domingo, 18 de novembro de 2007

PASSEANDO POR PARIS

Cada vez que eu volto a Paris a cidade está mais bonita!
Será imaginação ou realmente as avenidas ficam mais imponentes, as estátuas mais douradas, os prédios com as suas formas arquitetônicas mais detalhadas, os jardins mais floridos, o céu mais azul e a Torre Eiffel cintilando mais forte ao anoitecer?
E as exposições dos museus não ficam mais interessantes? A comida nos restaurantes mais saborosa e o vinho mais redondo?

Um dos lugares que eu sempre visito é o Museu Maillol, ocupando uma mansão do século 18 que só pelo belo prédio já vale a visita. Mas lá dentro eu não canso de ver as belas e sensuais esculturas do próprio Aristide Maillol – muitas delas estão nas praças e parques da cidade – além de um acervo que reúne Rodin, Picasso, Gauguin, Bonnard, Redon, Kandinsky, Poliakov e outros, exposto de uma forma simples e moderna.

Também gosto muito do Museu Guimet, especializado em arte asiática. Por trás da fachada do prédio antigo esconde-se um interior moderníssimo com tesouros orientais, estátuas de budas imensas, cerâmicas e pinturas chinesas, jóias indianas e centenas de fascinantes objetos de arte. Na mesma rua, mais acima, o museu tem um autêntico pagode em meio a um jardim japonês que dá a impressão que você está em Nara e não em Paris!

Você já foi ao pequeno e bem montado Museu Baccarat? São impressionantes os conjuntos de cristais feitos sob encomenda apenas para para festas especiais de imperadores, czares, reis e marajás, além de algumas peças bem raras. Decorado por Philippe Stark, o museu tem uma butique ótima, um restaurante badaladíssimo e um banheiro unissex todo espelhado, com uma estranha pia de prata, arandelas de cristal com luzes vermelhas e boxes individuais cheios de surpresas... Você precisa conhecer!

Na próxima vez quero dar um pulo no Museu do Louvre para visitar a Galeria do Apollon, pintada por Charles Le Brun na época de Luiz XV, e que ficou anos fechada para obras. Ela acabou de ser reaberta totalmente restaurada, com suas pinturas de batalhas históricas, heróis mitológicos e paisagens romanticas novamente belas. Quero ver também a exposição de obras de arte islâmica expostas em Paris pela primeira vez.

E as compras?

Uma loja que eu gosto de visitar e procurar objetos de decoração da Provence é a Mis em Demeure, onde sempre encontro algum coisa bonita para a casa, pois tudo é do maior bom gosto. Também vou muito na Flamant, atrás da igreja de St. Germain, que nessa época ainda vende enfeites de Natal bem diferentes, além dos objetos e móveis de sempre.

Quer passar algumas horas em um lugar muito agradável ao ar livre, longe da confusão do centro mas ao mesmo tempo com ótimos restaurantes, cafés, butiques, cinemas, teatros e uma linda vista às margens do Sena? Vá até o Bercy Village, que fica a dez minutos de metrô do centro, na estação Cour Saint-Émilion. Lá funcionou até os anos 60 um entreposto de vinicultores para a distribuição de suas produções mas hoje os antigos e charmosos armazéns de pedra abrigam um comércio sofisticado como Agnès b., Côté Maison, Musée et Companhie, e Oliviers & Co. e muito mais. E as crianças também adoram.

E os restaurantes?

Como Paris tem sempre um novo restaurante fazendo sucesso, me recomendaram e eu quero conhecer o Ze Kitchen Galerie (assim mesmo, Ze, e não The, parodiando a pronúncia dos próprios franceses). Fica no 4 da rue des Grands Augustins, em St. Gemain, e está tendo muito boas críticas.

Um que eu quero ir de novo é o Le Christine, restaurante do escondido Hotel Relais Christine também ali perto na rua Christine, um pequeno bistrô com paredes de pedras antigas e vidraças dando para um jardim interno. Serviço perfeito, carta de vinhos para todos os bolsos e “comida simples mas bem preparadíssima”, segundo o guia Zagat de restaurantes.

Se estiver frio uma ótima sugestão é a boa comida, o calor de uma lareira e o som baixinho de um piano tocando ao fundo no Le Monteverdi, um aconchegante “ristorante-bar” que serve comida italiana e francesa. Suas várias salas com paredes de pedra e pequenas lareiras são perfeitas para um jantar numa noite bem fria de inverno. Fica na rue Guisarde 5-6, no 6ème, e o telefone é 01 42 34 55 90.

E o hotel tem que ser o Hotel de l’Abbaye, com seu ar de casa de campo bem decorada na rue Cassette, entre o Luxembourg e St-Sulpice, a dois passos do comércio e dos bons restaurantes. O prédio, bem afastado da rua por um grande pátio, o que garante um silêncio precioso, era uma antiga abadia do século 18. Quatro andares, vários tipos de quartos de todos os preços, uma sala de estar no térreo com lareira e muitos sofás gostosos, além de funcionários gentilíssimos, fazem do Abbaye a sua casa longe de casa.
Quero muito voltar a Paris...

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