 de abril de 2010

NOVIDADES DE SAN FRANCISCO


Um dos mais novos e elegantes hotéis de San Francisco é o St. Regis, que fica próximo ao Museu de Arte Moderna e junto ao Museu da Diáspora Africana. Misturando arquitetura antiga e uma moderníssima torre de 40 andares, o hotel oferece um serviço inigualável e uma decoração com toques asiáticos.

Este cinco estrelas tem obras de arte valiosas ornamentando seus salões e as diárias começam em USD 275.00. A hospitalidade vale cada centavo e os mordomos dos andares Concierge conseguem tudo o que você precisar na hora!
Dois restaurantes oferecem menus gastronômicos da maior qualidade, e o Remède SPA tem todos os tratamentos possíveis para ajudar a relaxar e tonificar o corpo.

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O restaurante Quince reabriu em novo endereço, agora no Financial District, e já se tornou o preferido da turma que adora a comida italiana em estilo caseiro do chef Michael Tusk, feita só com produtos orgânicos fornecidos pelos fazendeiros da região. Há um menu-degustação que faz muito sucesso, com cinco pratos, diferentes todos os dias.

Porém a maior procura é pelas carnes grelhadas com vários acompanhamentos - a musse de espinafre é perfeita - e pelas massas bem leves, como o nhoque com ervilhas. Mas o que faz a diferença mesmo é o serviço de primeira e o ambiente descontraído de restaurante de antigamente.

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Fundada em 1953 e cada vez mais badalada é a City Lights Bookstore, uma livraria que é o paraíso dos literatos e poetas de San Francisco. Livros raros aos montes, últimos lançamentos e "best-selllers" da moda, além de muita atividade cultural, fazem do lugar um "point" imperdível.
Quase todo dia acontecem eventos como noites de autógrafos e palestras de autores famosos, atraindo uma turma animada que fica lá até altas horas. Bem divertido.

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A fascinante e inspiradora história de Walt Disney pode ser vista e sentida de perto no Walt Disney Family Museum, aberto recentemente no Presidio de San Francisco, a antiga base militar transformada em parque nacional.

Lá você pode ver os sucessos e os fracassos de uma vida inteira dedicada à diversão sadia de um homem que encantou gerações com suas idéias inovadoras e otimistas.
No museu você ouve a história do homem por trás do mito em sua própria voz, e as exposições revelam sua inpressionante visão desde os primeiros esboços dos personagens mais populares até os planos para a Disneylândia e EPCOT.

Projeções de filmes, palestras, cursos e muitas novidades estão atraindo não só a criançada mas também legiões de adultos que cresceram assistindo aos desenhos animados e visitando os parques temáticos. Um bom programa para toda a família.

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Depois de 10 anos em obras e 500 milhões de dólares gastos em sua reforma, finalmente reabriu a California Academy of Sciences , uma obra de arte em arquitetura auto-sustentável mesclando-se perfeitamente à natureza do Golden Gate Park, com centenas de exibições inovadoras e milhares de plantas e animais extraordinários.

A academia, um dos dez maiores museus de história natural do mundo, é uma única estrutura formada por vários espaços, incluindo aquário, planetário, museu de história natural e uma floresta tropical ocupando 4 andares. Além disso há o cinema em 3-D, o salão de conferências, o Centro Naturalista, dois restaurantes, o jardim e o aviário, o incrível terraço vivo, e é claro, uma loja.

O prédio abriga ainda o laboratório científico, a biblioteca e um imenso arquivo com mais de 26 milhões de espécimens. Construída pelo arquiteto Renzo Piano, a nova academia funciona em três níveis: exibindo a coleção, educando o público e fazendo pesquisa científica. Uma visita inesquecível para visitantes de qualquer idade.

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Se você gosta de antiguidades e quinquilharias bonitas e baratas, o melhor Mercado de Pulgas da Califórinia é o Alameda Point Antiques & Collectibles Faire, que vende desde rendas vitorianas e louça da época da Depressão, a mesas de cozinha de fórmica dos anos 50 e material para pesacarias.

Funcionando na antiga Base Aérea da Marinha de Alameda Point, a grande feira tem mais de 800 vendedores, o que faz você levar pelo menos meio dia para percorrer todas as barraquinhas. Lá só podem ser vendidos objetos com mais de 20 anos e nehuma cópia é permitida. O ticket custa de 5 a 15 dólares, dependendo do horário de entrada e o telefone é 510 522-7500. O Mercado só abre no primeiro domingo de cada mês das 6 da manhã às 3 da tarde, e está sempre lotado pelas boas barganhas disponíveis.

quarta-feira, 19 de março de 2008

O CHARME DE SAUSALITO

Na próxima vez que você viajar para San Francisco na Califórnia, não pode deixar de conhecer Sausalito e Muir Woods, dois lugares ótimos para relaxar e curtir muito a natureza.
Você chega lá atravessando a baía pela ponte Golden Gate ou pelas barcas que partem do Píer 39, e logo vai ver a quantidade de casas nas encostas muito arborizadas, os “houseboats” de todos os tamanhos, os ancoradouros cheios de barcos, as galerias de arte, as butiques charmosas e os ótimos restaurantes.

Sausalito tem uma incrível herança cultural que você não percebe à primeira vista, e é muito gostoso passear pela Bridgeway e ver os diversos estilos trazidos pelas muitas mudanças que lá ocorreram desde a sua fundação em 1830.
A cidade já foi um vilarejo mexicano, um movimentado porto internacional, um grande centro de cassinos e bordéis, um estaleiro de navios para a Segunda Guerra Mundial, uma grande colônia de artistas e hippies e finalmente um sossegado e sofisticado vilarejo e destino turístico.

Muita gente conhecida morou lá desde o século passado, desde William Randolph Hearst, filho do magnata da imprensa americana ao famoso gângster “Baby Face” Nelson, que ficou anos escondido no bordel chamado Walhalla, cuja dona, a cafetina Sally Stanford, acabou sendo eleita prefeita da cidade em 1976.

Na cidade você encontra gente de todos os tipos, como artistas plásticos, advogados, escritores, pescadores e médicos vivendo em harmonia total em suas casinhas mais simples ou em mansões milionárias. Você tem que ver de perto as casas flutuantes e os deques de pescadores para sentir o espírito da cidade. A população jovem é cada vez maior e mais atuante nas artes e na música. Nas praças há sempre alguma apresentação de bandas jovens, principalmente no verão.

Durante os meses do verão milhares de barcos passam os dias inteiros navegando pela baía. No inverno, entretanto, apesar do frio, outros barcos fazem a festa: são os de pescadores de arenque que têm as melhores pescarias de dezembro a fevereiro. O arenque, você sabe, produz excelentes ovas que são muito apreciadas no Japão e na Coréia, e toneladas delas são exportadas todos os anos.

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E os restaurantes?

Quase todos os restaurantes ficam debruçados sobre o mar com a vista espetacular da baía cheia de barquinhos, a Golden Gate e a cidade de San Francisco lá atrás.

Poggio Trattoria – 777 Bridgeway – 415 332-7771
Na rua principal, no térreo do hotel Casa Madrona, tem sua própria horta de produtos orgânicos no jardim atrás da cozinha. Italiano bom, gostoso, e barato.

Spinnaker – 111 Spinnaker Drive – 415 332-1500
Construído em cima do mar, com as paredes todas de vidro para você comer e sonhar. Peixes, crustáceos e massas da melhor qualidade. Vive cheio. Ótimo.

Fish – 350 Harbor Drive – 415 331-FISH (3474)
Como o nome mesmo diz, especializado em peixes e frutos do mar. Dos melhores de Sausalito.

Os bons hotéis:

Hotel Sausalito – Com apenas 16 quartos decorados com o maior bom gosto, é o hotel-butique mais charmoso de lá. Diárias a partir de USD 155.00.


The Pelican Inn – Localizado a 20 minutos de Sausalito e de Muir Woods, o antigo hotel continua uma graça, quartos decorados com muito bom gosto e diárias começando em USD 150.00. O seu restaurante é dos melhores da região.


As galerias de arte mais curiosas:

Tapia Art Gallery – Funcionando desde 1974, é a galeria do casal Bob e Rosemary Tapia: ele pinta marinhas e ela flores. Telas, gravuras e serigrafias bem bonitas.

Spirit in Stone – Esculturas em pedra de todos os tamanhos e preços. Tem sempre uma para você comprar e levar de lembrança.

Um museu bem simpático:

The Bay Area Discovery Museum – 557 East Fort Barker
Na ponta de cá da Golden Gate tem de tudo sobre a baía e as várias cidades à sua volta. As crianças adoram a parte interativa, cheia de brincadeiras educativas.

Mas dizem as más línguas que o melhor de Sausalito é a vista de San Francisco across the bay...

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MUIR WOODS


No Mill Valley, ao norte de Sausalito, fica a floresta Muir Woods, onde estão as famosas árvores gigantes de madeira avermelhada chamadas “redwoods”, algumas com mais de 1500 anos de idade e mais de 60 metros de altura. È um passeio imperdível, pois as surpresas são muitas.



Andar pelo parque é uma experiência inesquecível, pois só de perto é que você consegue perceber o tamanho descomunal das sequóias. Há árvores que dez pessoas de mãos dadas não conseguem abraçar, e outras com túneis cavados nos troncos por onde passavam carros! Vejam essas fotos dos anos 40 que eu desencavei!

Como elas são muito altas, as copas se entrelaçam e a floresta fica escura, fria e úmida mesmo no verão, já que os raios solares não conseguem passar pelas folhas e chegar ao solo, sempre com muito musgo. Você percorre o bosque e cruza várias vezes com o riacho Redwood Creek, cheio de pontes de madeira e pequenas cachoeiras. Há várias trilhas muito bem sinalizadas para você não se perder. A vegetação é impressionante, e as grandes samambaias estão por toda a parte, além dos esquilos, pássaros, cogumelos de todos os tipos e minhocas!

Durante anos os visitantes passeavam, andavam de bicicleta, acampavam nos fins de semana, faziam piqueniques e se divertiam muito com seus cachorros, o que acabou ocasionando danos bem sérios à natureza local. De um tempo para cá tudo isso é proibido, inclusive entrar de carro, e o parque parece que renasceu de tanto verde.


Uma das coisas interessantes é ver um pedaço enorme de um tronco cortado, onde estão assinaladas as diversas idades da árvore, desde o seu nascimento antes da descoberta da América por Colombo até o dia em que foi derrubada, além de várias datas importantes da história dos Estados Unidos. Incrível!

No meio das trilhas há uma lanchonete que vende sanduíches, refrigerantes e o sempre presente café Starbucks, e também, é claro, uma lojinha onde você pode comprar mudas e sementes das sequóias para plantar no seu jardim. Já pensou seus bisnetos e tataranetos encantados com tal árvore que o velho plantou no século 21?

sábado, 23 de fevereiro de 2008

AMÉRICA DO NORTE DE PONTA À PONTA!

No início dos anos 70 eu fui levado por uma amiga para conhecer a famosa D. Stella Barros, dona de uma das maiores agências de turismo da época e que estava sempre precisando de guias para acompanhar suas muitas excursões. Conversamos um pouco e logo vi que ficaríamos amigos, apesar da grande diferença de idade. E ficamos, pois ela era animadíssima e adorava viajar também. E o resultado foi que durante alguns anos levei vários grupos da agência dela e por várias vêzes nos encontramos pelo mundo afora, eu como guia e ela aproveitando as suas férias!

Como eu era fotógrafo e modelo free-lancer, podendo adiar alguns compromissos, dois dias depois do nosso papo eu já estava embarcando num avião da Pan Am com 45 brasileiros numa excursão que depois eu acompanhei mais três vezes nos anos seguintes. Chamava-se “América do Norte de Ponta a Ponta” e visitava as principais cidades do México, Estados Unidos e Canadá em exatos 45 dias! Era um senta-e-levanta danado, voávamos pelo menos umas 10 vezes, viajávamos também de ônibus, mas as novidades eram muitas e a turma adorava. E você conhecia o melhor de cada lugar.

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A maratona começava na Cidade do México – visitávamos em 3 dias o Museu de Antropologia, os jardins flutuantes de Xochimilco, as Pirâmides do Sol e da Lua e passeávamos muito pela Zona Rosa. De lá íamos de ônibus almoçar em Cuernavaca e chegávamos ao final da tarde para dormir em Taxco, a cidade das minas de prata. Lá a programação incluía a Igreja de Santa Prisca, maravilhosa, e à noite o show dos índios voadores, uns nativos malucos que amarravam cordas nos pés e saltavam de um poste com mais de 15 metros de altura, tipo um “bungee-jump” de pobre, e alguns batiam com a cabeça no chão de pedra! E não sei também como não quebravam os tornozelos, pois as cordas não eram elásticas e o tranco era bem forte...

O hotel era a Posada de la Misión, uma “hacienda” antiga com quartos aconchegantes com vigas de madeiras nos tetos e lareiras sempre acesas. Como a cidade é tombada pelo Patrimônio Histórico e carros não entram, nossas malas eram transportadas nos lombos de burricos que adoravam beber cerveja! Você dava umas moedas para os garotos e eles metiam uma garrafinha de Sol entre os dentes dos bichos que bebiam até a última gota, relinchando de felicidade. Nos jardins os enormes iguanas com as bocas costuradas – para não morder – eram as atrações das nossas fotos!

No dia seguinte estávamos em Acapulco, o famoso balneário freqüentado pelos astros de Hollywood. Nós alugavamos jipes conversíveis e era o dia inteiro pra lá e pra cá, conhecendo todas as praias e fazendo muito “parasail”. O hotel era o espetacular Acapulco Princess. Três dias depois de muita praia e muitas margaritas voávamos para Los Angeles. Na hora de ir para o aeroporto eu tinha que pegar uns desgarrados que ainda estavam enchendo a cara na praia e que embarcavam de calção, camiseta e sandália, bem doidões e sujos de areia!

Passeios por Hollywood, Beverly Hills, Marineland of the Pacific (o Seaworld da época) e uma ida à Disneylândia em Anaheim e ao Hollywood Wax Museum nos mantiam bem ocupados nos 4 dias passados em L.A.

Aí chegava a vez de Las Vegas, com o tal avião da “Champagne Airlines” que sacolejava o tempo todo. O hotel era o Flamingo – o mais conhecido da cidade, antes dos hotéis temáticos de agora – e os shows eram com Harry Belafonte, The Carpenters, Tony Bennet, Jack Jones e, acredite se quiser: Liberace!

Mais um vôo rápido e estávamos em San Francisco! Muitos passeios de “cable-cars”, idas a Chinatown, Fisherman’s Wharf, Sausalito, Carmel e Monterey, além de comer muitos “king crabs” e peixes maravilhosos. O hotel era o Hilton, como em todas as outras cidades dos USA da excursão. Nessa época tinha acabado de inaugurar uma lojinha simpática e barata onde compramos muitas camisetas, bermudas e jeans. Chamava-se GAP! Já ouviu falar?

Um longo vôo no primeiro Jumbo 747 da Pan American que eu viajei na vida e chegamos a Chicago, ficando no Conrad Hilton de frente para o lago Michigan que mais parece um mar de tão grande. O grupo ficou muito impressionado porque a maioria dos empregados do hotel e da população era negra. Apesar de educados e simpáticos, chamavam muita atenção pelas roupas extravagantes, pois era o final dos anos do “flower-power”, hippies, cores e drogas psicodélicas, cabelos “black power” e música do Marvin Gaye tocando o dia todo. Passeamos muito, visitamos o sensacional Museu da Ciência e Indústria, mas a turma ficou aliviada quando embarcamos para Buffalo, na fronteira com o Canadá.

Niagara Falls é “o” ponto turístico por excelência, pois tudo foi construído em função e em volta da linda cachoeira para que os visitantes possam vê-la de todos os ângulos possíveis. Você pode passar de barco quase debaixo dela em meio à maior neblina de água, pode descer por elevadores cavados na rocha até a sua base e quase ficar surdo com o barulho ensurdecedor - e mesmo usando fedorentas capas de plástico amarelo e enormes botas de borracha o banho é total! Você sai um pinto! Pode ainda vê-la de vários pontos das suas margens, passar na frente dela de bondinho aéreo ou subir numa das muitas torres com deques giratórios de dia ou de noite. E é só o que a cidade tem, além de passeios pelos parques floridos, diversos restaurantes, e um monte de suvenires para comprar. Mas era uma parada perfeita para descansar bem no meio do extenso itinerário.

De lá nós pegávamos um moderno ônibus canadense e visitávamos Niagara on the Lake, uma graça de cidade antiga, e seguíamos para três dias em Toronto, outros três em Ottawa, dois em Quebec e mais três em Montreal! Todos do grupo sempre ficavam impressionados com as paisagens e a limpeza das cidades, os prédios históricos, museus e parques, além dos excelentes hotéis e o comércio bem barato por conta da desvalorização do dólar canadense. E de ônibus nós voltávamos a entrar nos Estados Unidos passando por Saratoga – uma pequena cidade famosa pelos haras e corridas de cavalos, e chegávamos em grande estilo ao Hilton de Nova York!

Aí era uma festa: museus, Broadway, muitas compras, passeios que sempre incluíam uma subida ao terraço do extinto World Trade Center e até um cruzeiro à volta da ilha de Manhattan que ia até a Estátua da Liberdade. Nessa época existiam na Rua 46 várias lojas chamadas “de brasileiros” que eram verdadeiras espeluncas atravancadas de prateleiras e caixas até o teto que vendiam exatamente tudo que a brasileirada queria: toalhas de mesa de plástico, batons, maquiagem e cremes da Revlon, baralhos de plástico KEM, calças Lee e Levi’s, sapatos Top Sider, talheres com cabo de bambu dourados, rádios portáteis, câmeras e muito mais.

O que a turma adorava era que os vendedores falavam português, sabiam os tamanhos das roupas e, o mais importante, não cobravam a famosa “plus tax”, desde que as compras fossem pagas em dinheiro vivo!
Mas cá entre nós, para mim o mais importante é que essas lojas davam 10% de comissão para os guias que levassem lá seus passageiros – perfeito para quem já estava no 30º dia de viagem e sem cartão de crédito, já que os primeiros cartões brasileiros com validade internacional só apareceram em 1992...

Pensa que a viagem acabou? Nada disso! Depois de mais um vôo estávamos em Washington D.C. visitando os monumentos e museus maravilhosos. De lá pegávamos o penúltimo vôo da excursão para a Terra do Mickey e chegávamos ao Walt Disney World, que tinha acabado de inaugurar em Orlando e era a grande novidade do momento! E como acontece até hoje os adultos viravam crianças no Magic Kingdom, que era o único parque aberto. O Epcot Center ainda estava só no papel. O hotel era o Hilton de Lake Buena Vista, excelente até hoje.

De ônibus chegávamos a Cypress Gardens e víamos um dos shows espetaculares de esqui aquático. Mais um pouco de estrada e Miami nos esperava para o término da viagem. O hotel era o imenso Fontainebleau, que os americanos chamam de "fountainblue", ótimo, mas meio fora de mão para a turma que só queria passear pela Flagler Street, cheia de lojas. Víamos os papagaios do Parrot Jungle, o palácio Vizcaya, e mais golfinhos e focas no pequeno e antiquado Seaquarium. E o pessoal corria para as últimas comprinhas que sempre incluíam mais uma mala – e como lá também havia as tais lojas de brasileiros, no último dia eu recebia os 10% que muitas vezes, dependendo do tamanho do grupo e da sanha consumista da turma, chegava a mais de mil dólares!

E eu pegava a minha grana e ia para o Bal Harbour, o shopping mais bonito da Flórida, para comprar roupas numa outra loja transadérrima e baratíssima que também acabara de abrir: a Banana Republic. Bons tempos aqueles...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

CÃES E GATOS NO NATAL DE SAN FRANCISCO!



Uma ótima tradição que acontece há 20 anos durante o Natal em San Francisco é a adoção de gatos e cachorros abandonados. O Macy's lidera o movimento e coloca os filhotes em suas vitrines para atrair os interessados.
A árvore do Macy's é a maior e mais bonita da cidade

A árvore da Prefeitura


No Ghirardelli Square a árvore é sempre bonita e nessa época os estoques dos famosos chocolates chegam a esgotar!





Os moradores da Union Street enfeitam suas casas com milhares de luzes, tornando a rua a mais clara da cidade!










O sempre animado Pier 39 fica lotado até tarde da noite

domingo, 13 de maio de 2007

I LEFT MY HEART IN SAN FRANCISCO

Como Tony Bennett afirma na famosa canção, não há como visitar San Francisco sem se apaixonar por esta cidade tão especial com as ruas pontilhadas de casas vitorianas, os bondinhos barulhentos subindo e descendo as várias colinas, os ótimos restaurantes de frutos do mar, o variado comércio, a baía linda cheia de ilhas e barcos e a ponte Golden Gate dando boas vindas a todos.
Originalmente habitada por índios e “descoberta” pelo almirante inglês Sir Francis Drake, a cidade cresceu sob cinco domínios de 1579 a 1850 e absorveu todas suas influências: Inglaterra, Espanha, México, República da Califórnia e finalmente Estados Unidos. Um dia descobriram ouro e correu a notícia de que lá era um lugar para se ficar rico rápido, o que atraiu imigrantes e aventureiros. Em 1906 um fortíssimo terremoto seguido de incêndio arrasou a cidade, obrigando os sobreviventes a reconstruí-la da forma maravilhosa que permanece até hoje.

Não há nada mais característico de San Francisco que o som dos “cable-cars” subindo e descendo as ladeiras, com os sinos tocando em todos os cruzamentos. Funcionando desde 1873, os bondinhos funcionam com um sistema subterrâneo de cabos de aço que os puxa ladeira acima e os freia ladeira abaixo, controlados pelos experientes condutores. Hoje três linhas com 44 bondinhos cortam a cidade e transportam mais de 13 milhões de passageiros por ano, sendo um meio de transporte usado igualmente por moradores e turistas. E se você só fizer uma única viagem neles, que seja na Linha Powell-Hyde, com as melhores vistas panorâmicas e as curvas mais fechadas. Pegando o bondinho no ponto final do Fisherman’s Wharf em meia hora você chega à Union Square, bem no centro da cidade. É lá que o grande comércio fervilha...
Em volta desta praça ficam a Macy’s, Tiffany, Ferragamo, Brooks Brothers, Neiman Marcus e Saks Fifth Avenue. Outras tantas lojas estão na Post Street, o equivalente à Quinta Avenida de New York (entre a Stockton e Montgomery) com as grifes mais famosas: Polo, Cartier, Bulgari, Versace, Armani, Dunhill, Escada e muito mais.

No Wharf dois simpáticos shopping-centers e um ancoradouro fazem a festa dos consumistas: The Cannery e Ghirardelly Square, duas antigas fábricas reformadas que hoje abrigam butiques e restaurantes, e o sempre cheio Píer 39 com seu enorme deque de madeira avançando pelo mar, com mais lojas e excelentes restaurantes de frutos do mar. De suas muradas vê-se dezenas de focas e leões-marinhos tomando sol nas bóias e fazendo a maior algazarra, para a alegria da criançada. Dos dois lados fica a marina, com embarcações de todos os tipos.

Desse píer partem os barcos que cruzam o grande mar, passando pela Ilha de Alcatraz e sua misteriosa prisão desativada (há visitas guiadas diàriamente), por baixo da ponte Golden Gate e chegando a Tiburon e Sausalito, dois charmosos vilarejos de onde se tem a melhor vista de San Francisco, do outro lado da baía. A empresa chama-se Blue & Gold Fleet e são muitos os horários das partidas.

Vale a pena fazer um passeio de barco, saltar em Sausalito e andar pelas ruelas cheias de ateliês de artistas e pequenos e irresistíveis cafés com mesinhas nas calçadas à beira do mar. O pôr do sol com a silhueta da Golden Gate é um impressionante cartão postal.

Um ponto muito visitado é o Embarcadero Center, mais acima do Píer 39, um grande e moderno complexo de prédios de escritórios e um grande shopping, em meio a jardins com esculturas e fontes. Mais acima, na esquina da Market e 4th streets fica a grande novidade da cidade: The Metreon, o moderníssimo prédio da SONY, com vários andares onde estão expostos os novos lançamentos de eletrônicos (e você pode mexer e brincar com todos eles), um multiplex com 15 cinemas (inclusive um IMAX – aquela projeção digital na telona quadrada), uma “gaming arcade” com centenas dos mais recentes vídeo-games, e ainda restaurantes para todos os gostos e bolsos.

Mas o que o Metreon tem de mais sensacional é a vista de suas enormes janelas de vidro para o Yerba Buena Gardens – uma grande área verde em pleno centro da cidade – e para o Museu de Arte Moderna, outra visita obrigatória.

Outro museu importante é o Ansel Adams Center (655 Mission street) especializado em fotografia. O Museu de Arte Asiática, no Golden Gate Park, tem obras de arte de mais de 40 países. E para quem gosta de coisas diferentes e engraçadas, o museu Ripley’s Believe it or Not é um prato cheio!
O Golden Gate Park, aliás, merece uma visita de dia inteiro, tantas são as suas atrações: o Jardim Japonês e sua casa de chá, o Museu Young, a Academia de Ciências, o Conservatório de Flores, o Jardim Botânico, um autêntico moinho de vento holandês em tamanho natural e várias quadras esportivas e parquinhos para crianças.

San Francisco abriga ainda a maior comunidade chinesa dos Estados Unidos, e sua Chinatown é uma atração à parte. A entrada oficial fica na Grant avenue com Bush street, onde um grande portal vermelho dá as boas-vindas. Milhares de lojinhas de ervas, incensos, objetos curiosos e muitos açougues com patos e outros estranhos animais comestíveis pendurados em suas vitrines atraem a curiosidade de todos.
Seus restaurantes são famosos, e um dos mais tradicionais e sempre cheio chama-se Empress of China (838 Grant Avenue – 434-1345). Sua decoração é impressionante e a comida mais ainda. Reserve uma mesa no último andar para apreciar a vista panorâmica enquanto você come um pato laqueado ou uma lagosta à moda de Cantão.

Outra comunidade oriental bem presente em San Francisco é a japonesa, e a Japantown ocupa três quarteirões entre as ruas Geary, Post, Laguna e Fillmore. Lá fica o Japan Center com sua enorme torre em forma de pirâmide abrigando galerias de arte, restaurantes (japoneses, claro), livrarias, bares de karaokê, um grande spa tradicional (Kabuki Springs & Spa) e dezenas de lojas de todos os tipos vendendo de tudo. O ponto central é a enorme Praça da Paz onde foi erguido um pagode de cinco telhados, presente do governo do Japão.

Mas a que mais chama a atenção é a comunidade gay, localizada no Castro District, que é o centro de sua vida social, com centenas de cafés e restaurantes descoladíssimos, lojas de roupas super-grifadas e sex-shops da pesada, alojados nas bem reformadas e transadas casinhas vitorianas. No centro do bairro fica o Teatro Castro, de arquitetura espanhola, onde são realizados festivais, shows musicais e apresentações das mais diversas. Se você se interessar, há um engraçadíssimo passeio a pé pelo bairro acompanhado por um guia que mostra marcos da história gay de San Francisco (reservas pelo telefone 550-8110)

Uma visita a San Francisco não estará completa se você não for até Twin Peaks ver a vista deslumbrante da cidade ou não descer a pé a Lombard Street, a rua mais torta do mundo. Tendo mais tempo, uma boa sugestão é conhecer Muir Woods com as famosas sequóias gigantes ou fazer uma degustação nos vinhedos dos vales Napa e Sonoma, cada vez mais conhecidos por conta do filme Sideways.


Uma sugestão de hotel charmoso e bem localizado: The Tuscan Inn (425 Northpoint Street), em pleno Fisherman’s Wharf. Veja na foto acima o seu aconchegante hall de entrada com lareira e tudo.
Uma sugestão de restaurante: Café Pescatore, no térreo do próprio hotel, um dos melhores para peixes e frutos do mar, além de massas e pizzas no forno de lenha.
E depois me diz se você também não se apaixonou por San Francisco...