sexta-feira, 28 de maio de 2010

NOVAMENTE EM NOVA YORK!

Mais uma vez fui bater pique em Nova York, uma das minhas cidades preferidas, nem preciso dizer, e não parei um minuto para aproveitar bem o pouco tempo.


No Radio City Music Hall apinhado de gente e "sold out" assisiti ao show da Diana Ross que não se apresentava ao vivo há mais de 20 anos e que está iniciando uma turnê mundial. Magra e alinhadíssima, com o velho charme e a voz perfeita, a cantora de 66 anos levantou a platéia várias vezes com os sucessos de sempre e algumas boas novidades.

Diana Ross: I will survive! from Luiz Dale on Vimeo.

A noite terminou com uma homenagem a Michael Jackson, que ela sempre considerou como filho. Emocionante e inesquecível!

The Addams Family, o musical da Broadway baseado na antiga série de TV e nos dois filmes de Hollywood, tem o engraçadíssimo Nathan Lane como Gomez e a ótima Bebe Newirth como Morticia, lotando o Lunt-Fontanne Theatre desde a estréia. Apesar do primeiro ato ser um pouco arrastado, o segundo é ótimo e arranca gargalhadas do público que aplaude de pé no final. Leve as crianças, elas vão adorar!

No Marriott Marquis o espetáculo da coreógrafa Twyla Tharp com música do Frank Sinatra é das coisas mais sensacionais que eu vi na vida! Come Fly Away tem uma orquestra de 19 pessoas ao vivo no palco e a voz do Sinatra perfeitamente encaixada nas lindas canções, entre elas Wave do Tom Jobim. Os bailarinos - verdadeiros atletas - conseguem executar passos dificílimos como se não estivessem fazendo esforço algum, tão bons que são. O final com a música My Way é de arrepiar! Imperdível!

No MoMA a exposição de fotografias do Henry Cartier-Bresson é extensa e fascinante. Uma interessante retrospectiva do Picasso expõe 100 telas e desenhos nunca antes expostos em museu algum do mundo.

Já a performance "The Artist is Present" da artista Maria Abramovic é das mais estranhas, pois ela fica sentada numa cadeira no meio de um salão com um visitante sentado à sua frente, um encarando o outro sem falar nada, tudo sendo filmado o tempo todo. Prá que?

No Museum of Arts & Design está acontecendo a "Dead or Alive", uma exposição de esculturas e montagens utilizando coisas mortas ou vivas, como peixes, moscas, galhos e raízes de árvores, tudo muito estranho mas muito interessante. No sétimo andar o restaurante Robert já entrou nos trilhos, pois a comida é ótima e a vista do Central Park melhor ainda. Bom e barato.

No Metropolitan o Costume Institute está expondo a moda da mulher americana do século 18 até 1940 na mostra "American Woman", com roupas raras em cenários perfeitos e musicados. Veja o filme desta exposição clicando no nome do museu acima. Também estão sendo mostrados todos os quadros do Picasso do acervo do museu, e nos salões de arte medieval estavam expostos os "The Mourners", 28 pequenas estátuas de alabastro do túmulo do Duque de Borgonha esculpidas em 1450.

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Duas novidades:

Lembram-se da famosa discoteca Limelight, instalada dentro de uma igreja desativada no Village, que agitou muito a noite nova-iorquina nos anos 70 e 80? Pois bem, a igreja agora é um divertido mini-shopping-center chamado Limelight Marketplace, oferecendo mercadorias as mais variadas: novidades kitsch, toalhas de banho com monogramas da Olatz, bolsas de palha, chocolates MarieBelle, livros de arte e muita buginganga. Fica na 6ª Avenida com rua 20, e o telefone é 212 359-5600. E mais: todos os preços são negociáveis...

Lembram-se também do bar no terraço aberto do hotel Peninsula, na esquina da 5ª com rua 55, chamado Pen Top & Bar que eu já mencionei aqui? Pois ele agora virou o Salon de Ning, com ambiente todo oriental, cheio de sofás, pufes e almofadas, um lugar dos mais chiques e agradáveis. Abre a partir das quatro da tarde e vai em frente com música à noite. A vista lá de cima é sensacional!

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Restaurantes que não conhecia e adorei:

PerrySt - No térreo do prédio moderníssimo do Richard Meier todo de aço e vidro onde mora o Hugh Jackman, entre outras celebridades, no West Village, abriu esse restaurante que é o oitavo do chef Jean-George Vongerichten na cidade. Decoração minimalista do maior bom gosto e linda vista do rio Hudson, o lugar é freqüentado por pessoas descoladas de todas as idades e muitas celebridades. Comida fusion-asiática, alguns pratos bem apimentados, mas uma ótima experiência do princípio ao fim. Tem que reservar pois vive cheio. O Hugh e a Nicole Kidmann estão sempre lá.

ALTO - Escondido no fundo de uma arborizada pracinha na rua 53, entre as avenidas 5ª e Madison, que tem como decoração uma incrível parte do muro de Berlim, fica este moderno restaurante que é um verdadeiro oásis em meio à correria da hora do almoço. Ambiente elegante, cheio de executivos de terno e mulheres bem vestidas, tem garçons simpáticos e comida excelente. Drinques enormes! Quem quiser pode comer nas mesinhas do jardim, mas no verão o ar condicionado lá de dentro é o que vale. Muito bom.

Del Frisco's - Apesar do nome esquisito é um lugar perfeito para jantar depois do teatro, pois fica aberto até bem tarde. Enorme, grandes vidraças dando para a 6ª avenida, um bem sortido bar e servindo ótima e farta comida, lá você sempre consegue uma mesa. Faz parte da cadeira Double Eagle Steak House, que tem restaurantes espalhados por todos os Estados Unidos oferecendo carnes de primeira linha, além de peixes e crustáceos. O crab-cake é excelente!

OCEANA - Outro restaurante bem grande que também fica aberto até tarde servindo os melhores peixes e frutos do mar, perfeito para um "late supper" ou um almoço gostosíssimo. Um aquário mostra as lagostas e caranguejos vivos que você pode escolher para comer, e, acredite, vale a pena! Bom, bonito e barato.

Marea - Bem no Columbus Circle, no lugar onde funcionava o maravilhoso San Domenico, abriu agora este outro restaurante também maravilhoso. Muito peixe, carta de vinhos excelente, decoração elegante, garçons rápidos e gentis. A comida é muito boa, o serviço perfeito e os preços bem razoáveis para um lugar com tanta classe e bem frequentado. Tem que reservar com bastante antecedência. Já ganhou uma estrela do Michelin.

Voltei ao REMI só para comer "orechiette con granchio" (massa com caranguejo), especialidade da casa, e ao Benoit para comer asa de arraia (kate wing) grelhada com legumes, um verdadeira delícia!

E ao Bice para degustar o fígado com cebolas acompanhado de polenta frita, muito gostoso.

Para um drinque com os amigos locais fui desta vez ao Two East Bar/Lounge do Hotel Pierre, mais chique e badalado, impossível! Nesta semana que está estreando o filme Sex and the City 2 o bar está oferecendo coquetéis de champanhe Moët Impérial Brut com os nomes das personagens: Carrie (com romã), Samantha (com tangerina), Miranda (com lima) e Charlotte (com licor sambuca). E quem beber ganha uma "golden bubble", whatever that is...

Uma boa pedida para um lindo dia de muito sol e céu azul é subir até Top of the Rock, o mirante no 70º andar do prédio principal do Rockefeller Center. O elevador rapidíssimo, que tem o teto de vidro para você curtir a subida já é incrível, mas a vista é inigualável! As fotos são inevitáveis e aqui estão duas que eu tirei.

Até a próxima ida a Nova York, que espero que seja logo...

sábado, 22 de maio de 2010

SEM MEDO NAS ALTURAS!

Se você não tem medo de altura porque não conhecer nas suas próximas viagens alguns desses impressionantes mirantes e varandas?

O Ericsson Globe, em Estocolmo, é um grande estádio, mas muita gente prefere o lado de fora ao de dentro!

Dois globos de aço e vidro sobem pelo lado e em três minutos você está no topo, a 130 metros de altura.

Cada gôndola leva até 16 pessoas.

A Sears Tower de Chicago recentemente criou essas varandas todas de vidro, inclusive o chão, o que dá a impressão de estar flutuando no ar!

House on the Rock, em Wisconsin, foi idéia de Alex Jordan, e tem uma ponta projetada no espaço!

No topo da torre do hotel e cassino Stratosphere, em Las Vegas, uma montanha-russa de arrepiar acima do 100º andar!

O mirante Top of Tyrol, no topo da montanha Isidor, na Áustria, é uma estrutura de ferro que avança no ar nove metros acima do picos nevado. Fica a 3.210 metros de altitude em plena geleira Stubai.

Aurland Lookout na cidade do mesmo nome na Noruega faz parte de um programa nacional de rotas de turismo bolado pelos arquitetos Todd Saunders e Tommie Wilhelmsen que ganhou vários prêmios de arquitetura quando foi construído em 2006.

O Grand Canyon Skywalk é uma passarela projetada 27 metros para fora da montanha a 1.219 metros de altura sobre o Grand Canyon West. Dá para ir e voltar no mesmo dia se você estiver em Las Vegas. Veja de perto clicando aqui.

O Eureka Sky Deck em Melbourne, na Austrália, é um cubo de vidro projetado 3 metros para fora da torre, acima do 88º andar, a uma altura de mais de 300 metros!

Marina Bay Sands é um luxuosíssimo resort em Cingapura que vai inaugurar agora em junho, que tem um enorme terraço chamado Sky Park com jardins tropicais, piscinas, restaurantes e bares a 200 metros de altura. A vista lá de cima é deslumbrante!

A Langkawi Sky Bridge, no arquipélago de Kedah, na Malásia, é uma ponte de pedestres construída a 700 metros acima do nível do mar com várias curvas e plataformas triangulares permitindo apreciar o panorama
de vários ângulos.

O Burj Khalifa em Dubai é o edifício mais alto do mundo e para chegar lá em cima você usa um elevador com velocidade de 10 metros por segundo até chegar ao observatório no topo a mais de 800 metros de altura. A visão de 360º é impressionante.

Dachstein Skywalk, na Áustria, é um deque a 250 metros de altura sobre as rochas da montanha Hunerkogel, e você vai até lá por um teleférico que vai ser reinaugurado agora em maio. Os picos nevados ficam a 3 mil metros de altitude e permite esportes de inverno e verão também.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

OS MISTÉRIOS DO MARROCOS : MARRAKESH

Graças à sua natureza espetacular, o Marrocos é um dos países mais bonitos do mundo, com o Atlântico de um lado, o Mediterrâneo ao norte, praias lindas, quatro cadeias de montanhas cheias de cachoeiras, florestas com árvores centenárias, neves eternas, imensas planícies plantadas com laranjeiras e amendoeiras, e rios que formam uma grande faixa verde na beira do deserto. Localizado ao norte da África, fazendo fronteira com a Espanha pelo Estreito de Gibraltar, o país tem ainda como vizinhos a Argélia e o deserto do Saara.

O Marrocos é habitado desde os primórdios da pré-história, como atestam suas ruínas. Depois vieram Fenícios, Cartagineses, Berberes, Bizantinos, Romanos e Vândalos, antes da invasão Árabe no século 18. Sua independência aconteceu no ano 788 AC, quando Idris foi proclamado Rei. Depois que proclamou independência política da França em 1956, o país se tornou uma monarquia constitucional com o Rei Hassan II em seu trono por dez anos, como rei e líder religioso. Hoje é o único país da África que não é membro da União Africana. O atual rei, Mohamed VI, tem vastos poderes executivos, podendo até dissolver governos.

A língua oficial é um dialeto árabe, mas a maioria dos marroquinos fala francês e muitos inglês e espanhol.

O clima é mediterrâneo, mas é bem frio nas regiões montanhosas.
A temperatura média é de 21º e o sol forte brilha oito horas por dia, mas para escapar do calor é só ir das areias quentes do Saara para as montanhas com neve em poucas horas! Se você puder, viaje na primavera, quando todo o país está verde, exuberante e mais agradável ainda.

Visitando Marrakesh

Marrakesh é a cidade que deu o nome ao país por ser um oásis aos pés das montanhas Atlas, tornando-se a capital do sul do Marrocos. Parece que você voltou ao tempo das caravanas de camelos! Todas as ruas levam à praça Jemaa el Fna, onde se misturam músicos, dançarinas, videntes, escrivãos, contadores de histórias, vendedores de sucos de frutas e castanhas grelhadas num espetáculo multicolorido e inacreditável. As barraquinhas de comida começam a ser montadas ao anoitecer e a mistura de cheiros e sabores é impressionante.

Não deixe de visitar:

O "souk" Semmarine, especializado em vestuário, oferecendo roupas típicas, jóias, antiguidades e uma variedade enorme de artesanato local. Entre bancadas de doces e das tradicionais babuchas (chinelos de couro) e djellabas (camisolões largos e coloridos), você com certeza vai comprar alguma lembrança, quem sabe um tapete?

No mercado de temperos no "mellah" (antigo bairro judeu) os vendedores explicam as origens das ervas e dão receitas tradicionais marroquinas bem fáceis de fazer.

O minarete da mesquita Koutoubia, uma obra de arte hispânica e moura do século 12 que inspirou os construtores do Giralda em Sevilha. O palácio Bahia agrada aos amantes das artes orientais com seus jardins andaluzes, pátios com fontes e o cheiro de jasmim. O museu Dar Si Said merece uma visita por sua incrível arquitetura e coleções de arte marroquina que ajudam a conhecer melhor o estilo de vida local.

Para alguns momentos tranqüilos, passeie pelo jardim onde estão os túmulos Saadia, dois mausoléus ricamente decorados localizados logo abaixo do minarete da mesquita El-Mansour. Bem perto fica o palácio El-Badi, com terraços de onde se pode ver a cidade toda. De um dos lados fica o "minbar", o antigo púlpito ornamentado com esculturas e trabalhos em madeira.

Siga até a medersa Bem-Youssef, a antiga escola do corão, e veja as ruínas do palácio Badii, construída com materiais preciosos. Entre no Museu de Marrakesh ali ao lado, instalado no palácio M'Nebhi, do século 19, onde estão expostos oito séculos de arte e história marroquinas. A fonte Chrob é linda.

No quarteirão dos curtidores de couro os odores e as cores impressionam muito. Passeie de charrete e conheça o Ménara, um pavilhão na beira de um imenso lago onde os marroquinos fazem piqueniques.

Tente a sorte no cassino e assista a um dos muitos shows dos cabarés. Na hora de comer lembre-se que a comida de Marrakesh é das melhores do país, além das muitas opções de restaurantes franceses, italianos e asiáticos. Siga em frente e vá a algum bar ou boate, sempre iluminados por velas e com ambientes bem aconchegantes cheios de tapetes e dourados.

Algumas dicas importantes:

O respeito aos costumes locais é fundamental. Para evitar situações embaraçosas, é bom saber que o acesso às mesquitas e lugares sagrados é proibido aos não-muçulmanos, com algumas exceções, como a Mesquita Hassan II em Casablanca, o mausoléu de Mohamed V em Rabat, o mausoléu Moulay Ismail em Meknes e o de Moulay Ali Chérif em Rissani.
Se você quiser fotografar alguém, peça sempre permissão. Evite roupas provocativas e aceite sempre o chá de menta quando for oferecido, pois é um sinal de hospitalidade.

Se for convidado para comer na casa de alguma família, use a bacia para lavar as mãos. A refeição só começa depois da oração feita pelo dono da casa. Use a mão direita para comer, prove de tudo, mas não precisa comer tudo que colocou no prato, pois é praticamente impossível!
Evite beber, comer ou fumar em público durante o dia na época do Ramadã, que é o jejum ritual para a renovação da fé que acontece no novo mês do calendário islâmico.

O Islamismo é a religião oficial e coexiste pacificamente com as outras. Todos os dias, do topo dos minaretes os muezzins fazem cinco chamadas para rezar. Durante o mês do Ramadã os marroquinos jejuam, não fumam e não bebem do nascer ao pôr do sol. É claro que isso perturba um pouco a vida da cidade e muitos serviços, repartições públicas, monumentos e lojas mudam seus horários. Mas os não-muçulmanos sempre conseguem comer em certos restaurantes, principalmente nos hotéis. Os dias podem parecer longos, mas as noites são ótimas!

Algumas palavras básicas em árabe podem adiantar muito. Tente memorizar es salaam alaykum (olá, ou literalmente, que a paz esteja com você), afak (por favor - se você falar com uma mulher, use afik; para um grupo use afakum) e shukran bezzef (muito obrigado). Já vai ajudar muito!

Se puder, hospede-se num Riad – o tradicional hotel marroquino construído em volta de um tranquilo jardim interno.

Leve muitas moedas no bolso porque a gorjeta é parte integrante da vida marroquina e uns poucos dirham como reconhecimento por um serviço bem feito podem facilitar muito a sua vida. Táxis, guias e os garotos que ajudam a encontrar o caminho no emaranhado de ruas sempre esperam alguns trocados. Nos restaurantes a gorjeta varia entre 5% e 10%.

Nunca aceite os serviços de um faux guide (guia falso), pois são guias ilegais. Contrate um guia de turismo oficial. É bem barato.

Petit e Grand táxis são ótimos para circular pelas cidades, mas prepare-se para esperar, pois os grandes não saem enquanto os seis assentos não estiverem lotados. Uma mulher sozinha viajando num grand pode e deve pagar pelos dois lugares do banco da frente para viajar mais tranqüila.

Mulheres viajando sozinhas devem ignorar a atenção desmedida dos homens, pois eles gritam "gazelle!" e alguns até propõem casamento, mas não olhe para eles. Se o homem insistir, ameace chamar a polícia – funciona na hora!

Considere o ato de pechinchar nos souks como um jogo amigável. Faz parte intrínseca da cultura local e é esperado, portanto ignore sempre o primeiro preço oferecido pelo vendedor.

O que comer?

A comida marroquina usa frutas e vegetais secos, temperos raros e aromáticos, peixes finos e carnes bem suculentas. Essa é a melhor comida oriental, famosa no mundo todo e uma verdadeira festa para o paladar.

Kebabs: os deliciosos churrasquinhos são feitos na sua frente no souk, nas praças e nas estradas. É barato e gostoso.

Cuscus: é o prato tradicional para o almoço da sexta-feira, mas os restaurantes servem todos os dias. Há vários tipos, de acordo com a região e a imaginação do cozinheiro.

Méchoui: cordeiro assado tão suavemente que a carne desmancha na boca.

Pastilla: massa folhada muito fina recheada de carne de pombo e amêndoas, com o famoso sabor marroquino agridoce. Há variedades com peixe, frango e até com leite, para sobremesa.

Tajine: o nome serve para designar tanto o prato de cerâmica com a tampa em forma cônica usado para cozinhar como a própria comida, um ótimo ensopado de carne, frango ou peixe com legumes.

Chá de hortelã: refrescante e estimulante é tomado de manhã, após as refeições ou a qualquer hora do dia. Toma-se sempre, como o nosso cafezinho.

Doces: bolos de mel, cornes de gazelles (pastéis doces), feqqas (rosquinhas de amêndoas), passas e ghoribas (biscoitos) com amêndoas ou gergelim.

Pratos para o Ramadan: durante o mês de setembro, ao entardecer, o jejum é quebrado com a saborosa harira, uma sopa de carne, lentilhas e ervilhas, com o beghrir, que são pequenas panquecas servidas com mel e manteiga derretida, e com os shebbakia, bolinhos cozidos no óleo e cobertos de mel. Esse pequeno lanche sacia a fome até a hora do verdadeiro jantar, só servido bem tarde.

Vale a pena descobrir os mistérios do Marrocos, você vai ficar fascinado...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

AGITANDO A NOITE EM PARIS!

A noite parisiense, que nos anos 70 explodia com a febre das discotecas, mudou muito de perfil, mas continua tão badalada e agitada quanto no tempo da boca de sino. Confira as novidades:

Foi inaugurado recentemente um lounge no número 72 do Boulevard Malesherbes que logo o virou templo da turma fashion, não fosse seu dono o estilista Christian Audigier que se auto-proclama o "Rei da Moda". A decoração é feita com fotos gigantes dele mesmo espalhadas pelas paredes. Modesto o rapaz, não? O bar abre às seis e logo as mesinhas do terraço fechado ficam cheias de gente bebericando durante a happy-hour. Mas o agito mesmo começa mais tarde, quando um DJ da pesada transforma o salão interno numa grande festa.

No Le VIP Theatre, no 188 bis, rue de Rivoli (01.58.36.46.00) você sempre vai encontrar alguém conhecido como o Bruce Willis e o Karl Lagerfed, além de muitos outros VIPs que dão nome ao lugar. A decoração lembra um barco de três andares com muito néon, aço, vidro e telões, e a música é eletro e hip-hop. Só abre de quinta a sábado, da meia-noite até de manhãzinha. A badalação é interminável.

No Mezzanine de l'Alcazar – cujo restaurante já recomendei aqui – funciona um lounge com decoração moderna e clean, com fotos em preto e branco de fotógrafos famosos. A música e a freqüência são as mais variadas possíveis, e a turma dança para valer mesmo nos dias de semana. O melhor de tudo é na hora da fome: você pode pedir lá em cima os pratos do restaurante de baixo.

O Chez Castel, no número 15 da rue Princesse (01.40.51.52.80) ainda faz muito sucesso, mas você só entra se for sócio ou convidado de um deles, que pagou mil euros de taxa de inscrição. Com decoração intimista e clássica, o famoso clube noturno continua atraindo um público de todas as idades. A partir das dez aumenta o volume da música e sempre surge uma cara conhecida na pista, como Kenzo e Chantal Thomass. Se a fome apertar o bistrô La Cantine resolve o seu problema.

Le Baron, no 6 da Avenue Marceau (01.47.20.04.01) tem clientes fiéis como Mick Jagger e Lindsay Lohan que adoram a decoração que lembra a aconchegante sala de uma casa, com tapeçarias nas paredes, poltronas antigas e fotos de mulheres nuas em tons sépia. A música vai dos anos 30 aos 80, e na saída todos compram o CD com uma mixagem das mais tocadas.

Le Montana, ao lado do Café de Flore (28, rue Saint-Benôit – 01.44.39.71.00) parece uma cave, com muitos arcos e decoração diferente dando a impressão que você está em outro mundo. O som é uma mistura de anos 70 com eletro-pop moderno e a freqüência é mais de garotada.

O L'Arc Paris foi recentemente reformado e agora parece um moderno clube nova-iorquino com a vista especial para o Arco do Triunfo. No térreo o ambiente é mais sóbrio, mas é no subsolo que a festa acontece. Qualquer pessoa pode entrar e a música é a mais variada possível. Nos meses de verão o salão do térreo abre para uma varanda ao ar livre. Fica no 12 da rue de Presbourg (01.45.00.78.70)

Le Mathis é um elegante "bar-boudoir" todo forrado de vermelho que funciona a mais de 30 anos e continua sempre na onda. Não tem DJs e sim conjuntos ao vivo que tocam a noite toda. A turma vai lá para tomar um drinque e bater papo e acaba esticando até bem tarde. O endereço é 3 Rue de Ponthieu (01.53.76.01.62.)