A idéia de combinar queijos e vinhos veio da Provence, na França, e foi logo adotada pelo mundo inteiro.
Não há nada mais gostoso que passar alguns momentos agradáveis degustando queijos diferentes acompanhados dos vinhos apropriados que realçam mais os sabores.
Esta combinação perfeita é também útil para quando estamos viajando e queremos fazer uma refeição leve e saborosa.
Na sua próxima ida à França ou à delicatessen mais perto da sua casa, leve a listinha abaixo e delicie-se com a sabedoria dos franceses.
Só para informar, estou em Paris...
Brie
Servir puro, com pães, em saladas, em recheios e com carnes. Fica perfeito se acompanhado de vinho branco Chardonnay, para o Brie jovem, ou tinto Shiraz, para o Brie maduro, com mais de 30 dias.
Emmental
Servir puro, em fondues, sanduíches ou pratos para gratinar. Vai bem com vinhos tintos Pinot Noir e Cabernet Sauvignon.
Gorgonzola
Puro ou em sopas, pizzas e em molhos. Vai bem com vinho tinto encorpado do tipo Sangiovese.
Gruyére
Servir na tábua de queijos, em fondues, em quiches e pratos gratinados e em sanduíches frios, fatiado. Casa bem com vinho tinto Shiraz ou um Moscatel.
Parmesão
Servir puro, em saladas e carpaccio ou ralado sobre massas. Uma boa opção é ser acompanhado por vinho tinto do tipo Cabernet Sauvignon.
Camenbert
Servir puro, com pães, pêra ou maçã verde, em saladas, em recheios quentes. Com vinho tinto Shiraz, se o Camenbert for maduro (acima de 20 dias) ou um branco Chardonnay, se ele for jovem.
Provolone
Servir puro, assado ou à milanesa, combinando com vinhos tintos Pinot Noir e Sangiovese.
Roquefort
Servir com saladas e outros queijos, bebendo um vinho branco do tipo Semmilon Late Harvest, ou Moscatel.
Outras combinações:
Queijo de Cabra - Perfeito com Sancerre ou outros vinhos de uvas Sauvignon Blanc.
Queijo Estepe - Brancos secos encorpados ou tintos jovens e frutados.
Queijo Frescal - Branco jovem e frutado.
Queijo Gouda - Brancos secos encorpados ou tintos jovens e frutados.
Queijo Minas - Branco seco leve.
Queijo Mussarela - Branco seco jovem leve e frutado.
Queijo Prato - Brancos secos encorpados ou tintos jovens e frutados.
Ricota - Branco seco jovem leve e frutado.
Stilton - Vinho do Porto, Sauternes, Recioto, Tokay, Aszú, colheita tardia brasileira ou chilena.
A temperatura certa
Nada faz mais diferença ao se beber um vinho do que a sua temperatura. É possível tanto favorecer quanto estragar servindo na temperatura errada, dando ao vinho fino um sabor desagradável quando isso acontece.
Os brancos, se gelados demais, não mostram toda a riqueza de aromas e qualidades e, se quentes, perdem totalmente o frescor.
Já os tintos, se muito frios ressaltam os taninos, e se quentes potencializam o álcool, tornando o vinho em qualquer uma das hipóteses, desagradável.
Segue uma sugestão das temperaturas mais adequadas a cada tipo de vinho:
Espumantes e brancos doces e leves: de 5º a 7° C.
Champanhes: de 6º a 8° C.
Vinhos Verdes: de 7º a 9º. Bebe-se durante o verão e são refrescantes. Servem-se bastante frios.
Brancos secos e Jerez fino: de 8º a 11º. Estes vinhos têm geralmente um perfume delicado que não se desenvolve se o vinho está frio demais.
Rosés mais leves entre 8º a 10º, e os mais evoluídos no máximo até uns 14º.
Brancos doces de 6º a 7º. Os vinhos doces, do tipo “Sauternes”, podem ser vinhos maravilhosos com um buquê acentuado e aromas de mel e acácia. Devem ser servidos muito frios para que a sua natureza licorosa não os transforme num xarope adocicado.
Brancos encorpados e Madeira ou Porto (Tawnies ou Ruby básico), de 14º a 16°.
Brancos leves (1 a 3 anos da safra) de 10º A 13º. Vinhos do tipo “Beaujolais” são frutados e tem muito frescor. Ficam melhor quando bebidos à temperatura da adega.
Tintos de média idade e Vinhos do Porto Ruby Reserva - de 16º a 18º. Podem ser consumidos logo ao retirar a garrafa da adega.
Bebendo o vinho na temperatura correta faz nossos sentidos ficarem mais aguçados às qualidades, aromas e sabores, tornando a degustação uma experiência inesquecível. Saúde!