Na tal vez que eu fui para Los Angeles e acabei ficando sem gasolina no meio dos Estados Unidos (se você não leu esta história, leia clicando aqui), muita coisa interessante aconteceu. Naquele ano de 1969 quase todos os compositores e cantores brasileiros estavam lá aproveitando os extertores da fama da Bossa Nova para gravar discos, fazer arranjos com a batida brasileira, “backing vocals” para cantores americanos, shows ao vivo em pequenos night-clubs, enfim, tudo o que fosse possível para ganhar alguns dólares.

O meu "cunhado" fazia arranjos para o Sergio e a sua mulher reforçava o coro nas gravações de estúdio.
Por mera coincidência, o Sergio era casado com a Marci, que tinha sido minha colega de classe no curso clássico do Andrews. Também por coincidência na época eu trabalhava no jornalismo da TV Globo e entre muitas coisas entrevistava ao vivo os cantores e compositores durante os badalados Festivais Internacionais da Canção, no Maracanãzinho. Quando eu cheguei em novembro logo após o festival, como toda a brasileirada queria saber das novidades do Rio, pintaram convites para todos os lados.

A casa era espetacular: uma “hacienda” espanhola toda de tijolo aparente, muitos arcos com samambaias penduradas, jardins com fontes, salas e mais salas, enfim, uma mansão para ninguém botar defeito. E lá fomos nós almoçar em mesas ao ar livre uma ótima comida mexicana acompanhada de muitas margaritas. Só que uma parte da casa ainda estava em obras – o Sergio estava construindo um estúdio de gravação nos fundos – e a bateção de martelo e o barulho da serra elétrica estavam incomodando a todos.

Quatro anos mais tarde, assistindo ao primeiro filme da saga Star Wars, vi o tal ator de novo! Pois não é que era o carpinteiro do Sergio Mendes que agora interpretava o papel do Han Solo num dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos?
O nome dele era Harrison Ford!

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