sábado, 1 de março de 2008

OS MUSEUS MAIS ESQUISITOS DE PARIS!

Se você já foi à Paris, com certeza conheceu os museus do Louvre, de L’Orangerie, o Picasso e o D’Orsay, todos maravilhosos. Se você foi muitas vêzes, provavelmente conheceu também o Guimet, o Maillol e o Beaubourg. Mas eu aposto que mesmo tendo ido mil vêzes à Paris você não conhece os museus mais esquisitos da cidade!

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MUSÉE ORFILA – 45, rue des Saints-Pères, 8º andar, 6º.
Localizado dentro da Faculdade de Medicina, é um verdadeiro centro de documentação de anatomia frequentado apenas por alguns estudantes mais esclarecidos. Todo o corpo humano está lá exposto, aos pedaços, mais de 4 mil peças selecionadas cuidadosamente há mais de 200 anos por médicos e cirurgiões franceses. Crânios, membros, órgãos e ossos de todas as raças, idades e sexos estão expostos de forma bem macabra em suas vitrines. No mezanino ficam as mais importantes: cabeças de assassinos que foram decapitados, crânios de personagens históricos e reproduções em cera de aberrações humanas. Nas vitrines você ainda vê pedaços de pele esticadas, vísceras e órgãos em formol, além de corpos dissecados.
E depois, quem vai almoçar?

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MUSÉE DE LA MAGIE – 11, rue Saint-Paul, 4º.
Esqueça os truques tecnológicos de David Copperfield ou Sigfried & Roy: esse fascinante museu mostra as mágicas tradicionais dos circos e shows mambembes de séculos atrás, entre muitos outros mistérios. Caixas com fundos falsos, caixões com serras, cartolas que escondem coelhos e outros curiosos apetrechos que encantavam os nobres da côrte de Luiz XV estão todos lá, nessas caves subterrâneas do Marais. Discos estroboscópios do século 18, objetos atribuídos ao famoso Houdini, mecanismos que fazem corpos flutuar, espadas e flores atificiais mecânicas impressionam a todos os visitantes. Você vai adorar!

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MUSÉE DE LA CONTREFAÇON -16, rue de la Faisanderie, 16º.
Êsse é um museu que teria um acervo inesgotável no Brasil: é o Museu da Falsificação, com milhares de peças falsas de tudo o que você pode imaginar! Desde as bolsas Vuitton aos canivetes suíços, das bonecas Barbies aos perfumes, dos videogames aos produtos de beleza, das camisas Lacoste e Polo às bebidas famosas, você não consegue acreditar como tudo pode ser falsificado de forma tão perfeita. Isso sem falar em antiguidades, quadros, objetos de arte, múmias (!), dinheiro e jóias. O melhor é que os itens falsificados são expostos ao lado dos verdadeiros, e fica difícil diferenciar pois muitas cópias são melhores que os originais!

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MUSÉE DES ÉGOUTS – Face au 93, quai d’Orsay, 7º.
Que pena que acabou a visita aos esgotos de Paris de trenzinho (de 1892 a 1920) ou de barco pelos canais (de 1920 a 1975)! Agora a gente vai a pé pelos túneis fedorentos passando por estreitas passarelas sobre os rios de águas sujas! Muitos ratos atrapalham a caminhada e alguns objetos não identificados flutuam pelos canais, mas você fica imaginando a história dos Les Misèrables do Victor Hugo que deve justificar a sua curiosidade. Ainda bem que agora só se percorre pouco mais de mil metros de galerias subterrâneas – antes eram 2.350 km, quase a distância entre Paris e Istambul!

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CATACOMBES – 1, place Denfert-Rochereau , 14º.
Já que você está embaixo da terra, aproveite e visite as catacumbas que têm três vêzes mais parisienses do que lá em cima! No século 18 o velho cemitério Des Innocents, no Les Halles, já estava superlotado. Tinha tanta gente enterrada que o nível do solo subiu dois metros! Quando as estruturas de vários mausoléus afundaram sob o peso de milhões de esqueletos, resolveu-se usar as galerias subterrâneas como depósito. Organizados artìsticamente pelo inspetor Héricart de Thury em 1814, as tíbias, fêmures, crânios e outros ossos viraram verdadeiros murais, atraindo a atenção do público. De vez em quando há concertos de música clássica na Rotonde des Tibias. No programa a Marcha Fúnebre de Chopin e a Danse Macabre de Saint-Saëns...

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MUSÉE DU THÉ – 30, rue du Bourg-Tibourg, 4º.
Em 1660 o mercador Nicholas Mariage foi enviado à Pérsia por Luiz 14 para negociar um bem sucedido tratado de importação e, muitos anos depois, em 1991, seus descendentes descobriram um depósito cheio de objetos e chás em perfeito estado, dando origem ao museu de hoje. Caixas de laca, bules de ferro, mil potes de cerâmica e muitos tipos de chá estão expostos ao lado de peças Art Nouveau, Art Déco e objetos de louça japonêse e chineses. E na saída você pode comprar reproduções dos bules e xícaras e uma variedade imensa de chás em embalagens surpreedentes.

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E se você tiver mais tempo, conheça ainda o Musée du Parfum Fragonard , o Musée de l’Air, o Tenniseum (museu do tenis!), o Musée de l’Érotisme e o Musée du Vin (ça va sans dire...), o Musée du Fumeur e o Musée Edith Piaf: mas para visitá-lo só com hora marcada pelo telefone 01 43 55 52 72, e só então você será informado do endereço e receberá uma senha, pois trata-se do apartamento onde ela morava.

Um comentário:

BETH disse...

Oi Sr Luizinho....como SEMMMMMMMPRE seu blog com suas viagens e' otimo. Parabens.
Beth