quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

HAPPY NEW YEAR!

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domingo, 27 de dezembro de 2009

VOLTA AO MUNDO COM AS LUZES DO NATAL!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

CARTES POSTALES DE PARIS

A difícil escolha da sobremesa!

Nada como um Saint Émilion na hora do almoço!

A varanda do Hotel de l'Abbaye é um verdadeiro oásis.

A "square" Boucicaut vista de cima do Le Bon Marché.

Até os tapumes das obras em Paris são bonitos!

Você acaba comprando uma plaquinha antiga nos "bouquinistes" do Sena.

O museu d'Orsay é um dos meus favoritos.

Uma volta ao passado nessa loja que só vende soldadinhos de chumbo.

A arquitetura clássica fica perfeita com as três estátuas.

A plantinha do Natal: gui ou houx em francês, mistletoe e holly em inglês e visco em português.

As flores na rue de Buci dão um colorido especial ao dia chuvoso.

Cada buquê é mais bonito que o outro.

O cone de frutos do mar do Café Armani é delicioso!

A sorveteria Berthillon se enfeita para o Natal.

Os garçons do Café de Flore não param um minuto!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

DANDO UM PULINHO EM PARIS...

Quem lê esse blog há algum tempo sabe que sempre que posso, dou um pulinho em Paris! E foi exatamente isso o que eu fiz na semana passada, aproveitando uns dias de férias.

É claro que a cidade continua linda, agora já toda enfeitada para o Natal com muitas luzes azuis, mas pela primeira vez na vida ví alguns reflexos da crise: as lojas com pouca gente, bons restaurantes que eram difíceis de se conseguir mesa confirmando a reserva na hora, e até mesmo os museus mais vazios. E cada vez mais mendigos com cachorros nas calçadas.

Com cachorros? Pois eu soube que há uma lei municipal que não permite que os mendigos que tenham cachorros sejam recolhidos aos abrigos, sei lá porque! E cada vez tem mais...

Fui todo animado ao Centre Pompidou para ver a exposição do pintor Pierre Soulages, que gosto muito, e dei com o nariz na porta: os funcionários estavam em greve por conta de uma nova política de corte de pessoal e o museu permaneceu fechado.

Mas consegui ver alguns de seus quadros por acaso, pois andando pela rue de Seine descobri na Pascal Lansberg Galerie uma retrospectiva do pintor, complementando a mostra do Beaubourg.
Foi ótimo, porque tinha pouquíssima gente e pude apreciar bem de perto a sua arte.


No Musée d'Orsay, além do sempre fantástico acervo dos impressionistas, realizava-se a exposição Art Nouveau Revival, bem interessante e com algumas coisas bem malucas, como esse vaso sanitário em forma de mosca! Bem apropriado, não?

Fui pela primeira vez ao Museu Cernuschi, especializado em arte oriental, instalado numa mansão elegantíssima na rue Velasquez, em pleno Parc Monceau, o bairro mais chique de Paris.
Além da coleção incrível de objetos de arte da China, Japão e outros países da Ásia, estava acontecendo a exposição dos budas de Shandong, descobertos em 1996 em Qingzhou.
Valeu pela exposição e por ter conhecido uma casa lindíssima.

E os restaurantes?

Consegui jantar no Ze Kitchen Galerie, que eu tentava há anos e que já falei aqui no blog. Muito bom e badalado, cheio numa segunda-feira até quase a meia-noite, o lugar oferece a gastronomia inventiva do chef William Ledeuil, que diz cozinhar com "a criança que tem dentro dele". Por uma janela você pode ver parte da cozinha e apreciar a habilidade dos cozinheiros.
Wilson, um dos garçons, é brasileiro e trabalhou no Rio no Allegro Bistrô da loja Modern Sounds. As explicações sobre o preparo da comida e o seu relato sobre a vida de um garçom brasileiro em Paris foram ótimos. E todos os quadros expostos estão à venda, daí o Galerie.

Uma novidade descoberta por acaso foi o novo KGB ou Kitchen Galerie Bis, versão mais simples do restaurante acima na outra ponta da mesma rua. O almoço começa com três "zhordoeuvres" (o dono tem mania de colocar a letra Z em tudo) escolhidos pelo chefe e seguidos por ótimas sugestões do dia. Claro e bem decorado, serviço rápido e com preços bem mais baratos que os do irmão mais velho.

Na Ile Saint-Louis almocei no novíssimo SORZA, com as paredes vermelhas cheias de espelhos e comida italiana & mediterrânea, muito gostosa. Pequeno e apertado, como todos os restaurantes da ilha que se instalaram em prédios centenários, o lugar é ótimo e com gente bonita, a começar pelas garçonetes. Fica no número 51 da rue Saint-Louis-en-L'Ile, a principal da famosa ilhota.

Mais uma vez jantei no Alcazar, sempre animado e lotado. O lugar é lindo, a comida é ótima e o serviço perfeito. Nas paredes são projetados filmes clássicos antigos, e nesse dia era "Gilda", com a Rita Hayworth. No mezanino há um lounge que esquenta a partir das onze da noite com vários DJs, garantindo a presença da "jeunesse dorée" parisiense até alta madrugada. E como o lugar tem a assinatura do designer inglês Terence Conran, o bom gosto está garantido.

O bonitão está de volta!

A Maison Dior está fazendo uma nova campanha publicitária para relançar o perfume masculino Eau Sauvage - sucesso de vendas há décadas - mas na falta de novos modelos à altura do produto resolveu usar a mesma foto com o mesmo galã que posou para o seu lançamento em 1966: o ator Alain Delon.
Sucesso de bilheteria nos anos 60 com "O sol por testemunha", "Rocco e seus irmãos", "O eclipse" e "O Leopardo", o moço moreno de olhos azuis era considerado um dos homens mais bonitos do cinema, além de bom ator.
Atualmente com com 74 anos, Delon continua na ativa e é o astro da série policial de TV "Frank Riva". Mas é a sua foto aos 31 anos que está estampada em todos os jornais, revistas e lojas de departamentos fazendo o maior sucesso.
Os top models masculinos que se cuidem...

E entre uma coisa e outra, nada como sentar na varanda do antiquérrimo Les Deux Magots, tomar um vinho, comer um salmão defumado e ver a vida parisiense passar...



quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

DO FUNDO DO BAÚ

Áustria e Hungria, maio de 1997

Sentado no café do elegantíssimo Hotel Sacher de Viena, esperando para comer um pedaço da famosa torta de chocolate. Só que o vento mudou de direção e tive que sair correndo por causa do cecê da turma! Leia sobre essa terrível experiência clicando aqui.

Bem em frente ao Hotel Bristol fica a Ópera de Viena, onde estava fazendo muito sucesso o musical americano "O beijo da mulher-aranha" todo cantado em alemão. Ui!

Entre Viena e Budapest fica a Abadia de Pannonhalma, nas colinas de St. Martin, uma das mais antigas do mundo, construída em 996. Sede da congregação dos Beneditinos da Hungria, o lugar impressiona pela sua imponência. Hoje em dia os monjes, além das obrigações da igreja, plantam uvas Sauvignon Blanc, Gewürztraminer e Riesling, que, por coincidência, fazem os meus vinhos brancos preferidos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

COMBINANDO QUEIJOS E VINHOS

A idéia de combinar queijos e vinhos veio da Provence, na França, e foi logo adotada pelo mundo inteiro.
Não há nada mais gostoso que passar alguns momentos agradáveis degustando queijos diferentes acompanhados dos vinhos apropriados que realçam mais os sabores.

Esta combinação perfeita é também útil para quando estamos viajando e queremos fazer uma refeição leve e saborosa.

Na sua próxima ida à França ou à delicatessen mais perto da sua casa, leve a listinha abaixo e delicie-se com a sabedoria dos franceses. Só para informar, estou em Paris...

Brie
Servir puro, com pães, em saladas, em recheios e com carnes. Fica perfeito se acompanhado de vinho branco Chardonnay, para o Brie jovem, ou tinto Shiraz, para o Brie maduro, com mais de 30 dias.

Emmental
Servir puro, em fondues, sanduíches ou pratos para gratinar. Vai bem com vinhos tintos Pinot Noir e Cabernet Sauvignon.

Gorgonzola
Puro ou em sopas, pizzas e em molhos. Vai bem com vinho tinto encorpado do tipo Sangiovese.

Gruyére
Servir na tábua de queijos, em fondues, em quiches e pratos gratinados e em sanduíches frios, fatiado. Casa bem com vinho tinto Shiraz ou um Moscatel.

Parmesão
Servir puro, em saladas e carpaccio ou ralado sobre massas. Uma boa opção é ser acompanhado por vinho tinto do tipo Cabernet Sauvignon.

Camenbert
Servir puro, com pães, pêra ou maçã verde, em saladas, em recheios quentes. Com vinho tinto Shiraz, se o Camenbert for maduro (acima de 20 dias) ou um branco Chardonnay, se ele for jovem.

Provolone
Servir puro, assado ou à milanesa, combinando com vinhos tintos Pinot Noir e Sangiovese.

Roquefort
Servir com saladas e outros queijos, bebendo um vinho branco do tipo Semmilon Late Harvest, ou Moscatel.

Outras combinações:

Queijo de Cabra
- Perfeito com Sancerre ou outros vinhos de uvas Sauvignon Blanc.

Queijo Estepe - Brancos secos encorpados ou tintos jovens e frutados.

Queijo Frescal - Branco jovem e frutado.

Queijo Gouda - Brancos secos encorpados ou tintos jovens e frutados.

Queijo Minas - Branco seco leve.

Queijo Mussarela - Branco seco jovem leve e frutado.

Queijo Prato - Brancos secos encorpados ou tintos jovens e frutados.

Ricota - Branco seco jovem leve e frutado.

Stilton - Vinho do Porto, Sauternes, Recioto, Tokay, Aszú, colheita tardia brasileira ou chilena.

A temperatura certa

Nada faz mais diferença ao se beber um vinho do que a sua temperatura. É possível tanto favorecer quanto estragar servindo na temperatura errada, dando ao vinho fino um sabor desagradável quando isso acontece.


Os brancos, se gelados demais, não mostram toda a riqueza de aromas e qualidades e, se quentes, perdem totalmente o frescor.

Já os tintos, se muito frios ressaltam os taninos, e se quentes potencializam o álcool, tornando o vinho em qualquer uma das hipóteses, desagradável.

Segue uma sugestão das temperaturas mais adequadas a cada tipo de vinho:
Espumantes e brancos doces e leves: de 5º a 7° C.

Champanhes: de 6º a 8° C.

Vinhos Verdes: de 7º a 9º. Bebe-se durante o verão e são refrescantes. Servem-se bastante frios.

Brancos secos e Jerez fino: de 8º a 11º. Estes vinhos têm geralmente um perfume delicado que não se desenvolve se o vinho está frio demais.


Rosés mais leves entre 8º a 10º, e os mais evoluídos no máximo até uns 14º.

Brancos doces de 6º a 7º. Os vinhos doces, do tipo “Sauternes”, podem ser vinhos maravilhosos com um buquê acentuado e aromas de mel e acácia. Devem ser servidos muito frios para que a sua natureza licorosa não os transforme num xarope adocicado.

Brancos encorpados e Madeira ou Porto (Tawnies ou Ruby básico), de 14º a 16°.

Brancos leves (1 a 3 anos da safra) de 10º A 13º. Vinhos do tipo “Beaujolais” são frutados e tem muito frescor. Ficam melhor quando bebidos à temperatura da adega.

Tintos de média idade e Vinhos do Porto Ruby Reserva - de 16º a 18º. Podem ser consumidos logo ao retirar a garrafa da adega.

Tintos encorpados e Vinhos do Porto LBV e Vintage: de 17º a 20º. Há uma maior proximidade da nossa própria temperatura sendo o contato com a boca ainda mais harmonioso.

Bebendo o vinho na temperatura correta faz nossos sentidos ficarem mais aguçados às qualidades, aromas e sabores, tornando a degustação uma experiência inesquecível. Saúde!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

DIÁRIO DO GUIA # 7 : UM BICHEIRO EM BEVERLY HILLS!

Logo que eu cheguei de volta ao Brasil em janeiro de 68, depois de quase oito meses estudando na Escócia e passeando pela Europa, o que eu mais precisava era de um bom trabalho. E o melhor deles surgiu com meu tio Miguel, diretor da Lowndes Turismo, na época uma das mais chiques agências do Rio de Janeiro, que estava procurando alguém que falasse bem inglês, tivesse experiência em viagens, boas noções de geografia e cultura geral. Não deu outra, em meia hora eu me tornei um agente de viagens, pronto para o que desse e viesse!


E logo de cara atendi a um próspero senhor que queria programar uma viagem para seus pais e toda a família para Los Angeles, Disneylândia, Nova York, Paris e Roma! Eram 12 pessoas: dois avós, três netos adolescentes, dois cunhados com mais três filhos pequenos e uma babá com uma neta de dois anos. Uma verdadeira excursão!

Como ele só queria do bom e do melhor, já que dinheiro não era problema, os hotéis seriam cinco estrelas, três Mercedes-Benz com motoristas à disposição em todas as cidades, passagens de primeira classe e um guia durante a viagem toda, já que o tal avô era um bicheiro aposentado cheio da grana mas que nunca tinha viajado e ninguém da família falava inglês! E quem foi o guia?

Isso mesmo, o Luizinho aqui, que viajou de graça pela primeira vez na vida ganhando uma incrível diária de 40 dólares, uma verdadeira fortuna nos anos 60. Só para dar uma idéia, um sapato do Gucci custava 80 dólares - hoje custa mais de 400! Já viu que eu fiz a festa e voltei com as malas estourando!

Os hotéis foram os melhores: o Beverly Hilton de Los Angeles, o Disneyland Hotel de Anaheim, o Americana em Nova York (hoje Sheraton New York), em Paris o Plaza Athenée e o Excelsior em Roma! E lá fomos nós numa viagem muito engraçada.

Nossa primeira parada foi Los Angeles e a turma adorou o hotel, pois por mais dinheiro que tivessem, nunca tinham visto luxo igual. Ficaram encantados com os grandes e bem decorados quartos. O meu tinha uma enorme cama king-size com colchão d’água, uma grande novidade da época! “You’re gonna swim all night”, brincou o rapaz da recepção.

Mas foi só descer para tomar o café da manhã e a confusão começou: o restaurante era muito requintado, mil garçons à nossa volta, mas êles não gostavam de nada do cardápio e queriam que eu pedisse média com pão na chapa!

Naqueles tempos o único café que os americanos conheciam era o aguado “chafé”, servido na caneca alta com alça e sem pires. Pão só de forma ou croissants doces, e queijo só o francês camembert ou o ardido cheddar! A turma detestou tudo! Um dos garotos pediu “french toast” pensando que era torrada, mas ficou com cara de bobo quando trouxeram rabanadas bem encharcadas! Consegui convencê-los a provar ovos mexidos com presunto, que eles gostaram, mas disseram que era melhor no almoço! Mas pelo menos comeram...

Na hora de sair para visitar Hollywood, o velho bicheiro sempre agarrado a uma surrada sacola da Panam, disse que queria ir a um banco trocar uns traveller-checks por dinheiro vivo. Eu argumentei que seria mais seguro ir trocando aos poucos, mas ele retrucou: “O problema, Luiz, é que eu só sei assinar devagarzinho, e se tiver que assinar cheques nas lojas ou restaurantes eu demoro tanto que fico envergonhado”.

Morri de pena daquele senhor que poderia ser meu avô, cheio do dinheiro e sem saber escrever. Fomos a um banco de Beverly Hills, só eu e ele, conversei com o gerente que achou um absurdo trocar todos os cheques de uma só vez, e lá ficamos mais de três horas numa salinha reservada com o velho desenhando o nome em mais de 30 mil dólares em cheques!

Voltamos ao hotel com a sacola estourando de tantas verdinhas, enfiamos tudo no cofre e fomos passear pela Terra do Cinema.

Daí até o final da viagem na Europa a rotina era a mesma: toda manhã eu e ele íamos até o cofre - que antigamente era na recepção dos hotéis, e não nos quartos, como hoje - pegávamos um bolo de notas que eu punha na bolsinha de dinheiro por dentro da minha calça, e lá ia eu pagando tudo para a turma toda nos restaurantes, parques e lojas! Eu é que parecia o milionário sustentando a turma toda...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

E O VENTO LEVOU!

Você acredita que já houve um tempo em que os homens vestiam paletó e gravata para fazer um voo internacional e as mulheres, depois do jantar, trocavam seus elegantes "tailleurs" por camisolas e "negligées" mais confortáveis? Pois é verdade!
Na classe economica, bem menos apertada do que hoje em dia, as refeições e os drinques eram mais fartos e variados, e na primeira classe - a executiva ainda não tinha sido inventada - o luxo era total!
Veja a prova nessas incríveis fotografias enviadas por nossa fiel leitora Xantipa Maria.


Bons tempos aqueles...