sexta-feira, 22 de junho de 2007

ENTRE MONSTROS E QUEIJOS NA SUÍÇA!

A cidade suíça de Gruyères é tão pequena que só tem uma única rua com pouco mais de 200 metros indo do grande portão de entrada até o Castelo na outra ponta, cheia de hospedarias com flores nas janelas, restaurantes com mesinhas nas calçadas e lojas de queijos, chocolates e souvenires uma grudada na outra. Algumas fontes enfeitam a praça principal como num cenário de filme de Hollywood passado na Idade Média.

Situado entre Vevey e Fribourg, próximo ao sopé dos Alpes, no topo de uma pequena colina, Gruyères é mesmo um vilarejo medieval, com prédios históricos, grossos muros de pedra à sua volta e um imponente castelo cheio de torres e passadiços dominando a cidade. Nos extensos campos verdes abaixo da montanha milhares de vaquinhas malhadas comem o melhor capim do mundo crescido sem adubos químicos no clima ideal, o que as faz produzir um leite muito especial que acaba se transformando no famoso queijo Gruyère, apreciado por goumets no mundo inteiro.

A visita ao Castelo é uma verdadeira viagem no tempo, pois oito séculos de história, artes e cultura chamam bem a atenção. O nome da cidade veio do símbolo heráldico dos condes que o construíram o castelo no século 11, um grou (um tipo de garça) que em francês é “grue”. Daí Gruyères. Em 1849 êle foi vendido para uma família nobre que o restaurou e o utilizou durante anos como casa de veraneio. Em 1938 o Cantão de Fribourg o comprou e o transformou no museu que é hoje. Vale a visita.

Você também tem que visitar La Maison du Gruyère, o maior produtor local de queijo, acompanhando todo o processo de sua feitura – do leite ao queijo – ouvindo histórias interessantes e fazendo uma degustação dos diversos tipos. No local há um excelente restaurante para comer “fondue de queijo” entre outros pratos típicos suíços e um pequeno supermercado para comprar seus queijinhos...

Mas o que mais destoa de tudo nesse pequeno vilarejo medieval por sua total maluquice é o Chateau Saint-Germain, onde está o museu de H.R.Giger, o conhecido artista plástico suíço que ficou famoso no mundo todo ao desenhar em 1979 o “alien” do primeiro filme do Ridley Scott, ganhando um Oscar pela criação do monstro e pelos efeitos visuais. O museu tem esculturas, desenhos, pinturas, tudo muito louco, trágico, denso, monstruoso e espacial.


Para relaxar depois de ver tanta coisa estranha, atravesse a rua e tome um drinque no bar cavernoso que o Giger também criou, com tetos imitando vértebras de animais, esqueletos e mais monstros por toda a parte. Dá a impressão que você está na barriga de uma grande baleia...

Se você quiser passar uma noite em Gruyères, com todos os alienígenas e queijos, nada melhor que se hospedar na Hostellerie St. Georges, uma graça de hotel. E boa noite!

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