quarta-feira, 4 de julho de 2007

IT'S THE COCKTAIL HOUR!

Tem coisa melhor do que tomar um drinque no final da tarde, antes de sair para jantar, em qualquer lugar do mundo em que você esteja? Em Estocolmo ou Londres, New York, Paris ou Santiago, em Punta Del Este, Sydney ou Honolulu, Budapeste, Barcelona ou Toronto, sempre faz parte dos meus planos de viagem pelo menos uma hora de relax por dia bebericando num bar para recarregar as baterias antes da programação noturna.

Em Estocolmo, no país da vodka Absolut, o melhor bar é o anexo da Ópera, todo high-tech com janelas dando para o Palácio Real. Chique e badalado, musiquinha baixa, iluminação suave, tem só um grande defeito: não servem a Absolut, só vodkas estrangeiras! E o garçom fez a maior cara feia quando eu pedi. O jeito foi tomar umas Stolis com muito gelo e uma casquinha de limão, também ótimas. A Absolut eu comprei na loja Duty Free do Galeão e tomei lá em casa mesmo...

Em Londres, capital do país do Scotch, o chique e aconchegante Eagle Bar and Diner em Rathbone Place, no Soho, é perfeito para provar uísques diferentes. Apesar de ser fã dos Red e Black Labels, eu tomei um Glenmorangie Sauternes Finish, maravilhoso. É uma edição limitada do uísque que depois de envelhecido fica ainda alguns meses em barris que anteriormente foram usados na fabricação do vinho Sauterne do Chateau d’Yquem, dando um gosto mais redondo e perfumado. A garrafa custa mais de 250 libras e ai de você se pedir gelo! Pecado mortal naquelas bandas...

Em Budapeste todos os pequenos bares com mesinhas na calçada em frente ao Castelo lá em cima da montanha de Buda servem todas as bebidas do mundo, mas fiquei surpreso ao provar o vinho tinto “da casa”, o espetacular Plavac do vinhedo Zlatan. Encorpado mas leve, com aromas de ervas e minerais, foi uma descoberta e tanto, principalmente pelo preço, baratíssimo!

Em Paris o meu drinque antes do jantar é sempre no café Les Deux Magots, na Place St. Germain, e invariavelmente é o vinho Sancerre G. Terrier, leve e claro, acompanhado de torradas com patê ou salmão defumado.

Da última vez que estive em Paris, entretanto, na casa dos meus primos Maria Cecília e José tomei um Armagnac sensacional recomendado pelo especialista em bebidas Francis Darroze, pai da famosa chef francesa Helène Darroze.

Já em Barcelona o bar do Hotel Majestic é ótimo: todo forrado de madeira escura, um pianinho ao fundo, drinques generosos e ambiente gostoso e calmo onde eu tomo Black Label. Mas para um happy-hour mais agitado o melhor é o Mojito Club, onde, é claro, a bebida mais popular é o Mojito, super bem feito!

Em New York, desde que o Hotel Plaza entrou em obras e o Oak Bar fechou, tenho ido sempre ao King Cole Bar do St. Regis, onde os dry-martinis são inigualáveis. O bar é antiqüíssimo e foi onde inventaram o Bloody Mary, santo remédio para as manhãs de ressaca. No verão, porém, o badalo do final da tarde é no Pen-Top Bar & Terrace do Hotel Peninsula, na esquina da quinta com 55 onde os Cosmopolitan são tão sensacionais como a vista da cidade lá de cima...


Saúde!

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