sexta-feira, 15 de junho de 2007

FLYING HIGH IN ACAPULCO


Há muito tempo atrás, muito antes de Cancun se tornar o principal destino turístico de praia do México, a turma se divertia mesmo era em Acapulco, à beira do oceano Pacífico, com sua baía considerada a mais perfeita do mundo com quase 5 quilômetros de extensão e um clima com temperaturas sempre amenas. Muitos artistas de Hollywood e milionários americanos tinham casas de veraneio lá, já que Los Angeles fica a menos de 4 horas de vôo! Frank Sinatra, Elizabeth Taylor e Richard Burton, Ava Gardner, Merle Oberon e muitas outras celebridades do Jet-Set da época aprontavam bastante por aquelas bandas, e não era raro aparecer nos jornais os últimos escândalos conjugais dos astros que eram flagrados com suas ou seus amantes nas areias escaldantes de Acapulco Guerrero.

E essas casas dos “rich and famous” ainda hoje chamam a atenção, encarrapitadas nos rochedos, de frente para o oceano, com jardins e piscinas na beirada dos penhascos, dando privacidade total a seus moradores. Como na Joatinga no Rio de Janeiro.

Depois de adormecido por alguns anos e principalmente depois de um furacão que em 1997 quase destruiu a cidade toda, o balneário deu a volta por cima com a construção de novos resorts, voltando ao mapa dos melhores destinos turísticos do mundo. Além das praias lindas entrecortadas por rochedos, Acapulco tem também uma vida noturna notável, com boates e discotecas animadíssimas que abrem bem tarde e só fecham quando o sol já está a pino! Há boates de todos os tipos e para todas as idades, além de ótimos restaurantes de comida típica mexicana e internacional. E a festa não acaba nunca!

Se suas praias de areia muito branca já eram irresistíveis desde o tempo dos guerreiros astecas e dos piratas famosos, agora, então, nem se fala. Todas elas estão repletas de prédios bem modernos e novos hotéis, com piscinas de todos os formatos e jardins do maior bom gosto. Mas provando que antiguidade é posto, nenhum deles consegue desbancar os dois hotéis mais tradicionais e famosos da cidade: o Las Brisas no topo de uma colina, com 263 “casitas”, cada uma com uma piscina particular, escondidas em 40 hectares de uma verdadeira floresta de samambaias e buganvílias. Para circular pelo resort ou ir à praia, os hóspedes têm à sua disposição jipes de toldo listrado de rosa e branco, combinando com os uniformes dos empregados. Tudo muito chique!

O outro é o Acapulco Princess, localizado na sossegada praia de Revolcadero, a vinte minutos do centro, construído em forma de uma enorme pirâmide asteca toda esculpida e colorida. Seu gigantesco hall é coberto de plantas e o teto é aberto para o céu. No centro do salão uma fonte de água doce vai formando um rio artificial que percorre o chão do hotel sinuosamente em direção às piscinas e às lagoas do lado de fora. Como um escorregador, você pode sentar nesse rio e deslizar até a areia! Todos os quartos têm varandas superpostas e vistas lindas do mar e dos jardins, por onde passeiam despreocupados alguns pavões imperiais...

Em qualquer hotel que você fique há sempre uma grande variedade de esportes náuticos para fazer: ski, jet-ski, banana-boat, lanchas de extrema velocidade e iates de todos os tamanhos para pescar, mergulhar ou simplesmente passear pela baía. Há um passeio para ver o pôr do sol que é ótimo. Mas o que ninguém deixa de fazer é voar de “parasail”, um pára-quedas enorme que é puxado por uma lancha e que leva você às alturas. Do alto você vê em detalhes todas as praias, piscinas e hotéis, tudo pequenininho lá em baixo, no maior silêncio, só o barulhinho do vento passando por você. Esses vôos duram cerca de meia hora e custam 30 dólares, mas deixam uma impressão inesquecível. Nas várias vezes que eu estive lá voei todos os dias de tão gostoso que é. E na volta do vôo, para relaxar um pouco e entrar no clima de mar, sol e calor, você senta debaixo de uma barraca de palha, estala os dedos e pede a primeira margarita do dia! Mas cuidado, pois os copos são enormes e a tequila sobe fácil, fácil...

Mas Acapulco não seria o que é sem os loucos mergulhadores que pulam dos rochedos de La Quebrada no mar raso a mais de vinte metros abaixo, arriscando suas vidas. Eles têm que calcular exatamente a hora de pular em função das ondas que entram nas reentrâncias das pedras e aumentam um pouco volume de água do mar. Dá um frio na barriga ver os rapazes pular, principalmente de noite, quando se jogam lá de cima com tochas nas mãos. E unindo o útil ao agradável, você pode jantar no La Perla, romântico restaurante do hotel El Mirador que fica no penhasco em frente e assistir de camarote o impressionante espetáculo noturno enquanto toma mais umas bem salgadinhas margaritas...

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