sexta-feira, 4 de maio de 2007

THE CITY THAT NEVER SLEEPS

Além de ser chamada de a cidade que nunca dorme, New York é também a que mais se transforma no mundo. A cada dia desaparecem prédios inteiros e surgem outros maiores ainda, mais restaurantes sofisticados são abertos onde antes funcionavam lavanderias ou farmácias, novas atrações noturnas pipocam por todos os lados, enquanto moderníssimas e badaladas lojas são inauguradas todas as semanas com decorações estonteantes. Se você ficar mais de seis meses sem bater o ponto na ilha de Manhattan pode correr o sério risco de não reconhecer mais a sua vizinhança!

Por exemplo a nova loja da Apple na 5th Avenue com Central Park, na “Plaza” ao lado do Schwartz que surgiu em menos de 5 meses: um enorme cubo de cristal (veja na foto abaixo) com uma escada em caracol que leva você a destinos nunca dantes vistos! Dois andares subterrâneos entupidos de tudo o que você pode imaginar em matéria de computadores e/ou videogames e ainda por cima funcionando a todo o vapor 24 horas & 7 dias por semana, o que quer dizer que você pode comprar seus softwares depois do jantar ou bem mais tarde, depois de um musical da Broadway. Mesmo que você não queira um novo iPod, dá uma passadinha lá para ver a turma, às 2 da matina, testando os games... Outro bom exemplo disso é o inacreditável Time-Warner Building no Columbus Circle, esquina da rua 60, no East Side, construído onde ficava o antigo Coliseum – um galpão usado para exposições e feiras. Em menos de quatro anos surgiu em seu lugar um dos prédios mais bonitos e modernos da cidade pós 9/11, com duas torres triangulares de vidro de 55 andares e vários restaurantes caríssimos, um maravilhoso hotel cinco estrelas (Mandarin Oriental), um bloco só de apartamentos de luxo, três andares de lojas com estátuas de Fernando Botero no hall monumental, uma incrível academia de ginástica (Equinox) e o melhor de tudo: o Jazz at Lincoln Center, que se mudou de armas e bagagens para o quinto andar e desde então atrai multidões a seus dois auditórios (Allen Room e Rose Hall) e ao badalado Dizzy’s Club Coca-Cola, todos com seus palcos estrategicamente posicionados na frente de vidraças do chão ao teto formando um cenário inesquecível: a vista espetacular do Central Park e dos prédios iluminados!

Na sua próxima viagem não deixe de dar uma passada lá e conferir as novidades:

· Dizzy’s Club Coca-Cola: clube noturno com jazz ao vivo, dois shows por noite (19:30hs e 21:30hs). Drinks e comida. Reserva obrigatória: (212) 258.9595.

· Per Se – Restaurante italiano com 3 opções de menu a preço fixo ($ 150, $135 e $ 150). Reservas: (212) 823-9335

· Masa – Japonês fantástico (212) 823-9800

· Asiate – Dentro do Hotel Mandarin (212) 805-8888


Desde que o Oak Room do Plaza fechou - o hotel está sendo transformado em condomínio de luxo e os jornais já anunciam a venda dos novos apartamentos – os mais baratos custam 3 milhões de dólares) o lugar mais badalado para o drink do final da tarde ou para o “night-cap” depois de um show é o Pen-Top Bar & Terrace, na cobertura do Hotel Península (5th Avenue & 55th Street). O grande terraço aberto cheio de mesinhas e o bar bem moderno na parte envidraçada estão sempre lotados de gente bonita e animada que bate papo, bebem e se deslumbram com uma das vistas mais bonitas da cidade. Para a direita, a avenida e o Rockefeller Center sempre iluminados e para a esquerda a Trump Tower e o Central Park logo depois. E o cocktail mais pedido continua o mesmo: o antigo Cosmopolitan que virou moda por conta da série “Sex and the City”.

Se você gosta de comida fusion com toques levemente asiáticos, de ambiente sofisticadíssimo, de decoração moderna minimalista, de apreciar esculturas de Picasso, Maillol, Calder, Moore e Rodin, entre outros, e consegue se programar para jantar com uma antecedência mínima de 2 semanas, o novíssimo restaurante do novíssimo MoMA é a pedida do momento! No The Modern tudo é perfeito, e o chef Gabriel Kreuther é o responsável por isso: ao preço fixo de USD 85 por pessoa (gorjeta, taxas e bebidas por fora) você é servido por garçons gentilíssimos que parecem saídos do filme Matrix, que trazem vários ors d’oeuvres deliciosos entre a entrada e o prato principal, e mais outras tantas gostosuras antes da sobremesa. A carta de vinhos é impressionante, mas nada se compara à vista que se tem das enormes vidraças do restaurante: apenas o Sculpture Garden do museu, um dos oásis artísticos mais fantásticos do mundo. Paletó obrigatório e reservas mais ainda. Mais casual, o bar ao lado também é bem agradável.

Uma informação prática: mais de 600 restaurantes e casas noturnas de New York agora fazem parte de um sistema de reservas pela Internet chamado Open Table. Você se cadastra no site e já pode começar a fazer as suas reservas em qualquer restaurante de várias cidades americanas e do mundo. Daqui do Brasil o The Modern, por exemplo, pode ser confirmado com 15 dias de antecedência. E cada jantar reservado pelo site conta pontos, como em um programa de milhagem, dando a você, depois de certa quantidade de pontos acumulados, bons descontos ou até um jantar de graça.

Quem não vai a New York desde o 9/11 deve achar que os hotéis enlouqueceram com seus preços inacreditáveis! Hotéis que tinham diárias de médias de $100.00 a $150.00 em 2000, o que era razoável, agora cobram $300.00 ou mais. E os que já eram caros naquela época agora estão caríssimos. Vários hotéis desapareceram, muitos trocaram de nome, alguns foram transformados em condomínios, e outros construídos. O “bom e barato” que o brasileiro adora, tornou-se uma tarefa impossível na New York 2006.

E já que as tarifas não vão baixar, pois a procura é cada vez maior e os hotéis estão sempre lotados, e já que você vai ter que pagar caro mesmo, o melhor é optar pela melhor relação custo/benefício, levando em conta conforto, tamanho do quarto, banheiro moderno, amplos armários, localização e principalmente um bom atendimento personalizado.

Um hotel que sempre esteve dentro desses parâmetros desde a década de 60 (com diárias incrivelmente baratas pelo o que oferecia), o pequeno Hotel Gorham renasceu há pouco mais de um ano e agora se chama The Blakely, todo em estilo inglês, com seu prédio de tijolinho aparente e paredes de madeira escura e estantes cheias de livros. Além da excelente localização, na Rua 55 entre a Sexta e Sétima avenidas, em frente ao City Center e ao lado do cinema Zigfield, seus quartos e suítes são amplos, os novos banheiros de mármore são bem espaçosos, sem falar nos closets e kitchinetes equipadas com micro-ondas, cafeteira elétrica, frigobar, pia, louça e talheres da melhor qualidade. Todos os quartos têm televisão de plasma, DVD e CD player, além de cofre, tábua e ferro de passar. Sua diárias começam em U$ 325.00 para quartos Standard na baixa estação.Mas o melhor de tudo é que o hotel tem apenas 16 andares e só 8 quartos por andar, o que significa poucos hóspedes e um excelente atendimento por parte do simpático staff.

A melhor novidade é que o hotel agora tem um excelente restaurante, o “Abocatto”, que além de atender ao público em geral é o fornecedor dos deliciosos pratos do “room service”. Abaixo a "one-bedroom suite" do Blakely.


A Quinta Avenida tem agora uma grande novidade em seu já fabuloso comércio: inaugurou há pouco tempo na esquina da Rua 56 a maior “flagship” da Abercrombie & Fitch na América do Norte, com 5 andares cheios de jeans, camisetas, cargos, calças, bermudas, shorts, sapatos e tudo o mais que a garotada adora. Mas isso não é nada: a maior novidade está no fato de que a famosa loja não tem vitrines externas com sua mercadoria exposta no metro quadrado mais caro do mundo, e seu interior é na verdade uma animada e escuríssima discoteca, com pouquíssima iluminação e música tecno aos berros!

Apenas alguns spots iluminam as peças de roupa em suas estantes, enquanto seus vendedores, rapazes e moças quase todos modelos dos famosos catálogos semi-eróticos fotografados por Bruce Weber, circulam pela loja atendendo a clientela e desfilando ao mesmo tempo as últimas novidades, as moças de shorts curtíssimos e camisetas apertadérrimas, e os rapazes, atléticos e sem camisa, mostrando as novas bermudas e mínimas cuecas!
Resultado: fila na porta, sucesso garantido, vendas impressionantes e muita animação!

2 comentários:

Anônimo disse...

MEU QUERIDO AMIGO,
POR ISSO QUE MINHA IDENTIFICAÇÃO COM NEW YORK PRA COMEÇAR É O FATO DE SER SEMPRE UMA CIDADE " ANTENADA"- TRADUZINDO LITERALMENTE: QUE NÃO DORME - COMO VC MESMO DIZ!
ADOREI O QUE VI E LI.
ACHO MESMO QUE ESTAVA NA HORA DE VOCÊ ENTRAR EM CENA POR AQUI, E COMO NADA É POR ACASO, SEI PRA QUEM VOU MANDAR ISSO AGORA - E VAI ADORAR LER E SABER DESSAS "NEWS ABOUT NEW YORK".
APENAS SENTI FALTA DE UMA COISA.....MÚSICA.....
A MÚSICA TEM PRA MIM UMA IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL QUANDO LEIO ALGO OU ENTRO PRA VER ALGO.
SENTI MEU AMIGO, SÓ FALATA DISSO....
O RESTO, É SAUDADES....E PARABÉNS....
LOVE
CELINHA BASTO

iesarodrigues disse...

Não tinha lido esta viagem de carnaval. Maravilhoso relato, como sempre. Pode ir pensando em um livrinho, já tens um bom material!
A história do novo hotel de Cingapura também é sensacional! Bjs / iesa